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A Analise de Macunaíma

Por:   •  1/7/2019  •  Artigo  •  4.858 Palavras (20 Páginas)  •  277 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CÂMPUS TRÊS LAGOAS UFMS/CPTL

Discentes:

Bruna Aparecida

Joice da Silva Souza

Rodolfo Oliveira Lima

A CULTURA BRASILEIRA EM, “MACUNAÍMA”, DE MÁRIO DE ANDRADE: Focalizando nos capítulos III (Ci, Mãe do Mato) e IV (Boiúna Luna).

Três Lagoas- MS

2019

A CULTURA BRASILEIRA EM, “MACUNAÍMA”, DE MÁRIO DE ANDRADE: Focalizando nos capítulos III (Ci, Mãe do Mato) e IV (Boiúna Luna).

Trabalho apresentada ao Curso de Letras, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS/CPTL, a ser utilizado para fins avaliativos direcionados à disciplina de Cultura Brasileira.

Professora Dra: Cristiane Rodrigues.

Três Lagoas- MS

2019

1-INTRODUÇÃO.

O presente trabalho consiste em uma análise do livro Macunaíma escrito pelo romancista Mário de Andrade, com foco narrativo nos capítulos III e IV.

Em sua estrutura de primeiro momento será apresentado uma biografia de Mário de Andrade, logo em seguida uma breve explicação sobre o que é a Cultura Brasileira. Mais a diante realizaremos uma possível analise sobre a obra Macunaíma, e em seguida apresentaremos analises com enfoque nos capítulos III e IV.

Por fim apresentaremos nossas considerações finais, abordando a visão geral do livro e aspectos primordiais que foram percebidos no decorrer das analises, tudo feito com um olhar sob a cultura brasileira.

A construção deste trabalho se deu por uma combinação de analises pessoais, juntamente com contribuições de alguns artigos, entrevistas e pesquisas, os quais são eles: Entrevistas e depoimentos de Mario de Andrade, Mario de Andrade hoje de Carlos Eduardo Berriel, Dimensões de Macunaíma de Carlos Berriel, Macunaíma: a margem e o texto de Tele Lopes, entre outras pesquisas mais informais, mas todas presentes nas referencias.

Este trabalho tem como objetivo principal trazer releituras e marcas que tragam a interpretação principal dos capítulos e que mostrem traços da cultura brasileira na obra.

        

2-DESENVOLVIMENTO.

2.1-Vida e Obra de Mario de Andrade.

Mario Raul de Morais Andrade nasceu na rua Aurora, na cidade de São Paulo, em 9 de outubro de 1893. Na adolescência, foi um estudante dispersivo, que tirava notas baixas destacando-se apenas em Português, ao contrario dos irmãos, sempre elogiados. Por isso, Mario de Andrade era considerado a ovelha negra da família.

De repente, começou a estudar. Estudava musica por ate nove horas por dia, lia muito e logo começou a ganhar fama de erudito. A família passou a admitir seu talento, apesar de considerar estranhas suas preferencias literárias.

Em 1917, ano em que publicou seu livro de estreia Ha uma Gota de Sangue em cada Poema, conhece Anita Malfatti e Oswald de Andrade. Metódico e estudioso, torna-se catedrático de Historia da Musica, no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, em 1922,e, para sobreviver, ainda da aula particular de piano. Escreve artigos de critica para varias publicações.

Mario de Andrade participou como um dos principais organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no saguão do Teatro Municipal de São Paulo, publicando, nesse mesmo ano, sua poesia Pauliceia Desvairada, com a qual radicaliza as experiências de vanguarda modernista.

Em 1927, publica Clã do Jaboti, em que trabalha poeticamente as tradições populares que pesquisava, além do romance Amar, Verbo Intransitivo, no qual critica a hipocrisia sexual da alta sociedade paulistana.

Em 1928, publica a rapsódia Macunaíma, uma das obras primas da literatura brasileira. A historia do “herói sem nenhum caráter” e composta da reunião de lendas e mitos indígenas. Ao criar um personagem que vem da mata para a cidade de São Paulo, Mario de Andrade inverte os relatos dos cronistas quinhentistas.

Em 1934, Mario de Andrade foi nomeado diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo, onde ficou ate 1938, ano em que mudou para o Rio de Janeiro onde se tornou catedrático de Filosofia e História da Arte e diretor do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal.

Não se adaptou com a mudança, vivia deprimido e, “numa noite de porre imenso” bateu com o punho na mesa do bar e disse a si mesmo: “Vou-me embora para São Paulo, morar na minha casa”.

Em 1940, retornou para São Paulo para trabalhar no Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que ajudara a criar quatro anos antes. Também viajou por todo o estado de São Paulo fazendo pesquisas.

Em 1942, publica O Movimento Modernista, famosa conferencia em que faz um balanço e uma critica de sua geração, “assinalando os erros do Modernismo, principalmente o que considera abstencionismo diante dos graves problemas sociais do seu tempo. Sua saúde, já frágil, piora a partir dessa época.

Em 1943, inicia a publicação de suas Obras Completas, previstas para saírem em 18 volumes. Em 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos, Mario de Andrade sofreu um ataque cardíaco fulminante, deixando inacabado o livro Contos Novos, publicado em 1946, no qual destacou narrativas de inspiração freudiana, como “Vestido Preto” e “Frederico Paciência”, além de contos de preocupação social, como “O Poço” e “Primeiro de Maio”.

Como critico literário seu legado e imenso. Em A Escrava que não `E Isaura (1925), por exemplo, reuniu ensaios provocativos contra o passadismo. Já na obra Aspectos da Literatura Brasileira (1943), abordou, de maneira bem menos passional, os mais importantes escritores da literatura brasileira.

Com sua morte, o Brasil ficou órfão de um dos seus mais fecundos, múltiplos e íntegros intelectuais que, certa vez, se definiu como  “trezentos, sou trezentos-e-cincoenta”. Números muito modestos, levando-se em conta sua importância para a cultura brasileira do século XX.

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