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A DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE PÚBLICA E SEUS DESAFIOS

Por:   •  3/5/2020  •  Artigo  •  782 Palavras (4 Páginas)  •  194 Visualizações

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A DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE PÚBLICA E SEUS DESAFIOS

Ariadne Estrela de Freitas Surmani

RESUMO

Esse artigo apresenta reflexões e argumentos que apresentam as dificuldades enfrentadas com os professores em salas de aula com turmas do Ensino Fundamental II dentro da rede pública estadual. Mostrarei a necessidade de se reinventar frente a um mundo tão competitivo aonde os recursos simples como livros e cadernos, competem com “tablets” e “smartphones” e docente se esforça ao máximo para cumprir seu papel.

Palavras-chave: reinvenção, professor, aprender.

1 INTRODUÇÃO

Esse artigo visa mostrar as reais barreiras que o professor de Ensino Fundamental II da rede pública enfrenta no seu dia-a-dia e o que deve fazer para superá-las através da reinvenção. Sabemos que a Educação do sistema público é frágil diante de um universo extremamente competitivo cercado de tecnologia que atrai nossos alunos e muitas vezes os fazendo perder o interesse pelo aprendizado. Veremos algumas conclusões de estudiosos da área que explanam de forma muito clara o tema. A Base nacional Comum curricular ganha destaque e é tratada nesse trabalho.

2 OS DESAFIOS DA DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Vivemos em uma era que em todo instante tudo se modifica tão rápido, assim como em jogos virtuais, tornando-se tão atrativo que a cada dia o professor da escola pública é obrigado a se reinventar na sua realidade cercada de giz, lousa, livros, papéis e canetas, visando garantir o aprendizado de seus alunos, prendendo sua atenção com muito esforço através da disciplina, tendo que competir com smartphones, games e séries, cumprindo o seu papel, transmitindo o conhecimento, o qual lhe foi outorgado anteriormente em estudos, planejamentos e reuniões pedagógicas que pareciam intermináveis, tudo de acordo com as normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “A configuração do sistema de ensino mudou radicalmente

e encontramo-nos, por um lado, perante uma autêntica socialização divergente: a de uma sociedade pluralista, com modelos de educação opostos e valores diferentes e contraditórios e, por outro, a da diversidade própria da sociedade multicultural e multilíngue. O caráter unificador no campo cultural, linguístico e comportamental em que se afirmava a escola, obriga hoje a uma ação diversificada na atuação do professor (NÓVOA 1995, apud HAGEMAYER, 2004). ESTEVE (Apud. NÓVOA, 1995, p. 95) descreve o que chama de mal-estar docente, como o conjunto de reações dos professores, como grupo profissional que se desajusta frente à mudança social. Destaca fatores de primeira ordem, que incidem diretamente sobre a ação do professor na sala de aula (imposições administrativas, isolamento etc.), provocando emoções negativas, e de segunda ordem, as condições ambientais do contexto onde exerce a docência (falta de tempo, material adequado, excesso de alunos, condições salariais precárias), com ação direta sobre a motivação e desempenho na função.

Além de o docente atuar como mediador e agente cultural, são várias as dificuldades que o professor enfrenta, até mesmo com a coordenação, que nem sempre trabalha com as ideias alinhadas e dependendo de um sistema público de ensino totalmente fragilizado. O professor vem travando diariamente uma luta entre o novo e o velho, o estabelecido e o não reconhecido, decidindo entre o que deve ou não ser alterado (ALONSO, 1999, p. 16 apud HAGEMAYER).

No enfrentamento de diversas barreiras, o docente precisa buscar ferramentas capazes de auxiliá-lo nessa luta diária, se reinventando e aprimorando seus conhecimentos e didática. Sendo assim, as tecnologias, de inimigas viram parceiras, os “smartphones” ganham um papel de aliado, os colegas de trabalho viram influenciadores digitais, games são auxiliares no ensino, tornando a escola interessante, buscando motivar os alunos, enfatizando não somente os conteúdos obrigatórios curriculares, mas também no que tange à dimensão socioemocional, de acordo com a BNCC. Não se esquecendo da formação continuada que deve ser empregada tanto para alunos, bem como para os professores.

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