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A Educação Compensatória

Por:   •  21/11/2023  •  Trabalho acadêmico  •  394 Palavras (2 Páginas)  •  37 Visualizações

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A HIPÓTESE DO DÉFICIT LINGUÍSTICO:

  • Traz a teoria da deficiência cultural, onde apresenta que os alunos advindos das camadas populares mais desfavorecidas, chegam até a escola com dificuldades, sendo a principal delas a linguagem. Além de apresentarem um vocabulário, caracterizado pelos defensores dessa tese, como pobre, uma sintaxe confusa, por abundantes erros de concordância e pronúncia das palavras.  Onde essas crianças que são consideradas “deficitárias linguisticamente” enfrentariam, assim, um grande obstáculo na aprendizagem escolar e esse déficit estaria atrelado a origem dos problemas da educação popular.

  • Para embasarem sua tese os partidários do déficit linguístico, buscam apoio em psicólogos que tratam o desenvolvimento cognitivo como sendo pressuposto do desenvolvimento linguístico, ou seja, que o desenvolvimento da linguagem só é possível diante do desenvolvimento do psíquico, do cognitivo, tem como exemplo Vygotsky, que tem seus estudos baseados na ideia da interferência do social na construção e no desenvolvimento do ser humano.
  • Conforme essa lógica, o déficit linguístico estaria relacionado com a pobreza de um contexto linguístico no ambiente familiar das crianças. Ou seja, essas crianças necessitam de uma boa interação verbal, de situações favoráveis para esse desenvolvimento linguístico, entre elas e seus pais. Entretanto, essa tese defende que nas camadas populares desfavorecidas, a interação verbal entre a criança e a mãe é meio precária. Pois, em alguns casos as crianças não são incentivadas a expressar-se verbalmente, sendo esses estímulos verbais bem escassos e desorganizados, e que seria o fato de a mãe não ter uma boa comunicação com os seus filhos, que ocasionaria essa deficiência no desenvolvimento da linguagem desse indivíduo. Através desse modelo inadequado da interação verbal entre a criança e a mãe, que criou-se a "hipótese da mãe inadequada".
  • Ao contrário das crianças das camadas populares, as crianças das classes favorecidas, vivem em um ambiente com abundância de estimulações verbais, além de serem incentivadas desde pequenas pelos seus familiares, principalmente pelos seus pais. Com isso, a criança se desenvolve linguisticamente, e não enfrenta dificuldades de aprendizagem quando ingressam nas escolas.
  • Em suma: para a teoria da carência cultural, as crianças das camadas populares, ao contrário das crianças das classes favorecidas, manifestam um "déficit linguístico", que resulta da "privação linguística", que são vítimas do contexto cultural do meio em que estão inseridas. Sendo assim, o "déficit cognitivo" é considerado o principal responsável pelas dificuldades enfrentadas no aprendizado dessas crianças nas escolas.

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