A Educomunicação em Letras

Introdução

A Educomunicação se faz importante e necessária para educação no século XXI, principalmente na situação atual, no qual distanciamento entre as pessoas é uma realidade; desta forma o uso das tecnologias como ferramenta para construção e transmissão de conhecimentos de maneira segura para todos os indivíduos da sociedade é de suma importância, pois elas estão ao nosso favor; não somente para transmissão, pois de acordo com Donizete Soares (2006, p. 4-5), a educomunicação procura moldar a realidade do contexto em que se está inserido, com a integração dos educandos em ação direta.

Segundo Donizete Soares (2006, p. 4-5), a educomunicação é um campo no qual os conhecimentos se relacionavam, espaço onde os questionamentos e a construção de saberes são possíveis, local que possibilita experiência através das ações, e que como consequência geram outras.

A Educomunicação é um suporte essencial para educação, pois nela os indivíduos trabalham juntos em coerência e concordância na construção e disponibilização do conhecimento,

Quando falamos em educomunicação temos que pensar numa permanente troca de informações e de produção cultural envolvendo o aluno, o professor, a coordenação da escola e a família, algo que só pode ser alcançado se a escola for um ambiente democrático, onde o aluno possa participar ativamente, expressando suas ideias e emoções. A educomunicação propõe uma troca simultânea de experiência, de informação entre o professor e o aluno, algo recíproco. (Soares, 2011, s.p).

Perante a visão de Donizete Soares sobre uma interação mais recorrente entre o corpo estudantil, faz se o uso da ideia de Kathiuscia Pereira sobre interação do protagonismo juvenil no ambiente social e educativo para fortalecer a concepção da importância da Educomunicação, como solução na busca pela preparação do exercício da cidadania. (PEREIRA, 2009, p. 66),

[...] o protagonismo juvenil é concebido como um método de ação social e educativa capaz de possibilitar ao jovem o desenvolvimento da sua cidadania, por meio da geração de espaços e situações propiciadoras da sua participação criativa, construtiva e solidária na solução de problemas reais na escola, na comunidade ou na vida social mais ampla. Privilegiando os jovens protagonistas que trabalharão numa dimensão da realidade ao seu redor para melhorá-la concretamente, isto é, o jovem como solução na busca pela preparação do exercício da cidadania. (PEREIRA, 2009, p.66).

Diante dessa perspectiva, no decorrer deste trabalho iremos tratar sobre a importância da educomunicação nas escolas para desenvolvimento do aprendizado dos educandos e sobre as experiências dos participantes do projeto PIBID, neste momento de pandemia mundial em que a educomunicação se fortaleceu.

Educomunicação

Podemos dizer que a educomunicação é fruto da relação mútua entre educação e comunicação, essa interdependência se justiça pelo fato de haver um diálogo entre essas duas áreas, pois, essa característica que os ligam têm como principais fundamentos as ideias de compartilhamento e comunhão (MOREIRA, 2020, p. 21).

O termo educomunicação está ganhando notoriedade nessas últimas décadas e segundo

Moreira (2020, p. 21-22), essa conexão entre educação e comunicação existe desde os primórdios da humanidade e, para demonstrar essa hipótese, moreira utiliza o exemplo da descoberta do fogo, pois é entendio por ele que os seres humanos pré-históricos tiveram que inicialmente observar a maneira de como o fenômeno acontecia e depois tentar colocá-los em prática e, para que essa descoberta fosse adiante e não ficasse estagnada, esses indivíduos foram repassando suas técnicas de pai para filho constatando assim um processo educativo e comunicativo entre gerações. De fato, a evolução do seres humanos em sua imensa maioria das vezes está atrelada com algum processo educativo e comunicativo.

A comicidade disso tudo se dá quando imaginamos que apesar de tantas ligações há alguns anos essas duas áreas eram consideradas dois campos totalmente distintos e que suas ideias e funções eram completamente divergentes na sociedade (SOARES, 2006, p. 2).

É nítido o poder que a comunicação possui sobre os seres humanos, podemos até mesmo inferir que ao decorrer dos tempos com o surgimento de vários meios comunicativos que ela tem se tornado ainda mais influente na formação das pessoas e, esse fato ganha mais importância no mundo a partir dos anos 50/60, quando grande parte da Europa se preocupa com a grande visibilidade das mídias na vida cotiana das pessoas e passa a olhar para a ela com um aspecto educativo por sua capacidade de atingir e influenciar os indivíduos sobre questões políticas e ideológicas, mas uma declaração oficial sobre a necessidade das mídias só veio acontecer em meados dos anos 80 por intermédio da Unesco em que vários países declararam a importância que esses meios possuem na formação de uma sociedade e assim fazendo que seus sistemas educacionais adotassem meios para facilitar o entendimento do cidadão sobre esse fenômeno. (MOREIRA, 2020, p. 24-25).

Com essa perspectiva Moreira (2020, p. 31) diz que a educomunicação tem como principal enfoque a intervenção social. No processo de aprendizagem ela pode ser entendida como uma maneira de fazer mídia na escola e no contexto comunitário e, atualmente pode-se observar que as pessoas estão totalmente cercadas por diversos meios de produzir inter-relações entre elas através das mídias, fato que ocorre com mais frequência a cada década que se passa, na qual as novas gerações têm infinitas possibilidades de desenvolver várias formas de se comunicar e implantar nesse espaço algo relativo à aprendizagem, pois as tecnologias que surgem a todo momento dar aos indivíduos essas capacidades de produção e compartilhamento de ideias.

Visto, pois, desta forma a educação deve ser pensada e dada de maneira coerente com a atualidade, pois vivemos na era da informação (SOARES, 2000, p. 17).

Desta maneira, as tecnologias e os meios de produção de informação estão em todos os

contextos da sociedade e, é de extrema importância a sua utilização no ensino para que o ambiente escolar esteja ligado ao contexto social que o educando está inserindo. No Brasil, essa necessidade de implantar no sistema educacional o uso das tecnologias fica clara na nova proposta de ensino da base nacional comum curricular (BNCC), na competência 5, na qual o aluno deve “Compreender,