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A Escola de Atenas (1511)

Por:   •  26/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  508 Visualizações

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A Escola de Atenas (1511) de Rafael e a percepção do ambiente escolar como um local de compartilhamento de saberes, ideias e outros tipos de aprendizados, sendo benéfico ao desenvolvimento da mais humana faculdade, o pensar:

O emblemático afresco produzido por Rafael Sanzio (Itália, 1483 - 1520) a partir de uma encomenda do Papa Júlio II, figura entre os símbolos que a arte fornece à história, ilustrando, acuradamente, a essência clássica da Renascença, que se fortaleceu no âmbito artístico de modo inexorável (é possível perceber isto a partir da força dos ditames clássicos no que tange às artes visuais) e cresceu em influência nos campos científico e filosófico. A obra mais famosa de Rafael permite-nos identificar grandes pensadores e matemáticos, tais como Platão, Aristóteles, Pitágoras, Ptolomeu, Epicuro, entre outros, reunidos pela busca de conhecimento, reflexões cujos alicerces procedem da razão, possibilidades de partilha de saberes, inspiração, questões e esclarecimentos para tais. É possível notar diversas ocorrências na tela renascentista: grupos de indivíduos conversando, transmitindo raciocínios, conjecturas e informações através da oralidade, demonstrando um conhecimento de maneira prática (Euclides, rodeado de pessoas, no canto direito da tela, manuseando um compasso), lendo, escrevendo, observando e refletindo.

De certa forma, a maioria dos presentes encontra-se visivelmente concentrada quanto ao pensar e ao debater, o que torna a Escola de Atenas uma idealização clássica do que seria, de fato, o ambiente escolar: uma área destinada ao compartilhamento de saberes, cujo intuito primordial deveria ser inspirar a constituição de um conhecimento baseado na emancipação racional. Nos dias de hoje, são promovidas discussões acerca do papel que a escola, como instituição social, exerce na formação de uma pessoa, e a conclusão a qual se chega, na maioria dos casos, é que este papel pode ser determinante no que concerne à estruturação do caráter e da sociabilidade de um aluno, visto que este pode permanecer vinculado a tais institutos por 14 anos. Por serem tão importantes, o principal propósito das escolas deve ser mais abrangente que a requisitada, porém, se pura, superficial, memorização de conteúdos, que não estimula o senso crítico e atribui à escola ares protocolares, que fazem com que os alunos sintam-se obrigados a realizar atividades, testes e provas e comparecer diariamente a um local, considerado por muitos, enfadonho. O tradicionalismo instaura-se em todas as áreas contempladas pela humanidade, tradições e costumes são coisas intrínsecas à natureza humana, porém se tornam danosas quando fortemente ligadas a certos campos, sendo um desses, o educacional.

A educação não é estática, movimenta-se junto com o tempo, que impõe desafios metodológicos aos profissionais desta área, os quais precisam se adequar às demandas dos novos tempos, que gritam por um estudante com um pensamento crítico, que sabe ser capaz de se posicionar diante das questões referentes à vida social, ao meio ambiente circundante, às grandes questões morais, ao mundo onde vive, como um todo, pois fazia isto na escola. Saber determinados conteúdos é deveras importante para a formação de uma ideia de mundo - as disciplinas não devem ser rejeitadas -, conhecer, basicamente, conteúdos de geografia física, geopolítica, história, língua portuguesa, filosofia, sociologia, matemática e ciências naturais torna-se edificante à construção de noções acerca da realidade na qual estamos inseridos, porém, esta bagagem referente ao conhecimento, para se tornar frutífera e verdadeiramente válida, deve vir acompanhada de reflexões e considerações feitas pelos próprios alunos, e o incentivo ao pensar, uma potencialidade humana, em detrimento da simples e protocolar memorização, é uma missão da instituição de ensino e dos profissionais que nela atuam. A base teórica encontrada na formação dos professores, nos livros e em diversos materiais é imprescindível e deve se incorporar as mudanças às quais a Educação deve estar aberta, porquanto por esta ser uma área de desenvolvimento constante. Grandes filósofos estudaram outros grandes filósofos antes de empreenderem seus raciocínios.

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