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A Flexão e Derivação

Por:   •  4/7/2019  •  Artigo  •  918 Palavras (4 Páginas)  •  191 Visualizações

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Números de formas e criação de novos afixos

        Gonçalves discute sobre o critério (xiii) e faz uma previsão do número de elementos flexionais e derivacionais numa dada língua e (xiv) do tipo de marca morfológica que pode ser criada;

(xiii) há mais elementos derivacionais numa dada língua que flexionais

(xiv) As chances de expansão do número de elementos flexionais são mínimas. Embora remota, não é impossível a criação de sufixos derivacionais.

        A afirmação de Gonçalves sobre o critério (xiii) é por meio do o Universal 27 de Greenberg (1963) evidencia que o número de  morfemas flexionais numa língua é sempre menor que o número de morfemas derivacionais.  A probabilidade é minima de alterar algo no conjunto de afixos flexionais na língua portuguesa. Segundo Zanotto(1989), os afixos flexionais constituem um agrupamento fechado e limitado de elementos. Já os elementos derivacionais é meramente vasto o inventário. Anderson (1982:591) diz: a derivação  constitui sistema aberto por caracterizar o léxico da língua.  Ex: "Malufete", " Angeliquete", "Guguete" e "Lulete"

  • Seguem a mesma sequência fônica
  • São do sexo feminino caracterizado por algum tipo de adesão ao nome próprio.

Antigamente o -ete era pouco utilizado e não era portado de significado. Mas com muita gente utilizando ele passou a ser um sufixo derivacional do português. Ex: "Paniquete", dançarina do programa "Tv pânico".

        No caso do critério (xiv) o autor levanta uma questão sobre -agem e -s que não são formativos recentes no português. E diz "Por ser um parâmetro que faz referência a uma "morfologia futura". (xiv) não pode servir como instrumento para checar a natureza de afixos antigos, sendo, pois, inoperante na prática." (Gonçalves, 2003, pg 55)

Função indexical

        O critério (xv) função indexical é a “capacidade de uma forma veicular informações relevantes acerca de estilos vocais específicos. Determinadas estratégias podem funcionar como uma espécie de “sistema de sinalização”, relevando o perfil sociolinguístico do usuário.” (Gonçalves,2003,pg 55)

        Na área da morfologia, é vista os processos derivacionais presente na fala dos falantes na escolha de suas expressões. O autor cita as categorias de intensificação semântico-pragmática: a) estratégias sintáticas (uso de advérbios, repetição, entre outros), b) estratégias fonológicas (alongamento da tônica, escansão silábica) c) estratégias morfológicas (prefixação e sufixação). Em seguida ele explica que os homens optam por utilizar estratégias sintáticas e a intensificação prefixal para a fala não ficar afeminada porquê as mulheres utilizam a intensificação sufixal que se manifesta com os sufixos -íssimo, érrimo, ésimo. Ex: Lindíssimo, muitíssimo, caríssimo, entre outros. 

        Gonçalves destaca o processo de formação de palavras que também apresentam função indexical de (Alencar, 2002). Ele mostra as construções x-aço, com golaço, cansadaço, entre outras palavras são mais usadas na fala masculina e também a redução de palavras. Ex: ‘cerva’ de cerveja, ‘sapa’ de sapatão, ‘batera’ de baterista. Para finalizar ele diz: “Processos derivacionais podem nos remeter a um grupo de falantes de, fornecendo indícios do perfil sociolinguístico do usuário.” (Gonçalves,2011, pg 57) No critério (xv) tem como ter o estudo da função indexical, mas não há uma previsão forte o bastante para caracterizar afixos não indeixicais.

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