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A GRAMÁTICA DA LÍNGUA DE SINAIS

Por:   •  16/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.465 Palavras (6 Páginas)  •  470 Visualizações

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FAM – FACULDADE DE AMERICANA

LETRAS, 5º E 6º PERÍODOS

Anna Sophia Santon - RA – 20160860

Brenda Karoline Santana –RA - 20161137

Guilherme da Silva Legramante-RA- 20161797

João Marcelo de Oliveira Hansser – RA-20161179

GRAMÁTICA

DA LÍNGUA DE SINAIS

AMERICANA-SP

SETEMBRO/ 2018

Resumo.

A Língua brasileira se Sinais foi criada em comunidades surdas, que passaram para gerações futuras utilizando de uma modalidade gestual-visual. A modalidade compreende movimentos gestuais e expressões faciais, para que haja uma maior compreensão do que está sendo informado, assim como é diferente da língua Portuguesa que é oral-auditiva. Sendo tão diferente do Português, muitos acham que a língua de sinais se resume á gestos ou mímicas, sem gramatica e regras de uso. Porém, pesquisas sobre a língua mostram que ela é comparável ás línguas orais, tendo ideias sutis e abstratas, e sendo uma língua viva.

Os primeiros estudos sobre línguas de sinais são de 1960, com um americano chamado Stokoe, estudando a American Sign Language (ASL), e seus aspectos estruturais, como o fonológico, morfológico e sintático. A partir dos gestos da língua de Libras, Stokoe denominou que cada segmento mínimo que é feito durante a comunicação seria chamado de “quirema”, que seria o ponto de articulação, a configuração de mãos e o movimento que é feito para o sinal. A junção dos três quiremas traria como resultado, um morfema. Cada morfema teria um número limitado de combinações dos quiremas, e assim poderiam ser decompostas e descritas. Libras possui todos os componentes que a classificam como uma língua, como gramática, fonologia, semântica, morfologia, sintaxe, necessitando de prática para seu aprendizado e aperfeiçoamento.

A língua de sinais não é universal, pois cada país possui sua própria. Mesmo que dois países diferentes possuem a mesma língua oral, como Brasil e Portugal, as sinalizadas se diferenciarão. No Brasil encontraremos a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), enquanto em Portugal será a Lingual Gestual Portuguesa (LGP). Porém pode também ocorrer de dois países diferentes usarem a mesma língua de sinais como os Estados Unidos e a parte inglesa do Canadá, que utilizam o American Sign Language (ASL).

Gramática

  A gramática de Libras possui itens lexicais, morfológicos, sintáticos e semânticos, e possuem princípios básicos gerais, tendo um número infinito de construções e um finito de regras. Há a possibilidade de construções metafóricas, irônicas, e significados não literários.

Fonologia

A fonologia estuda as configurações e movimentos dos elementos dos sinais, estabelecendo os padrões possíveis no ambiente fonológico.
Sinal é o nome dado à palavra, ou item lexical da língua de sinais. Os articuladores primários da língua são as mãos, que se movimentam no espaço em frente ao corpo, utilizando uma ou duas mãos, podendo ser feita com qualquer uma delas, dependendo apenas da pessoa que a produz.
As articulações de mão são chamadas de parâmetros, como Configuração das Mãos (CM), o Movimento (M), Ponto de Articulação (PA) e Orientação (O). Além disso, também é consideradas coisas como expressões faciais e/ou corporais, movimento de cabeça e do corpo.

  1. Configuração de mão (CM): Pode permanecer a mesma, ou ser alterada durante o sinal, passando de uma pra outra. Existem 46 diferentes configurações de mãos para a Libras.
  2. Ponto e Articulação (PA): O espaço onde o sinal é realizado é limitado e vai desde o topo da cabeça, até a cintura. Alguns movimentos necessitam de um local preciso para que o sinal seja entendido, enquanto outro não é relevante, chamado de “espaço neutro”.
  3. Movimento (M): O movimento que se realiza é a área em torno do corpo, com o objeto (mãos).  O movimento é analisado a parti do tipo (mãos, braço, pulso, etc.), direção (movimento uni, bi ou multidirecional), maneira (qualidade, tensão e velocidade) e frequência (movimentos simples ou repetidos) do sinal.
  4. Orientação (O): Os sinais podem ou não ter uma direção. A orientação à direção pra onde a palma da mão aponta no sinal.
  5. Expressão facial e/ou corporal: As expressões são muito importantes para a transmissão da mensagem. A adição de expressões faciais, dos olhos, sentimentos de alegria, tristeza, exclamação ou pergunta, fazem com que as mensagens possam ser interpretadas mais facilmente, e com um maior número de detalhes, além de ser muitas vezes um traço denominador do sinal.

A partir dos parâmetros mostrados, vemos que a língua é constituída a partir de unidades mínimas distintivas, como nas línguas orais.

Entretanto, como a língua de sinais é utilizada por uma parte da sociedade específica, por muitas vezes alguns tipos de vocabulários não são utilizados, porém isso não significa que a língua é pobre, apenas que não é utilizada pela população surda.

Porém há restrições na criação de novos sinais, pois não será aceito um sinal se ele fugir dos padrões das funções das palavras.

Sistema Morfológico da língua de sinais

Morfema são elementos que compõe palavras organizadas em categorias. Libras possui um sistema de formação de palavras, elas determinam também a ideia de gênero, número, grau e tempo.

Itens Lexicais para tempo e maraca de tempo

Libras não possui marcas de tempo, portanto o que demonstra em que tempo a frase se refere, são os advérbios de tempo, como Ontem, Amanhã, hoje, semana passada etc.

Quantificação e intensidade

A quantificação é obtida com sinais quantificadores, como o “muito”. Uma maior quantia de dedos no sinal pode também demonstrar uma maior quantia de algo.

Gênero

Para a indicação do sexo, é necessário ser feito o sinal de mulher ou de homem, seja para pessoas ou animais.

Elementos Datilológicos

A datilologia é um alfabeto manual, utilizado para nomear objetos e palavras que ainda não existam na língua de sinais. As palavras para soletrar se dizem como empréstimos da língua portuguesa.

O alfabeto também é utilizado para apresentar o nome das pessoas quando elas se conhecem.

Classificador em Libras

Classificadores são configurações de mão, e funcionam como marcadores de concordância, e modifica o próprio nome.

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