A Hiper sexualização das personagens femininas
Por: MariM1 • 6/6/2018 • Resenha • 719 Palavras (3 Páginas) • 802 Visualizações
Mulheres no League of Legends
Sobre o League of Legends
"League of Legends é um jogo online competitivo que mistura a velocidade e a intensidade de um RTS (estratégia em tempo real) com elementos de RPG (interpretações de papeis)." Desenvolvido pela empresa Riot Games em 2009, o jogo é classificado como MOBA (Multiplayer Online Battle Arena). League of Legends possui 11 servidores (América do Norte, EU Ocidental, EU Nórdica e Leste, América Latina Norte, América Latina Sul, Brasil, Turquia, Rússia, Oceania, Japão e Korea), sendo que o servidor brasileiro foi lançado em 2013. Segundo a Riot, League of Legends possui um público mensal de 100 milhões de jogadores ativos.
1.1 Hiper sexualização das personagens femininas
O jogo possui atualmente 134 campeões, dentre eles 88 personagens masculinos e 46 personagens femininas, que estão distribuídos em 12 regiões fictícias. É comum a representação feminina de uma maneira sexualiazada em jogos. Guerreiras e lutadoras usam "armaduras", que mais se parecem com uma fantasia sexual, e são usadas como chamariz para atrair o público masculino. Por outro lado, uma pesquisa realizada por Teresa Lynch1 aponta que "nos últimos oito anos houve uma diminuição significativa na sexualização dos personagens femininos". Isto se deu pela inserção do público feminino tanto no uso, quanto no desenvolvimento dos jogos.
Esse declínio na representação sexualizada das personagens pôde ser percebida no League of Legends. Em maio de 2016, o jogo apresentou uma nova campeã chamada Talliyah. Vários usuários criticaram a sua aparência, principalmente por não ser sexy. Em contra partida, Daniel "ZenonTheStoic" Klein, o designer da jovem campeã, usou uma rede social para responder aos comentários negativos:
"Nossas personagens mulheres mais recentes têm sido muito mais interessante. Da aparência monstruosa de Kalista a Rek'sai, um monstro de verdade... Da Illaoi e sua imagem de 'quebrar ossos ensinam melhor do que sermões' ao visual etéreo e animalesco da Ovelha [Kindred].
Essas personagens não fazem seu tipo? OK! Nós já temos 33 mulheres sexualizadas no jogo (eu fui e contei). Estou certo de que faremos outra personagem sexy no futuro." (2016)
Baixa representação no cenário competitivo
Segundo a pesquisa Game Brasil 2017, as mulheres representam (53,6%) do usuários de jogos eletrônicos no Brasil. Entretanto, quando a questão é sobre representatividade feminina nas competições dos jogos e-sports essa maioria diminui significativamente, ou simplesmente desaparece.
"O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) é o campo de batalha no qual os melhores times profissionais do País se enfrentam, lutando não só pela supremacia em League e um lugar na história, mas também por uma vaga no Campeonato Mundial"
Neste torneio, oito times se enfrentam em fases semanais para alcançar as eliminatórias. No CBLoL 2017, os times são Remo Brave eSports, KaBuM eSports, Operation Kino, CNB e-Sports Club, Keyd Stars, paiN Gaming, INTZ e-Sports e Red Canids. Nenhum desses times possui uma jogadora, nem mesmo como reserva.
Quais fatores que levam a invisibilidade das mulheres no cenário competitivo? Seria a falta de "talento"? Acredito que não.
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