A Improvável Jornada de Harold Fry

A Improvável Jornada de Harold Fry

Rachel Joyce, tradução de Johann Heyss 1.a. Edição, Rio de Janeiro,Editora Objetiva. 2013.

Ficção.

Harold Fry é um homem comum inglês, aposentado, casado com Maureen.

O casal mora em Kingsbridge, litoral sul da Inglaterra e vive uma vidinha completamente comum, ate o dia em que chega uma carta. A carta vem de Berwick-upon-Tweed, no extremo norte do país, fronteira com a Escócia. A carta é de Queenie Henessy, antiga arquivista de escritório, colega de trabalho de Harold, na cervejaria do Sr.Napier, um sujeito tido como truculento e até mesmo violento.

A partir daí, começa a odisséia de Harold, que, a princípio, resolve responder à carta de Queenie. Porém, ao se dirigir à caixa de correio mais próxima, vai mais longe e se põe a caminhar, para entregar pessoalmente a resposta a Queenie, que está internada em um sanatório, com problemas de saúde. E, em sua jornada, acaba agregando seguidores de diversos tipos, sexos e idades e com motivos diversos também.

No inicio parece que agregam, mas no meio do caminho começam as dissensões.

No final, Harold percebe que essa caminhada em grupo o distraiu e afastou de seu verdadeiro objetivo: Salvar Queenie.

A caminhada de Harold, atravessando toda a Inglaterra em seu comprimento, é, também, uma viagem interna, um reviver de seu passado, um exame de sua vida.

Embora ele tenha pegado sua mulher, Maureen de surpresa, ele não deixa de mantê-la a par de onde ele se encontra e telefona de cada ponto do caminho onde é possível entrar em contato com ela.

Queenie foi uma amiga como ninguém mais seria, teria assumido a autoria de algo que Harold teria cometido: a quebra de objetos de estimação do seu patrão, o sr. Napier, que Harold teria quebrado em um incomum acesso de fúria.

Ao reviver sua vida, no inicio o leitor é levado a crer que Maureen e o filho mantêm contato e que o filho não quer contato com o pai. No entanto, próximo ao final, percebe-se que o filho suicidou-se e que Maureen mantém-se, na verdade, presa á sua memória.

Por fim, Maureen vai encontrar Harold ao final de sua jornada, percebe a grandiosidade de seu objetivo e o apóia, Harold reencontra Queenie,que está em estagio terminal de câncer e Queenie falece.

Maureen diz a Harold que ‘não havia nada que ele pudesse fazer’, na verdade, não só apascentando qualquer idéia de que ele falhara ao tentar salvar Queenie, como da provável culpa que ele sentia e que ela lhe atribuía, pelo suicídio do filho David.

O casal passeia à beira do lago e conversa, após a despedida final de Queenie.

Lembram do que foi dito no primeiro encontro dos dois, la no inicio, o que os fez rir e ensejou o namoro.

E no final, terminam rindo, como no começo da história dos dois.