A Influência das aulas de leitura para o leitor proficiente
Por: Damdoca • 26/5/2018 • Projeto de pesquisa • 2.509 Palavras (11 Páginas) • 239 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA
DAMIANA MATOS DE ARAÚJO CARNEIRO
A INFLUÊNCIA DAS AULAS DE CICLO DE LEITURA PARA O DESENVOLVIMENTO LEITOR DE ALUNOS DE 6º ANO NUMA PERSPECTIVA SÓCIOINTERACIONISTA
FORTALEZA – CE
2018
- DEFINIÇÃO DO TEMA E DELIMITAÇÃO
Assunto: As contribuições sociointeracionista na formação do leitor.
Delimitação do tema: A influência das aulas de ciclo de leitura para o desenvolvimento leitor de alunos de 6º ano numa perspectiva sociointeracionista.
- OBJETIVOS
Objetivo geral
Analisar o desenvolvimento da leitura dos alunos de 6º ano, através das contribuições das aulas de ciclo de leitura do programa PAIC da Prefeitura de Fortaleza numa perspectiva sociointeracionista.
Objetivos específicos
- Descrever a proposta do ciclo de leitura inseridos no plano itinerante de língua portuguesa nas escolas públicas de Fortaleza.
- Identificar os avanços na proficiência leitora dos alunos através desse método de ensino.
- Reconhecer a mediação do professor com ponto crucial na construção do conhecimento dos alunos.
- Relacionar o aprendizado da competência leitora (não só a leitura decodificada, mas a leitura de mundo) dos alunos por meio das relações sociais e interacionais.
- JUSTIFICATIVA
O presente projeto visa analisar o desenvolvimento da proficiência na leitura, tendo como base o ensino sociointeracionista, analisando como esse tipo de ensino contribui para as práticas de leitura, tornando o aluno um leitor não só de palavras, mas um leitor de mundo.
Partindo desses pressupostos, o tema escolhido sugere fazer um levantamento sobre o sociointeracionismo que valoriza a construção do conhecimento baseada no diálogo, buscando elencar suas características voltadas para a importância do ensino de leitura, contribuindo de fato para a formação do leitor das séries finais do fundamental II, mais especificamente do 6º ano, numa perspectiva social.
A escola deve ser, portanto, o principal local a despertar uma prática social nos educandos, buscando uma interação social para melhoria do aprendizado, saindo um pouco do ensino tradicional e aplicando métodos eficazes no ensino-aprendizagem. Tendo como base que o ser humano é apto a viver em sociedade e como tal necessita de práticas sociointeracionistas para desenvolver sua cognição, leitura e escrita.
- OBJETO DE PESQUISA
4.1 Problema
O principal objeto de estudo dessa pesquisa é apontar para o uso da didática docente na valorização e interação entre texto e aluno na construção do conhecimento e desenvolvimento da leitura proficiente. Partindo disso, é crível que o professor como principal mediador em sala de aula; tem como papel primordial incentivar o gosto pela leitura nos seus alunos, demonstrando ser um ávido leitor, proporcionando aos discentes um contato mais prazeroso com a literatura, fazendo o aluno não ler apenas para cumprir seu papel de estudante, mas pelo deleite e entretenimento, aprimorando desse modo, o hábito da leitura.
Está mais do que provado que alunos que leem mais, têm a curiosidade mais aguçada, desenvolvem melhor a escrita, são mais perspicazes e se tornam adultos mais eficientes em suas diversas tarefas seculares.
Partindo dessas premissas, questiona-se qual seria a didática docente mais eficiente na formação do leitor iniciante?
Como afirma COLOMER e CAMPS, 2002, “a língua escrita é um sistema de mediação entre o ser humano e a realidade por meio de sinais determinados”. Ou seja, é a partir da língua escrita que o homem tem a possibilidade de conhecer o mundo, metaforicamente no universo das palavras e da comunicação.
Cabe ao professor o desafio de buscar meios criativos para despertar e atrair o aluno para a leitura, tornando-o assim um leitor competente.
De que modo podemos promover ações que ampliem a competência leitora no contexto escolar? E como o convívio social pode contribuir nesse processo educativo?
É necessário dar instrumentos para o aluno ler e escrever da melhor forma possível. Na sala de aula o texto, além de ser a materialização de práticas reais de linguagem, torna-se também objeto de ensino e aprendizagem. E isso requer um trabalho planejado, contínuo, em que a atuação do professor é crucial (ALTENFELDER, Anna Helena. Olimpíada de Língua Portuguesa, 2008).
- Hipótese
É papel da escola a responsabilidade de formar alunos que tenham a capacidade da utilização da língua portuguesa com competência, podendo assim expressar seus sentimentos, ideias e reflexões.
O aluno que adquire a proficiência na compreensão leitora (refiro-me a leitura no seu sentido mais amplo, extrapolando a simples decodificação de palavras, mas promovendo sentido e contextualizando o texto lido) tende a construir seu conhecimento de forma mais satisfatória.
Um dos maiores desafios do professor atualmente é prender a atenção do aluno, que por sua vez encontra meios mais atrativos para despertar sua atenção, como a internet, por exemplo. Todavia, o professor deve usar a tecnologia a seu favor, agregando práticas digitais que envolvam o aluno na sua aula. Deve propiciar o interesse do estudante pela leitura, seja ela literária ou não, possibilitando o acesso a diferentes suportes e gêneros textuais, que sejam significativos e incentivem atitudes de despertamento nos leitores.
Se é praticando que se aprende a nadar. Se é praticando que se aprende a trabalhar, é praticando também que se aprende a ler e a escrever. Vamos praticar para aprender e aprender para praticar melhor. (FREIRE, 2011. Pág. 60)
Por esses vieses educacionais esse projeto propõe uma análise das aulas de língua portuguesa de alunos oriundos da rede municipal de Fortaleza, constantes das séries finais do Ensino Fundamental, mais precisamente do 6º ano, no foco da aula de ciclo de leitura, procurando averiguar como essas aulas contribuem para a formação crítica e reflexiva do leitor nessa referida faixa etária que é em torno de 11 e 12 anos, e como as práticas sociais interacionais desenvolvem uma maturidade educacional nesses alunos, tornando-os cidadãos críticos e atuantes no meio em que vivem.
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