A Infância é A Idade Das Brincadeiras
Exames: A Infância é A Idade Das Brincadeiras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ABC124 • 23/10/2014 • 1.352 Palavras (6 Páginas) • 1.530 Visualizações
A infância é a idade das brincadeiras. Por meio delas, as crianças satisfazem grande parte de seus desejos e interesses particulares. “O aprendizado da brincadeira, pela criança, propicia a libertação de energias, a expansão da criatividade, fortalece a sociabilidade e estimula a liberdade do desempenho” (Garcia e Marques 1990, p 11)
De acordo com as autoras,a palavra brincar não se relaciona apenas as atividades da criança, pois em todas as faixas etárias, embora as crianças os pratiquem de forma mais freqüente e com mais liberdade.
Quando as crianças brincam observa-se a satisfação que elas experimentam ao participar das atividades. Sinais de alegria, risos, certa excitação são componentes desse prazer, embora a contribuição do brincar vá bem mais alem de impulsos parciais. A criança consegue conjugar seu mundo de fantasia com a realidade, transitando, livremente, de uma situação a outra. Há uma ação psicofísica na consecução dos objetivos: no ato de brincar, a criança propõe-se a fazer algo e procura cumprir sua proposição (Garcia e Marques 1990, p 11).
Segundo elas, o significado da atividade lúdica na vida da criança pode ser compreendido melhor considerando os seguintes aspectos:
• Preparação para vida;
• Liberdade de ação;
• Prazer obtido;
• Possibilidade de repetição das experiências;
• Realização simbólica dos desejos. (Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil)
Para Piaget (1977), as atividades lúdicas fazem parte da vida da criança. O autor identifica três tipos de brincadeiras: brincadeiras de exercícios, brincadeiras simbólicas e brincadeiras regradas. O nosso foco maior seria nas brincadeiras simbólicas e regradas, pois é onde se encaixa na faixa etária dos 2 aos 7 anos de idade e é a idade que estamos trabalhando.
No caso das brincadeiras simbólicas, o objeto perde seu valor em si e passa a estar em função daquilo que a criança representa no momento. Por exemplo, pedrinhas podem representar coisas para comer. Os símbolos usados são individuais e específicos de cada criança e de cada situação.
No caso das brincadeiras regradas, as regras definem a estrutura das atividades. Para o autor, os jogos com regras são instituições sociais, na medida em que são transmitidos de geração a geração e suas características são independentes da vontade dos indivíduos que participam deles. Alguns são transmitidos com a participação dos adultos, outros permanecem especificamente infantis.Estes últimos possibilitam uma situação mais favorável à qualidade lúdica e podem colaborar para o desenvolvimento social das crianças.
Interessado especificamente em entender como a criança pratica e tem consciência de regras, uma vez por elas aprende a respeitar o que lhe é transmitido e a conviver em grupo, Piaget (1977) estudou exaustivamente um jogo regrado: o de bolinha de gude.
Os jogos infantis constituem admiráveis instituições sociais. O jogo de bolinhas, entre meninos, comporta, por exemplo, um sistema muito complexo de regras, isto é, todo um código e toda uma jurisprudência. (...) Se desejarmos compreender alguma coisa a respeito da moral da criança é, evidentemente, pela análise de tais fatos que convém começar. Toda moral consiste num sistema de regras e, em essência, toda moralidade deve ser procurada no respeito que o individuo adquire por essas regras. (p.11)
No segundo estagio, que o autor chama de egocêntrico, a criança começa a receber, do exterior, modelos de regras codificadas. No entanto, mesmo imitando esses modelos, ela joga sozinha sem se preocupar em encontrar parceiros. Se por acaso, as crianças estiverem juntas, cada uma joga para si e todas podem ganhar ao mesmo tempo sem se preocupar com a decodificação das regras ou com a uniformização das diferentes maneiras de jogar. Em razão desse duplo aspecto – imitação e utilização individual dos modelos -, o autor denominou essa fase de jogos egocêntricos. (Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil)
Dos 3-4 aos 6-7 anos (segunda fase) a fantasia é acrescentada a atividade física “embora a fantasia já existisse na fase anterior, não é facilmente distinguida antes da segunda fase do brincar” afirma Pickard (op. cit., p. 113). A característica mais importante da fantasia é o fato de que certos objetos perdem seu significado e são empregados para representar outras coisas ou situações. Outro aspecto desse estagio é o envolvimento emocional da criança. Nesta fase, ela experimenta as emoções mais intensamente do que em qualquer outra época de sua vida. (Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil p. 34)
Crianças de 3 a 6 anos brinquedos indicados
As crianças deste grupo etário são hábeis nos jogos de faz de conta, gostam de desempenhar papel de adulto e criar situações fantásticas. Fantasias e equipamento e equipamento que ajudem em seu mundo imaginário são importantes nesta etapa: entre lojas em miniatura com dinheiro de brinquedo, caixa registradora e telefone.
No mundo particular da criança, um brinquedo favorito lhe dá a sensação de segurança e companhia. Uma boneca ou um ursinho de pelúcia ajudou muitas crianças a superar momentos difíceis de sua vida infantil. Às vezes, as crianças expressão suas confidencias a um brinquedo e compartilham com ele
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