A Justiça Pra Quem no Ciberespaço
Por: Felipe Gabriel • 17/7/2021 • Artigo • 433 Palavras (2 Páginas) • 86 Visualizações
Justiça pra quem no ciberespaço
A frase “com nossos pensamentos fazemos o mundo”, do líder religioso Buda, traz uma séria reflexão acerca da propagação do linchamento virtual na contemporaneidade. Nesse enfoque, tal embate social apoia-se, sobretudo, no discurso de ódio disseminado, bem como na mediocrização da tolerânica, as quais enfraquecem a dignidade e o respeito à pessoa.
Nessa perspectiva, na hipermodernidade, estão cada vez mais presentes discursos que desconfiguram e enfraquecem a integridade dos que estão inseridos no mundo virtual. Toma-se, como exemplo, o “cancelamento” de um artista em redes como instagram, twitter e entre outros, o qual é banido e severamente atacado com declarações de fúria pelos mais novos inimigos , uma vez que não está ideologicamente compatível ou até mesmo faz postagens que não agradem os “haters”. Desse modo, tamanho descalabro potencializa a manifestação de ódio e, em consequência, os linchamentos virtuais os quais agridem e dilaceram os príncipios da respeitabilidade e proteção garantidos pela Constituição de 1988.
Soma-se a essa vergonhosa realidade a intolerância enraizada nas redes socias, haja vista a internet ser um a “terra de ninguém’ a qual ajuda a esconder a identidade dos agressores que se ultilizam do preceito da liberdade de expressão. Sob esse raciocínio, convém demonstrar, em consonância com o levantamento inédito realizado pelo Projeto que Muda, foram identificadas 393.284 menções, sendo 84% delas com abordagens negativas de preconceito e descriminação sobre temas como racismo, política e cultura. Dianto disso, infelizmente, com a liquidez da modernidade- teoria defendida pelo sociólogo Zygmunt Bauman- a agressão torna-se invisível e, devastadamente, incita a hostilidade social, conduta que desconstrói a dignidade do homem e , ainda, a exposição e humilhação pública de alguém que começam no ciberespaço, mas não se encerram nele.
Concernente a essas conflitantes reflexões, urge, portanto, uma medida eficaz a qual combata a propagação do linchamento virtual e seus entraves. Assim, cabe ao Ministério da Educação se fundamentar no Marco Civil da Internet para promover um pleno uso correto das redes sociais propondo a responsabilidade, por meio de iniciativas educacionais como aulas, jogos e brincadeiras as quais permitam que o desfrutador saiba, de modo digno e social, se relacioanar virtualmente garantindo seus direitos e deveres, com intuito de minimizar a ação do justiçamento popular e, consequentemente, o discurso de ódio e a intolerância impostos nas redes sociais, para que assim com pensamentos positivos e de bondade gere uma cultura de paz e um mundo melhor.
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