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A LEITURA NO CONTEXTO DA SALA DE AULA DO OITAVO ANO

Por:   •  1/11/2019  •  Monografia  •  9.023 Palavras (37 Páginas)  •  300 Visualizações

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-REFERÊNCIAL TEÓRICO

Simone Soares

A LEITURA NO CONTEXTO DA SALA DE AULA DO OITAVO ANO

1 INTRODUÇÃO

É notório que a prática da leitura ocupe lugar de destaque entre as ações cognitivas do ser humano, uma vez que este ato aprimora muitas das faculdades mentais dos sujeitos que mantém um contato significativo com bons textos. Partindo desse entendimento, esta pesquisa vem com o objetivo de analisar a leitura no contexto da sala de aula dos alunos da turma do 9º ano da Escola Municipal Maria Madalena.

O desenvolvimento do trabalho decorrente de pesquisa aplicada a partir do método estatístico que se fundamenta na aplicação da teoria estatística da probabilidade. Com o objetivo de identificar as dificuldades existentes em sala de aula, elencar os pontos positivos e negativos enfrentados por esses alunos no domínio da leitura e escrita. Quanto à natureza a pesquisa da aplicada, a mesma objetiva a produção de conhecimento que tem aplicação prática e dirige à solução de problemas reais e específicos.

Quanto à forma de abordagem do problema é de forma quantitativa, pois as informações e opiniões podem ser traduzidas em números e gráficos para posteriormente classificá-las e analisá-las. Tem como objetivo geral descrever as características da sala de aula do oitavo ano do ensino fundamental da Escola Municipal Maria Madalena, por meio de um levantamento de dados e pesquisa de campo através de questionários direcionados a professores e alunos da referida escola, para melhor conhecer a realidade pesquisada no contexto de e sala de aula com intuito de contribuir para resolução da problemática envolvida.

A leitura só ocorre, de fato, “quando começamos a estabelecer relações entre as experiências e a tentar resolver os problemas que se nos apresentam – aí então estamos procedendo leituras, as quais nos habilitam basicamente a ler tudo e qualquer coisa” (MARTINS, 1986, p. 17).

Além disso, há de se admitir que a leitura não se dar tão-somente com a decodificação da parte escrita, mas também de linguagens não verbais, visto que existe estreita relação entre a linguagem das imagens e as palavras. Atualmente, a linguagem é idealizada como uma técnica de interação em que os mecanismos da fala se manifestam numa dinâmica interpessoal.

Isso obriga o falante a se preparar linguisticamente, de modo que venha a compreender os sentidos dos diferentes tipos de linguagens disponíveis. E é aí que entra o hábito de leitura, oferecendo essa maturidade intelectual, que impulsiona sua capacidade interpretativa e comunicativa.

A leitura tem seu começo com o conhecimento linguístico no momento de sua realização, pois a partir de seu ponto inicial, tais conhecimentos são usados, permitindo que o leitor entenda o que lê. Se o texto for incoerente, isso logo será percebido, pois espera-se que o leitor faça uso de saberes prévios para analisar bem o que está lendo. Trata-se de um processo de associação de ideias, ou seja, é preciso estabelecer relação entre o teor da mensagem e outras informações já colhidas em outras fontes.

Em face de tudo isso, importa ampliar o debate acerca da leitura, tendo como base estudos científicos já realizados, e que apresentem novos olhares sobre o tema em pauta neste trabalho. Espera-se que mais informações possam ser apresentadas, e que sejam capazes de ajudar docentes e alunos no processo de ensino aprendizagem da leitura no âmbito escolar.

A presente monografia foi elaborada a partir do método analítico-descritivo, com base em pesquisa bibliográfica e de campo. Atentou-se para a elaboração deste trabalho e, para tanto, apoiou-se nos seguintes teóricos, Martins (1986),  Smith (1989), Kleiman (2008), Menegassi (1995), Solé (1998), dentre outros.

Na pesquisa de campo contou com três elementos de investigação: a observação em sala de aula, a entrevista com professor regente e a aplicação de questionário para os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Maria Madalena, Hugo Napoleão-PI com o intuito de coletar os dados para que fossem identificados as causas e problemas encontrados na leitura em sala de aula.

A presente monografia estruturou-se em cinco partes que se complementam. No primeiro capítulo, procurou-se conceituar leitura de uma forma ampla, baseando-se nos teóricos estudados; no segundo capítulo, falou-se sobre as concepções de leitura e os estudos sobre a fala e escrita com a visão dos PCNs; no terceiro capítulo relatou a importância da leitura nas séries finais do ensino fundamental; e no quarto capítulo, abordou-se a pesquisa de campo realizada em sala de aula, relatando a observação em sala de aula , a entrevista com o professor e da aplicação do questionário aos alunos. Para a realização dessa pesquisa e para tentar responder as perguntas propostas, baseou-se especificamente nos problemas existentes na sala de aula no período da observação.

Este trabalho se constitui na identificação dos problemas enfrentados pelos alunos em sala de aula e na solução para os mesmos. A monografia tenta encontrar novos rumos para se alcançar um ensino de qualidade, pois a aprendizagem da leitura é fundamental para a integração do aluno no mundo, mas é necessário que os professores se empenhem em seu trabalho para que possam transmitir esse conhecimento ao aluno.

2 CONCEPÇÕES DE LEITURA E ESCRITA

A leitura tem sua relevância comprovada, tanto para obtenção de mais conhecimento quanto para a habilidade de produzir textos - escrever bem exige uma mente treinada na boa leitura.

Ler também é enriquecer os vocabulários das palavras, assim deixando-as guardadas na mente para sua devida utilização. O ensino da leitura e da escrita precisa sair da teoria, é necessário utilizar as práticas de ensino no dia-a-dia da sala de aula, pois só aprende a ler e escrever: lendo e escrevendo.

Antes de fazerem parte do âmbito escolar, os educandos já possuem conhecimentos prévios e uma linguagem materna adquirida no decorrer da vida. No entanto, o processo de aquisição da linguagem não tem dado origem a muitas inquietações aos pesquisadores do assunto. “O que tem chamado a atenção dos linguistas é o processo de aquisição da linguagem escrita e consequentemente da leitura e os mecanismos que perpassam o campo da construção do sentido. ” (SILVA, 2011, p.5)

A escrita é vista por alguns como uma reprodução simbólica da linguagem oral, ou seja, da fala, todavia é incapaz de ser completamente fiel a ela, uma vez que as opções do uso da linguagem falada são incontáveis, e a escrita visa somente uma aproximação destas possibilidades.

É preciso inovar o ensino da leitura. Novas posturas docentes no se fazer pedagógico vão dar melhores resultados na formação de leitores, que começa, é claro nos anos iniciais e têm reflexo nas séries posteriores.

Por conta disso, há de se admitir que papel do docente nas séries iniciais é de grande relevância. Seu estímulo e práticas é que poderão despertar o interesse dos alunos pela leitura e pela escrita desde cedo ampliando-se tal hábito para as series finais do ensino fundamental. Pois:

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