A Leitura E A Escrita Como Pratica Social
Pesquisas Acadêmicas: A Leitura E A Escrita Como Pratica Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: PatriciaPavanell • 25/4/2014 • 1.661 Palavras (7 Páginas) • 1.965 Visualizações
“A escrita é uma pratica social e, como tal, exige que o escritor se relacione com o assunto e tenha muitos cuidados além de se preocupar com o leitor”. (ALVES, 2013, p.77)
Alfabetização X Letramento:
Ser alfabetizado consiste em saber ler e escrever.
Letramento vai além do ler e escrever, onde é necessário interagir com a leitura e a escrita dentro e fora do contexto escolar, de modo a cumprir as exigências atuais da sociedade, ou seja, a pessoa que sabe fazer uso da leitura e da escrita como prática social.
“Analfabetismo funcional”:
Expressão recomendada pela UNESCO para designar quem apenas sabe ler e escrever
Introdução
Este trabalho visa argumentar e refletir sobre a Sociologia da Educação e sua representação na sociedade.
Ao entender que a Sociologia estuda a vida dos indivíduos em sociedade, compreende-se que, além de investigar as relações entre os sujeitos e seu coletivo, seu estudo permite interpretar problemas e refletir sobre os processos de transformação destas relações sociais.
A Sociologia da Educação e sua representação na sociedade
Segundo definição do dicionário, a sociologia é a parte das ciências humanas que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a sociologia tem uma base teórico-metodológica voltada para o estudo dos fenômenos sociais, tentando explicá-los e analisando os seres humanos em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.
O termo Sociologia foi criado em 1838 (séc. XIX) por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem — como a História, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como ciência foram institucionalizados.
Os sociólogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos étnicos (indígenas, aborígenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresários, políticos etc.), gênero (homem, mulher, criança), violência (crimes violentos ou não, trânsito, corrupção etc.), além de instituições como família, Estado, escola, religião etc.
Além de suas aplicações no planejamento social, na condução de programas de intervenção social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociológico é também um meio possível de aperfeiçoamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social e de formação de espírito crítico.
A Sociologia nasce da própria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como função ideológica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da ciência. Nesse sentido, se expõe o paradoxo das Ciências Sociais, que ao contrário das ciências da natureza (como a biologia, física, química etc.), as ciências da sociedade estão dentro do seu próprio objeto de estudo, pois todo conhecimento é um produto social. Se isso a priori é uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia é a única ciência que pode ter a si mesma como objeto de indagação crítica.
A Realidade Social é una, não se encontrando compartimentada. Mas para que todas as suas vertentes.
Possam ser estudadas e aprofundadas com uma fácil análise pelas diferentes ciências, está artificialmente compartimentada. Todas as ciências sociais se ocupam da mesma realidade social mas são distintas entre si devido ao seu ponto de vista ou leitura própria, fornecendo uma visão parcelar da realidade. Se conhecermos todas essas visões parcelares, então obteremos uma compreensão mais correta e profundas do fenômeno social analisado, ou seja, a realidade social é tão complexa, tem uma tão grande diversidade de situações, de fenômenos, que é necessário recorrer a pluridisciplinaridade como atitude metodológica a tornar para a análise dos fatos e fenômenos sociais por forma a adquirir um conhecimento mais profundo e correto da realidade. A realidade é, portanto pluridimensional, pois é passível de várias abordagens.
A Sociologia da Educação oportuniza aos seus pesquisadores e estudiosos compreender que a educação se dá no contexto de uma sociedade que, por sua vez, é também resultante da educação. Também oportuniza compreender e caracterizar a inter-relação ser humano/sociedade/educação à luz de diferentes teorias sociológicas.
O sociólogo Pierre Bourdieu centralizou-se, ao longo de sua obra, na tarefa de desvendar os mecanismos da reprodução social que legitimam as diversas formas de dominação. Para empreender esta tarefa, Bourdieu desenvolve conceitos específicos, retirando os fatores econômicos do epicentro das análises da sociedade, a partir de um conceito concebido por ele como violência simbólica, no qual Bourdieu advoga acerca da não arbitrariedade da produção simbólica na vida social, advertindo para seu caráter efetivamente legitimador das forças dominantes, que expressam por meio delas seus gostos de classe e estilos de vida, gerando o que ele pretende ser uma distinção social.
Bourdieu, permitindo ter seu pensamento rotulado, adota como nomenclatura o construtivismo estruturalista ou estruturalismo construtivista.
Esta postura consiste em admitir que existe no mundo social estruturas objetivas que podem dirigir, ou melhor, coagir a ação e a representação dos indivíduos, dos chamados agentes. No entanto, tais estruturas são construídas socialmente assim como os esquemas de ação e pensamento, chamados por Bourdieu de habitus.
Bourdieu tenta fugir da dicotomia subjetivismo/objetivismo dentro das ciências humanas. Rejeita tanto trabalhar no âmbito do fisicalismo, considerando o social enquanto fatos objetivos, como no do psicologismo, o que seria a "explicação das explicações".
O momento objetivo e subjetivo das relações sociais estão numa relação dialética. Existem realmente as estruturas objetivas que coagem as representações e ações dos
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