A Língua de Eulália
Por: Celidalva Silva • 16/10/2015 • Artigo • 538 Palavras (3 Páginas) • 261 Visualizações
BAGNO, Marcos. A língua de Eulália. Ed. Contexto, São Paulo, 2006.
O livro “A língua de Eulália”, é composto por 224 paginas, tendo 22 capítulos, e é destinado a todos aqueles que buscam compreender sobre a língua portuguesa e suas variedades.
Escrita por Marcos Bagno, o livro traz uma reflexão sobre o preconceito linguístico que muitas pessoas sofrem por falarem um português “não padronizado”.
Tendo como objetivo a compreensão linguística da língua portuguesa e os preconceitos hoje encontrados em nossa sociedade seja ele pela de falar, agir expressar ou comportar, o autor traz uma historia tendo como principal Eulália, uma empregada doméstica, que trabalha e mora com Irene, uma professora universitária.
O livro trata também sobre alguns problemas de ensino e aprendizagem da língua portuguesa, destacando o modo estranho das pessoas falarem.
O preconceito quanto às variedades de língua escrita e falada pelas pessoas desfavorecidas socialmente, faz com que algumas pessoas carreguem consigo o sentimento de superioridade que o português “padrão” traz diante do “não padrão”, criando um mito da língua única e correta.
Porém, além das línguas trazidas pelos imigrantes e também as que já existiam nos povos indígenas, o país fala-se diferentes variedades da língua portuguesa, cada uma com suas características, e tudo o que parece erro no português “não padronizado” tem uma explicação lógica, linguística, social e histórica. É o caso de Eulália, que fala uma língua diferente do português “correto”. Vera, Silvia e Emilia, que são universitárias e foram passar férias na chácara de Irene, observam o modo de falar da empregada, percebendo que algumas palavras fogem do português “padrão”. Irene explica que existem no português diversas variações, porem a ortografia oficial é definida pela Academia Brasileira de Letras, que é considerada a “Norma Culta” do português.
As universitárias aprendem, perplexas, que palavras pronunciadas de forma considerada errada são, na verdade, formas diferentes de pronúncia, e que não podem ser vistas pelos educadores como erradas. Dessa forma, elas tiram a conclusão que o nosso português não existe, já que a língua é formada por muitos idiomas e dialetos, percebendo as varias formas de variação do português.
O português falado no Brasil tem influencias de varias línguas do mundo, o que faz com que nossa língua seja falada diferente em cada região do país.
Irene mostra que há varias diferenças entre a língua falada e a língua escrita, e faz um levantamento entre autores de grandes obras e entre países que tem como língua materna o português, mas com suas variações.
O livro nos leva a conhecer as variações da nossa língua, de uma forma agradável e de fácil compreensão, fazendo com que quebremos os paradigmas.
Apesar disso, é valido ressaltar que devemos respeitar todos que têm como fala um português “não padronizado”, sabendo que ninguém é correto ao falar as palavras do jeito que elas são. Cada um tem seu jeito de expressar, e os falantes do português “padrão” devem dar mais espaço aos que possuem um português diferenciado, e estes devem buscar meios para aprender o português “correto”, já que vivemos em uma sociedade preconceituosa, e devemos nos adaptar à ela.
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