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A Neurodidática na Letras

Por:   •  27/3/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.343 Palavras (6 Páginas)  •  96 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS

LICENCIATURA PLENA EM LETRAS LÍNGUA PORTUGUESA

ANDREZA GOMES MOREIRA SANTOS

DIDÁTICA

CAZAJEIRAS-PB

2020

A NEURODIDÁTICA E SUAS CONTRIBUIÇÕES EM SALA DE AULA

O trabalho, ora apresentado tem como título: “A neurodidática e suas contribuições em sala de aula”, este foi solicitado pela professora Drª  Maria Gerlaine Belchior Amaral, como meio avaliativo da disciplina de Didática.  Concebendo a necessidade de contribuir com o desenvolvimento da compreensão acerca do processo de aprendizagem por meio da neurodidática. A importância deste trabalho atente o fato de melhor entendermos os métodos utilizados no âmbito escolar, para melhor compreensão do ensino e da aprendizagem. Partindo deste pressuposto a presente pesquisa tem como objetivo primário de reconhecer as possibilidades de estratégias pedagógicas para a promoção de aprendizagens significativas.

Afim de promover uma melhor compreensão do assunto em pauta, é imprescindível conhecer o que lhe antecede, deste modo, entende-se a neurodidática como uma subdivisão da neurociência, e essa, em síntese, é definida basicamente como o estudo de como o sistema nervoso se desenvolve, e o que ele faz. Os neurocientistas tentam decifrar os comandos do cérebro e todas as suas funções, sendo um ato importante, uma vez que o cérebro é o órgão responsável por controlar tudo o que é feito pelo ser humano, bem como a memória ou habilidades motoras, por exemplo.

Desse modo, sendo apresentada de uma maneira sucinta, a neurodidática é vista como um conjunto de técnicas e estratégias, que tem como base a capacidade de aprender através da mente, onde o elemento primordial, ou seja, o alicerce desse processo é o cérebro, uma vez que é um órgão complexo e poderoso, mutável e que está sempre em constante evolução. O que remete a neuroplasticidade cerebral, que vem sendo defendida pela neurociência como importante, ao processo de adaptação do sistema nervoso, a qualquer mudança ou condições que o meio propõe, estando relacionado ao desenvolvimento, capacidade de adaptação e ao aprendizado do ser. Segundo Conseza e Guerra (2011, p. 36):

“Uma característica marcante do sistema nervoso é então sua permanente plasticidade. E o que entendemos por plasticidades é sua capacidade de fazer e desfazer ligações entre os neurônios como consequência das interações constantes com o ambiente externo e interno do corpo. ”

Entende-se que, a partir de estímulos, vivencias, necessidade e do próprio ambiente que o ser humano está inserido, o sistema nervoso está preparado e é capaz de se modificar conforme essas contribuições que o meio o proporciona.

 Existem estímulos e impulsos para que a aprendizagem ocorra, partindo dessa premissa, compreende-se que o ato de aprender está diretamente relacionado a cognição do ser humano, bem como: sentidos, raciocínio, memorização, sentimentos, linguagem, reconhecimento de padrões, interpretação, reflexão, conceituação, conexão das informações apresentadas, e capacidade de foco e atenção. É correto afirmar que existem 0fases em que o indivíduo tem uma maior capacidade de aprendizagem, pois quando criança, o desenvolvimento do processo cognitivo acontece de forma mais simples, e ao chegar à fase adulta, essa capacidade diminui, contudo, há uma potencialização do que que aprendeu anteriormente, e a aprendizagem ainda que seja menor do que no período infantil, segue sendo contínua. De acordo com Conseza e Guerra (2011, p. 35):

“O cérebro adulto não tem a mesma facilidade de promover tão grande modificação, e durante muito tempo acreditou-se que a capacidade de aprendizagem era pequena nos adultos e quase nula na velhice. O conhecimento atual permite afirmar que a plasticidade nervosa, ainda que diminuída, permanece pela vida inteira; portanto, a capacidade de aprendizagem é mantida. ”

De acordo com o que vem sendo explanado, é nítida a importância de estimular a criança desde cedo, para que haja a promoção de uma aprendizagem significativa e de qualidade. Há diversos fatores que podem contribuir ou interferir no desenvolvimento desse processo, e claramente, um deles é o meio em que a criança está inserida, bem como os estímulos que este local vai lhe proporcionar.

É relevante que os pais estejam presentes na vida educacional dos filhos, mantendo um vínculo com a escola e o professor, para que dessa forma, seja estabelecida a relação escola e família. Assim como também é imprescindível que possam oferecer a suas crianças um meio agradável, atrativo, lúdico, calmo, onde haja respeito, companheirismo e que acima de tudo, que os responsáveis por estas, estimule-as de maneira correta, para que possa despertar o desejo de aprender, desenvolver uma maior capacidade e facilidade de aquisição do conhecimento, de forma que os provoquem a ser seres ativos.

Para que a neurodidática seja aplicada em sala de aula, há a necessidade de diversas mudanças no modelo que ainda é desenvolvido em muitas escolas, que seria as metodologias passivas de educação, onde o aluno ocupa uma posição inativa, ou seja, o professor acaba sendo o detentor de todo conhecimento, e o aluno se limita apenas a receber esse conhecimento, revisar, e submeter-se a avaliações, para comprovar que houve aprendizado. Esse método se tornou obsoleto em relação a efetividade, pois não produz necessariamente significado aos processos de ensino e aprendizagem, porquanto, muitas das vezes o aluno não compreende o motivo dele estar estudando determinado assunto, e o mais preocupante é que ele não consegue criar uma ligação entre os temas abordados e a realidade profissional que enfrentará futuramente.

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