A ORIGEM ETIMOLÓGICA DA PALAVRA: ESTEREOTIPIZAÇÃO E PRECONCEITO

        No mês de março de 2020, iniciou-se no Brasil o período de isolamento social, medida recomendada para conter o avanço do coronavírus. Com isso, houve drásticas alterações na rotina de grande parte da sociedade. Em meio à pandemia, muitas pautas foram postas em evidência, dentre elas questões referentes ao corpo – que provocaram reflexões sobre autocuidado, mas também proporcionaram a disseminação da gordofobia, principalmente através da produção de memes e piadas em relação ao ganho de peso nesse momento.                                                Segundo a blogueira e jornalista Juliana Romano, em entrevista à revista Cláudia, “esse tipo de conteúdo coloca o corpo gordo em um lugar de ridicularização”. A partir desse momento instável a nível mundial, pode-se também refletir sobre a conceptualização do lexema “gordo” em uma sociedade que, atualmente, estima o corpo magro enquanto sinônimo de beleza e saúde.        

ORIGEM ETIMOLÓGICA DA PALAVRA: ESTEREOTIPIZAÇÃO E PRECONCEITO

Há discussões sobre o surgimento desse termo, se este seria latino, ibérico ou proveniente do gaulês. Contudo, encontra-se majoritariamente afirmativas relacionadas ao latim. Consonante o Dicionário Etimológico da Língua portuguesa, “gordo” tem origem etimológica na palavra latina “gurdus”, que significa tolo, grosseiro, pesado. Dito isso, pode-se perceber o caráter pejorativo atribuído à pessoa gorda desde a sua origem, persistindo nos dias atuais.                                                É inegável que, constantemente, a cultura promove medo da gordura, do ser e/ou estar gordo e estimula uma relação patológica com a comida. São comuns blogs e revistas - físicas e virtuais - que falam sobre a “luta contra a balança”.

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Discursos como esse muitas vezes passam despercebidos. Contudo, a expressão “lutar contra a balança” não reflete um comportamento saudável.

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