A importância do ato de ler - resumo
Por: Roberta Fernandes • 2/11/2016 • Trabalho acadêmico • 722 Palavras (3 Páginas) • 398 Visualizações
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23ª ed. São Paulo: Cortez, 1989.
RESUMO
Roberta Yasmim Fernandes da Costa
O livro “A importância do ato de ler: em três artigos que se completam” traz à tona uma problemática bastante interessante sobre o contexto educacional no que diz respeito ao processo de alfabetização e sua relação com a forma de ler, não só as palavras mas como também o mundo ao redor, do indivíduo. Além disso é colocado em pauta também a alfabetização de adultos e a introdução das bibliotecas populares. É de suma importância que o leitor desta obra esteja preparado para poder compreender toda a criticidade que se aloja nas entrelinhas do discurso de Paulo Freire.
Atualmente a educação em geral encontrasse presa à um sistema altamente metódico que induz os educadores e consequentemente os educandos a darem mais importância a quantidade do que qualidade. Quando se exige que um aluno leia determinado livro nas escolas, na maioria das vezes o objetivo não é fazer com que aquele aluno compreenda, de fato, o que o autor quer transmitir, mas sim em cumprir um cronograma existente.
Um livro que deveria fazer diferença na vida acadêmica e social de alguém pode acabar sendo apenas um amontoado de palavras se não for lido da forma correta. Para mudar isso é necessário que exista uma leitura mais crítica sobre o cenário educacional, implantando métodos que estimulem os educandos à serem mais críticos não só em relação aos conteúdos programáticos como também sobre o contexto que cerca a realidade desse educando.
A maneira como as pessoas são ensinadas nas escolas muda de acordo com sua posição social, e por isso pode-se fazer uma associação entre educação e política. As classes mais favorecidas acabam recebendo uma educação mais consistente, com questões de mundo que estimulam a visão crítica. Já as classes menos favorecidas são ensinadas a aceitar e se conformar com essa diferença gritante nas condições de ensino entre uma classe e outra, e dessa forma não são estimuladas a aflorarem seu lado crítico.
É impossível negar a natureza política do processo educativo tanto quanto negar o caráter educativo do ato político uma vez que o sistema educacional é implementado de acordo com as necessidades de uma parcela especifica. Isto quer dizer que é praticamente impossível existir uma educação neutra, que esteja a serviço da sociedade em geral independente de divisões e de necessidades sociais especificas. Do outro lado, implica também ser impossível haver uma política sem significação educativa, uma vez que todo partido político é sempre educador e suas propostas vão ganhando adeptos de acordo com o que é anunciado e “ensinado”.
Existe um alto número de pessoas adultas que ainda não completaram totalmente o processo de alfabetização, e isso se dá devido inúmeros motivos, o mais comum está relacionado ao contexto social desses indivíduos. É certo que diante dessa situação é necessário que exista procedimentos educativos especiais uma vez que os adultos se encontram em um estágio totalmente diferente de uma criança que está se alfabetizando pela primeira vez, por exemplo. Esses procedimentos especiais se dão em parceria do educador através de uma leitura crítica da situação com o educando, que por já possuir conhecimento de mundo consegue ter uma nova perspectiva sobre o aprendizado.
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