ANÁLISE DO TEXTO: FÁBULA DOS DOIS LEÕES
Por: marileiandrade • 4/3/2021 • Trabalho acadêmico • 1.125 Palavras (5 Páginas) • 993 Visualizações
ANÁLISE DO TEXTO: FÁBULA DOS DOIS LEÕES
- Introdução:
Este trabalho é uma proposta para análise do texto a “Fábula dos Dois Leões” de Stanislaw Ponte Preta - Sérgio Porto, apresentado na disciplina de Leitura e Produção de Textos II.
O trabalho iniciou com a leitura do artigo “O TEXTO – CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS”, e teve como exemplo a análise do texto da “Contrafábula a Cigarra e a Formiga”.
O primeiro momento, é direcionado para a descrição de análise de texto, seguido pela análise da fábula e depois pela conclusão. Foram utilizados os materiais indicados pela docente em suas aulas e o material pesquisado e referenciado pela acadêmica.
- Desenvolvimento:
Durante a leitura de um texto, as informações e conhecimentos, já adquiridos pelo leitor, são necessários para uma interpretação e análise das ideias propostas pelo autor.
Um texto pode direcionar variadas formas de pensar, conforme o conhecimento do leitor. “O leitor, para uma compreensão satisfatória do texto, terá de acessar conhecimentos de mundo construídos anteriormente à interação com o texto à medida que avança na narrativa”. (CORBARI, 2020, p.6). De acordo com esta citação de Corbari, o leitor aproveita suas informações anteriores para compreender melhor a proposta do autor. Por vezes são necessárias interpretações para a compreensão do objetivo proposto no texto e as experiências anteriores podem facilitar para a pessoa que realiza a leitura.
Um leitor que consegue dividir o texto para sua compreensão e interpretação, e detenha conhecimentos variados, poder chegar aos objetivos propostos por quem o escreveu de forma mais tranquila e rápida. Conforme Koch, citado por Corbari:
Todo texto possui apenas uma pequena superfície exposta e uma imensa área subjacente. Para chegar às profundezas do implícito e dele extrair sentido, faz-se necessário o recurso a vários sistemas de conhecimento e a ativação de processos e estratégias cognitivas e interacionais. (KOCH apud CORBARI, 2020, p.10)
Desta forma, se o leitor for conhecedor do assunto, ultrapassa a superfície inicial e busca todo o sentido de uma obra.
Para uma leitura de fábula, utiliza-se a interpretação para trabalhar com questões como ética e moral direcionadas para quem realiza a leitura:
As fábulas são textos populares, simples e de linguagem clara, porém de caráter ideológico, permitindo uma análise crítica acerca dos fatores históricos, políticos e sociais, oportunizando uma denúncia através da relação dialógica com o contexto real, despertando, com isso, o prazer pela leitura e escrita de forma multifuncional. ( RAVANELI, 2016, p.9)
O questionamento se o funcionário público tem tanta importância que não foi nem sentida sua falta, um questionamento, que embora do século passado, ainda está presente. Como são as ações deste tipo de funcionário que não se percebe sua ausência? Estes empregos desgastam a rede pública gerando empenho financeiro sem retorno de atividades no trabalho.
No texto proposto é importante relacionar a época em que foi escrito e seu contexto no cenário nacional. Na década de 1960, época da publicação da fábula, eram comuns as críticas às repartições públicas, e a quantidade de funcionários, mesmo que esta situação ainda prevaleça, pois de acordo com as discussões para a reforma administrativa, neste ano de 2020, a quantidade de servidores é maior que a necessidade, ou pelo menos é necessária uma reorganização de cargos e funcionários para melhor aproveitá-los. O Estado não poderá manter esta estrutura por mais tempo.
Conforme corrobora Ribeiro:
De forma pedagógica, a crônica-fábula, de caráter atemporal na temática, traz uma moral em relação ao funcionamento das instituições públicas brasileiras com graça, sátira, e aos seus funcionários, principalmente ao grande número de funcionários públicos e pouca produtividade e a falta de controle em relação à presença, ao desempenho laboral dos funcionários em boa parte das repartições públicas. O texto aponta para uma parcela do funcionalismo, localizada nos anos sessenta, desenhando uma caricatura desse perfil social. (RIBEIRO, 2019, p.52)
Neste foco o autor critica a forma como funcionam as repartições públicas, com grande número de pessoas, mas com funções de pouca produtividade, sem contribuições para a sociedade. O autor do texto: Stanislaw Ponte Preta - Sérgio Porto, por meio de uma linguagem popular e satírica, apresenta o tema que vem sendo discutido há décadas. Então ao Leão eliminar o “homem do cafezinho”, ou seja, um funcionário que realmente fazia algo, todos sentem sua falta.
Assim como destaca-se a experiência do leitor para interpretar e buscar a compreensão do texto, a vivência de que escreve é fundamental para suas invenções levem a relação com a realidade, mas ainda se for por meio de textos em que cria outros mundos relacionados com o real. Sua vivência possui informações necessárias para argumentar e irrigar sua invenção fictícia. (RIBEIRO, 2019).
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