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ANÁLISE DOS GÊNEROS DISCURSIVOS PRESENTES NA REVISTA NEO TOKYO: UM EXERCÍCIO EXPLORATÓRIO

Por:   •  10/6/2018  •  Artigo  •  1.489 Palavras (6 Páginas)  •  204 Visualizações

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ANÁLISE DOS GÊNEROS DISCURSIVOS PRESENTES NA REVISTA NEO TOKYO: UM EXERCÍCIO EXPLORATÓRIO

FERREIRA, A. M. P.

RESUMO: O presente artigo destina-se a ser um complemento relevante para comprovar a presença da diversidade de recursos textuais presentes na revista Neo Tokyo e o papel significativo e viável desempenhado por seu acréscimo como ferramenta difusora de informação, discriminada como de nicho. Através dos recursos disponibilizados na revista, a aplicação holística de inúmeras informações pode ser embasada e explorada de forma focada em cada vertente de ensino, na construção narrativa de personagens e histórias, combinação e seleção de cores que causam efeitos variados no leitor, seja amenizando ou enaltecendo informações e principalmente permitindo através de sua escrita dinâmica e viabilidade de acesso uma aproximação maior e segura quanto à motivação dos interesses e segurança de desenvolvimento. Utilizando como base os autores Araes, Bakhtin e Marcuschi, o resultado alcançado a partir desta análise do gênero artigo de revista pode ser considerado revelador e promissor como um recurso de aplicação prática versátil e convidativo.

PALAVRAS-CHAVE: Gêneros discursivos. Neo Tokyo. Ensino.

Introdução

A aplicação de gêneros discursivos é uma prática cada vez mais comum em sala de aula, seja de Ensino Fundamental, Médio ou Superior. Os benefícios do uso de tal metodologia são inúmeros, pois ao contrário do ensino tradicional, é possível contextualizar o conteúdo a fim de que se torne mais interessante e facilite o processo de ensino-aprendizagem. Através deste método, amplia-se os recursos disponibilizados e eleva-se o conteúdo além da grade curricular, permitindo um enlace pessoal do aluno e as informações necessárias para seu desenvolvimento educacional.

Embora as metodologias de ensino com foco em gêneros discursivos já possuam resultados positivos comprovados e alto índice de aprovação por parte dos alunos, ainda é necessário difundir os estudos de gêneros discursivos dentro da universidade, traçando estratégias de utilização e criando meios de interação entre o professor e a classe.

A presente pesquisa tem como objetivo analisar o gênero “Artigo de Revista” veiculado na Revista Neo Tokyo - edição 91, de modo a sugerir aplicações de atividades com foco em gêneros utilizando-se de revistas, livros e outros materiais de nicho como suplemento em sala de aula.

Definições e considerações acerca dos gêneros discursivos

Bakhtin (1953, p.279) define gênero discursivo como “um instrumento de construção do letramento escolar que permite agir eficazmente em situações sociais de comunicação.” O autor defende que a comunicação é impossível sem que haja utilização dos gêneros discursivos:

Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero e, ao ouvir o falado por outro, sabemos de imediato, bem nas primeiras palavras, pressentir-lhe o gênero, adivinhar-lhe o volume (a extensão aproximada do todo discursivo), a dada estrutura composicional, prever-lhe o fim, ou seja, desde o início, somos sensíveis ao todo discursivo que, em seguida, no processo da fala, evidenciará suas diferenciações (1953, p.302).

Em outras palavras, durante o processo de fala (ou ensino) o falante e seu ouvinte já conhecem toda a estrutura do discurso e, portanto, realizam um interação discursiva diretamente, ainda que de maneira inconsciente. A interação, portanto, deixa de ser apenas verbal (ou textual) e passa a ser também social.

O que difere o trabalho com gêneros de qualquer outra metodologia é a flexibilidade dos mesmos em relação ao ensino tradicional - e embora haja mais esforço envolvido na preparação das aulas, os resultados costumam ser muito satisfatórios, pois a maneira com que se contextualiza o aprendizado é o bastante para tomar a atenção dos estudantes e trazer o conteúdo para a realidade destes.

Apesar de certa resistência dos professores “tradicionalistas” na transição para o ensino com base em gêneros discursivos, a posição da universidade é formar licenciados no âmbito do ensino discursivo com o propósito de auxiliar o futuro professor em suas práticas em sala de aula.

Revista Neo Tokyo: análise e relação com o ensino

Ao nos depararmos com uma revista de nicho como a Neo Tokyo - edição: 91, é evidente que possui uma forma de escrita acessível e de fácil compreensão, pois é feita visando um público amplo, sem restrição de idade. Tanto uma criança letrada quanto um adulto verá que uma das qualidades mais atraentes em sua composição de matérias é a seleção cuidadosa das informações contidas, que abrangem de forma sucinta o tema proposto em cada item e não se retêm apenas neles, vão além, expandindo o conhecimento esperado inicialmente pela matéria e aproveitando deste rotulo de nicho para apresentar uma forma que ultrapassa as descrições convencionais, utilizando-se de intertextualidade para enriquecer e difundir os vários aspectos abordados através de um tema comum, embasado principalmente na segurança de quem faz o que gosta. Este conhecimento adquirido e ampliado, com base à uma descrição de informações complementares, objetivas, versáteis e estimulantes, permite ao leitor um panorama amplo de possibilidades recursivas e dinâmicas a serem utilizadas como ferramentas em inúmeras vertentes.

Valendo-se destas características e centralizando sua aplicação em produções textuais de níveis alternados, o fator dominante para efetiva realização desta atividade é conquistar o interesse do leitor com o recurso selecionado, visando transformar o leitor interessado em um escritor proficiente. É possível inserir esse contexto e estimular o contato inicial com o proveito do aluno ao propor resumos simples de filmes/animações à coletâneas de literatura de forma crítica ou descritiva, gradualmente elevando a relevância da produção textual com base na experiência vivenciada individual, transformando o discurso falado em texto.

No ensino de uma maneira geral, e em sala de aula de modo particular,

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