AS OBSERVAÇÃO DE CRIANÇAS
Por: DavidMK • 3/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.489 Palavras (6 Páginas) • 242 Visualizações
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Curso – Psicologia
David Vieira – RA: C208GA-5
Analise do poema “Eros e Psique”
SOROCABA/SP
2014/1
UNIVERSIDADE PAULISTA
David Vieira – RA: C208GA-5
OBSERVAÇÃO DE CRIANÇAS
Trabalho apresentado como requisito parcial para avaliação semestral da disciplina Interpretação e Produçao de texto da profª. Ivani
SOROCABA/SP
2014/1
“Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei. Todo homem é um indivíduo único e tem direito a viver como quiser”.
(Aleister Crowley)
SUMARIO
INTRODUÇÃO
EROS E PSIQUE
ANALISE
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
Esse poeta com talento incomparavel, Fernando Pessoa, viveu em Portugal no século XX e fazia parte do movimento Literário do Modernismo.
Sua genialidade se dá ao fato de suas obrar terem tal complexibilidade que nos traz vários sentimentos e formas diferentes de ver o poeta e seus sentimentos. Nesse trabalho iremos abordar o lado ocultista de Fernando Pessoa, uma vez que ele era menbro da Ordem dos pobres cavaleiros de Cristo e do templo de Salomão, vulgarmente conhecida como Ordem Templaria ou apenas Templarios, e faremos a análise da poesia “Eros e Psique”.
Fernando Pessoa é dos casos mais complexos da literatura portuguesa, aficsionado pelo supranatural, e pelo sombrio, gosto este que se exemplifica com sua relaçao com a obra do consagrado escretiro Edgar Alan Poe, quando Pessoa traduz o poema “O Corvo” e tambem com sua relaçao com o magista e ocultista Aleister Crowley, este fundador da Astrum Argentum(importante sociedade iniciatica magista) e tambem criador do filosifia/religiao thelemista (Lei de Thelema), tudo isto serve para dar base a um Fernando Pessoa que pretendo mostrar neste trabalho, sendo um dos mais brilhantes ocultista portugueses.
EROS E PSIQUE
...E assim vêdes, meu Irmão, que as verdades
que vos foram dadas no Grau de Neófito, e
aquelas que vos foram dadas no Grau de Adepto
Menor, são, ainda que opostas, a mesma verdade.
(Do Ritual Do Grau De Mestre Do Átrio
Na Ordem Templária De Portugal)
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Fernando Pessoa
ANALISE
Primeiro, vamos analizar a epigrafe:
“...E assim vêdes, meu Irmão, que as verdades
que vos foram dadas no Grau de Neófito, e
aquelas que vos foram dadas no Grau de Adepto
Menor, são, ainda que opostas, a mesma verdade. “
Por Fernando Pessoa ser membro da antiga Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou apenas Templarios, uma antiga ordem militar catolica, iniciada no tempo das cruzadas, para ajudar os peregrinos no perigoso caminho ate Jerusalem. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem, desta forma ela sobreviveu na clandestinidade e no anonimato, e segundo lendas, tornou-se uma ordem mistica iniciatica magista, guardiã de um segredo do cristianismo encontrato no templo de Salomão,mais tarde tornou-se uma especie de vertente dos Hermetismo, isto esta explicito no trecho “ainda que opostas, a mesma verdade”, que seria referencia as leis hermeticas:
- Lei da Polaridade: "Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliáveis"
- Lei da Correspondência: "Aquilo que está embaixo é como aquilo que está em cima, aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo".
O poema “Eros e Psique” vem de antigo mito, no qual Eros significa deus do amor e Psique significa alma. Este poema também pode ser encontrado no livro Poemas Ocultistas uma vez que sua principal característica é o ocultismo, ja que o a Filosofia Hermetica esta no amago da poesia, pois para entender o poema é necessário ter, ao menos um pequeno entendimento filosófico e religioso.
Após a citação do ritual, Pessoa inicia a narraçao do poema através do eu-lirico e relata a lenda da “Princesa encantada” que está em um sono profundo, representando a verdade a ser descoberta, imovel e estatica, e somente um infante que viria de “Além do muro da estrada” poderia despertá-la, sendo o infante uma alegoria para o sujeito comum, que ainda nao foi iniciado na “tradiçao”(termo usado para fazer referencia a magia e conhecimento ocultista), assim ele teria que ser corajoso para enfrentar os obstáculos que o percurso lhe oferece.
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