ASPECTOS HISTÓRICOS E TEXTUAIS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Por: cesarbach • 15/4/2015 • Trabalho acadêmico • 551 Palavras (3 Páginas) • 744 Visualizações
ASPECTOS HISTÓRICOS E TEXTUAIS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Etapa 2: Variação Linguística No Brasil
A linguagem é a principal característica que nos difere dos demais seres vivos, promove o convívio social e a comunicação entre as pessoas. A língua portuguesa é o código mais utilizado por nós brasileiros. Mas devido ao tamanho do país e sua diversidade cultural, o nosso português possui algumas variações. Uma delas é a linguagem formal e a informal.
A linguagem formal está diretamente ligada à linguagem escrita, é utilizada na maior parte dos livros, jornais e revistas, e também em alguns programas de televisão. É a ensinada na escola, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral.
Já a linguagem informal, é aquela utilizada pela maioria das pessoas no dia a dia, representa todas as variedades linguísticas diferentes da formal.
Dentre as variações linguísticas que compõem o padrão informal da linguagem, estão as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Variações Regionais: São as variações, ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, como por exemplo a palavra do dialeto gaúcho “bergamota”, que em certas regiões é tratada por mexerica ou tangerina.
Variações históricas: São as transformações que a língua portuguesa sofreu ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, como a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”. Algumas palavras também sofreram alterações ou foram “abandonadas” e substituídas por outras, como por exemplo, a expressão “vossa mercê”, que mudou para “vosmecê” e depois “você”, que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O texto abaixo é um exemplo de variação histórica, que se comparado à atualidade, apresenta um vocabulário antiquado.
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Variações sociais ou culturais: Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
- Gírias: pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
- Jargões: estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico, de médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.
- Linguajar caipira: pertencente àquelas pessoas que vivem em áreas rurais, que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”. Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas palavras do poeta Oswald de Andrade:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
Referências bibliográficas:
HOOD, Rappin. Jovens. Disponível em: <http://letras.mus.br/rappin-hood/1196272/ >.
Acesso em: 01 jun. 2014.
GONZAGA, Luiz. Assum Preto. Disponível em: <http://letras.mus.br/luizgonzaga/47082/> . Acesso em 01 jun. 2014.
HOLANDA, Chico Buarque. Paratodos. Disponível em: <http://letras.mus.br/chicobuarque/45158/ >. Acesso em 01 jun. 2014.
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