Gêneros textuais e ensino de língua portuguesa
Artigo: Gêneros textuais e ensino de língua portuguesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pedaggogga • 4/4/2014 • Artigo • 408 Palavras (2 Páginas) • 541 Visualizações
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Adriana dos Santos Prado Sadoyama (UEG/ SLMB)
RESUMO
Este texto tem como escopo fomentar a curiosidade do professor no que tange o “verdadeiro” ensino de língua portuguesa sob as concepções de texto, gêneros textuais, e, aos alunos o desenvolvimento da competência lingüística, para que saibam utilizá-la nos diversos contextos de ensino e aprendizagem.
PALAVRAS CHAVES: Gêneros textuais, ensino e formação de professor.
INTRODUÇÃO
Segundo Bakhtin (2000) qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual. No entanto, cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo por isso denominado gêneros do discurso. Já Marcuschi (2003) afirma que os gêneros textuais são fenômenos históricos profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades do dia a dia. São entidades sócio discursivas e formas de ação social incontáveis em qualquer situação comunicativa.
A produção de discursos não acontece no vazio. Todo texto se organiza dentro de um determinado gênero. Sob esta perspectiva, os PCNs (1998) apresentam os vários gêneros existentes que, por sua vez, constituem formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura caracterizados por três elementos: conteúdo temático, estilo e construção composicional. Pode-se ainda afirmar que a noção de gêneros refere-se a “famílias” de textos que compartilham algumas características comuns, embora heterogêneas, como visão geral da ação à qual o texto se articula, tipo de suporte comunicativo, extensão, grau de literariedade, por exemplo, existindo em número quase ilimitado. Sendo assim, denominam-se gêneros textuais, formas verbais de ação social relativamente estáveis, realizadas em textos situados em comunidades de práticas sociais típicas e em domínios discursivos específicos.
Martin (1985, p.250),nos apresenta o conceito de que gêneros são a forma pela qual se faz coisas quando a linguagem é usada para realizá-las. Com influência de Bakhtin(1987) e de expressivos antropólogos, sociólogos e etnógrafos, o autor tem uma visão histórica dos gêneros e os toma como altamente vinculados com as instituições que os produzem. A atenção não se volta prioritariamente para o ensino, mas para a compreensão do funcionamento social e histórico, bem como, sua relação com o poder.
Para Bronckart (1994, p.12), os gêneros constituem ações de linguagem que requerem do agente produtor uma série de decisões para cuja execução ele necessita ter competência; a primeira das decisões é a escolha que deve ser feita a partir do rol de gêneros existentes, ou seja, ele escolherá aquele que lhe parece adequado ao contexto e à intenção comunicativa; e a segunda
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