AVA Variação Linguística - Atividade de Desenvolvimento

Basta fazer parte de uma sociedade para que a comunicação seja algo necessário e indispensável na vida de uma pessoa. Porém, o que une a sociedade, muitas das vezes também a separa e rotula, graças ao que chamamos de “preconceito linguístico”.

Preconceito linguístico, resumidamente, é o ato de julgar, desrespeitar ou humilhar uma pessoa por sua fala, seja devido ao sotaque, seu modo de falar ou pronunciar as palavras, entre diversos outros motivos. Muitas das vezes, é dito que uma pessoa “fala errado”, uma ideia que, se bem analisada, não faz sentido, já que, diferente da escrita, a fala não se prende a diversas regras, tendo como objetivo simplesmente a comunicação e a expressão. No Brasil, é possível ver incontáveis formas de se expressar através da fala, e isso não significa que uma seja melhor ou pior, superior ou inferior à outra. Mesmo assim, é possível ver no dia-dia claras demonstrações de preconceito linguístico, as quais muitas vezes não são tratadas com a devida seriedade.

A fala é uma representação da identidade do indivíduo, sua origem, sua cultura, o meio em que vive, as pessoas com quem convive. Logo, não existe algo como maneira “certa” e “errada” de se expressar, pois assim como é impossível padronizar as pessoas, seja por suas crenças, ideologias, origens, costumes, entre outros, também é impossível padronizar a fala, que é uma consequência direta de tudo que a pessoa é, viveu e conheceu: enquanto existirem pessoas diferentes, haverá maneiras diferentes – e corretas – de se falar a mesma língua.