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Alguns Aspectos Sobre o Conto

Por:   •  6/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  606 Palavras (3 Páginas)  •  405 Visualizações

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ALGUNS ASPECTOS DO CONTO

O texto “Alguns aspectos do Conto”, indica dados teórico-críticos a respeito do conto enquanto gênero literário. Júlio Cortázar (1974) é um contista e crítico argentino, em que relata sua própria experiência da trajetória como escritor contística, ele define-se como um fantasma, por não ter reconhecimento em suas obras, mediante ao isolamento de cultura de alguns países da América do Sul. Publicou vários contos, a maioria de gênero fantástico que se opõem ao falso realismo assentado pelo otimismo filosófico e científico do século XVIII.

Cortázar utiliza-se de seu conhecimento poético, para tentar conceituar o conto “não tivermos a ideia viva do que é um conto, teremos perdido tempo, porque um conto, em última análise, se move nesse plano do homem onde a vida e a expressão dessa vida trava uma batalha fraternal, se me for permitido o termo; e o resultado dessa batalha é o próprio conto, uma síntese viva ao mesmo tempo em que uma vida sintetizada, algo assim como um tremor de água dentro de um cristal, uma fugacidade numa permanência” (Cortázar 1993: 150). Assim, a definição do conto parece ser indefinida e difícil segundo ele, o que é coerente ao analisar o conto até nos dias atuais. O crítico argentino estabelece que seja necessária uma similaridade entre o conto e outras formas artísticas como o romance, o cinema e a fotografia para que se entenda o conto. O romance, por ser mais aberto e não apresentar limites, além de que os romancistas tem uma vasta extensão de gênero, o que faz ter semelhança ao cinema, pois acontece a captação da realidade de forma mais ampla e multiforme dos fatos. Já o conto assemelha-se ao da fotografia, por parte da noção de um limite físico, por ter a necessidade de uma limitação na escolha que a câmera pode alcançar e pela maneira que o fotógrafo faz com essa limitação, dotados de expressivas significações, além do argumento literário ou visual.

Partindo do pressuposto, Cortázar caracteriza um bom conto, pela capacidade de trabalhar em profundidade o espaço literário. Ou seja, o conto deve ser escrito com tensão, pois só assim ele conseguirá prender a atenção do leitor, essa tensão deve estar presente desde o início. Acertas nos quesitos tempo e espaço são primordiais para conseguir esse feito, o leitor tem papel fundamental, visto que é necessário que o leitor se sinta impactado nas primeiras cenas ou palavras do conto, é através do leitor que é julgado a riqueza ou o fracasso do conto.

É relativo à maneira com que o tema é escolhido, às vezes o contista escolhe o tema, outras vezes o tema o escolhe. Pode ser algo planejado ou espontâneo. Vai depender de autor para autor, do temperamento, das características de cada autor. O contista trabalha com o elemento significativo. Este é de acordo com sua escolha, seja um acontecimento real ou fictício.

Ainda sobre o tema, ele não precisa ser o melhores do mundo, mesmo algo simples, do dia a dia, pode ser um bom tema. Cortázar faz uma comparação entre um bom tema e o sol, ele está no centro de todas as relações, todos os sentimentos, tudo que há na historia gira em torno dele. Como um núcleo.

Assim, existem certos contos que perduram em nossa memória. São clássicos inesquecíveis que mesmo passando o tempo, vivemos e esquecemos

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