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Análise da Missa do Galo

Por:   •  6/6/2018  •  Artigo  •  1.146 Palavras (5 Páginas)  •  603 Visualizações

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Análise A missa do Galo

O conto de Machado de Assis intitulado a “Missa do Galo” é retratado pelo autor como uma substituição de amargura por uma doce melancolia. As características típicas de obras machadianas como adultério, ironia sarcasmos e análise psicológica de duplicidade de comportamentos podem ser notados, com destaque o autor detalha o comportamento psicológico da personagem conceição, a narrativa a missa do galo se diferencia de outras narrativas de machado, pois não é uma obra longa. Obedece a princípios do gênero como: a concisão, rapidez e unidade dramática, todavia o autor segue o padrão de conceitos de contos que dizem ser como uma fotografia de um instante da vida, “A Missa do Galo” é narrada como um flagrante do cotidiano de uma pessoa, as repercussões psicológicas são muito bem trabalhadas trazendo assim uma descrição maior e significância mais intensa que o próprio enredo. Com um desfecho não esperado pelos leitores que criam expectativas que muitas vezes se frustram por esperarem um final talvez mais preenchido.

A genialidade de machado de Assis é demonstrada por suas obras memorialistas, o conto é narrado em primeira pessoa pelo personagem Nogueira um rapaz jovem, nos seus 17 anos veio para o Rio de Janeiro, saiu de sua cidade para estudar e encontrava-se hospedado na casa do escrivão Menezes, o mesmo era viúvo de uma de suas primas, mas estando já casado pela segunda vez agora com conceição. Na obra machado descreve-a como uma mulher conformada ao saber que seu marido possui uma relação extraconjugal, o qual dorme fora de casa uma vez por semana e diz que vai ao teatro. A casa que nogueira esta hospedado também vivem D.Inacia mãe de conceição e duas escravas.

Pode-se dizer que a “Missa do Galo” faz parte da coletânea de contos fluminenses escritos por machado de Assis, esta obra é o reflexo da grande relação intimista dele com o rio de janeiro, onde nasceu e cresceu. Uma das notáveis características das obras de machado é a presença da mulher da época em que viveu o autor, ele descreve “Conceição” com bastante descrição de seu caráter psicológico, a qual analisa com minudência percuciente e até com certa crueldade seus pequenos dramas ou angústias, esse pressuposto também é bastante repetido em diversas obras de machado de Assis onde sempre tem uma mulher a qual é descrita como a mulher da burguesia emergente do Segundo Reinado, sendo tratada na obra como uma personagem redonda, “Conceição”, onde o autor concentrar maior número de características em descrição.

“Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia

odiar; pode ser até que não soubesse ama”

“Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da alcova. Vestia um roupão branco, mal apanhado na cintura. Sendo magra, tinha um ar de visão romântica, não disparatada com o meu livro de aventuras”

Durante a narrativa outras personagens como as duas escravas e a mãe de conceição são citadas, porém não aparecem durante o desfecho do conto mais dominam a conversa entre os dois personagens. No decorrer da narrativa não existe entre eles mistérios para serem desvendados ou grandes acontecimentos que viriam a mudar o rumo do enredo, no entanto os diálogos de aproximação entre eles causam certa densidade psicológica que cria uma atmosfera para o inusitado.

“Tal foi o calor da minha palavra que a fez sorrir. De costume tinha os gestos demorados eas atitudes tranqüilas; agora, porém, ergueu-se rapidamente, passou para o outro lado da sala e deu alguns passos, entre a janela da rua e a porta do gabinete do marido. Assim, com o desalinho honesto que trazia, dava-me uma impressão singular.”

A ingenuidade de Nogueira também é destacada nesta narrativa pode-se perceber que o personagem é um jovem sem muitos conflitos relacionados à idade, fato visto pelo motivo que ele estava ali a espera do inicio de uma missa, a pureza em relação ao comportamento de nogueira é revelada quando ele pede para ir com o escrivão para o teatro figura de eufemismo as visitas extraconjugais do escrivão a sua amante, tornando assim a cena bastante cômica e ao mesmo tempo irônica.

“Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse

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