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COMEÇANDO COM CERTO EM MENTE

Tese: COMEÇANDO COM CERTO EM MENTE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/8/2014  •  Tese  •  3.233 Palavras (13 Páginas)  •  321 Visualizações

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AULA-TEMA 03: COMECE COM UM FIM EM MENTE

Importante: Esta atividade deverá ser postada no ambiente virtual de aprendizagem e será avaliada pelo tutor para compor a nota do 1º bimestre. Observe o prazo de entrega estipulado em calendário e o campo indicado no rodapé da página para a postagem da atividade no ambiente virtual.

Esta atividade tem como principais objetivos fomentar sua reflexão e ampliar os estudos sobre o trabalho com projetos no ensino fundamental I. É de grande importância que o professor, ao se lançar no trabalho com projetos, considere as muitas variáveis que compõem tal trabalho.

Ao longo desta atividade, você poderá analisar questões pontuais sobre a aprendizagem baseada em projetos e estabelecer alguns paralelos com o que, geralmente, costumamos encontrar nas escolas mais tradicionais e conservadoras.

Passo 1: Leia a entrevista "Aprender sonhando", disponível em: <http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0084.asp>. Acesso em: 06 out. 2011.

Aprender sonhando – Nilbo Nogueira (Transcrição da entrevista)

Projetar é sonhar, garante o educador Nilbo Nogueira. Afinal, tem coisa melhor que planejar e pôr em prática, na sala de aula, atividades de acordo com seus gostos e interesses? Mas não basta sonhar sozinho. Para ele, trabalhar com projetos deve ser uma criação coletiva da coordenação, dos professores e, principalmente, dos alunos.

Esperando a professora dizer com que cor pintar o céu. Parece piada, mas é assim que o educador Nilbo Nogueira define o sentimento de muitos alunos nos processos tradicionais de ensino-aprendizagem. Especialista em projetos educacionais, ele não titubeia em apontar o fim da passividade em favor da interação como principal vantagem dos projetos. Se dependesse só de sua vontade, alunos passivos e professores ditando regras já seriam artigos de museu.

Mas tal conquista não é fácil, admite. "Os alunos ainda não estão acostumados com a autonomia (...) a sensação é de que estão perdidos, pois não existe, no projeto, o professor dirigindo". Para ele, a questão é tão séria que, em vez de ir pondo planejamento, execução e avaliação de projetos onde antes havia aulas e provas, ele recomenda cautela e uma regrinha básica: é preciso que fique muito claro para os alunos o que é um projeto e qual o seu papel dentro dele.

E se os alunos não se sentirem motivados a participar? "Duvido que eles prefiram ficar passivos dentro da sala de aula copiando textos do quadro-negro", desafia de pronto. Segundo ele, o problema é outro. Para explicar o papel do aluno, é preciso primeiro que os professores entendam seu próprio papel nessa dinâmica. Ele lamenta que ainda haja educadores que resistam aos projetos, "achando que a escola está arrumando mais serviço para eles".

Para Nilbo, cabe ao professor apenas e tão somente mediar e facilitar as etapas do projeto. Quem interage e trabalha, na verdade, são os alunos. Segundo ele, às vezes o equívoco é tão grande que "alguns professores estão praticando a dinâmica de projetos em sala de aula solicitando a seus alunos atividades planejadas por eles ou pela coordenação pedagógica da escola". "Alguns esquecem que projetar é sonhar e que ninguém pode realizar o sonho do outro", conclui.

Na entrevista a seguir, Nilbo Nogueira fala da necessidade de superar os modismos e mal-entendidos que envolvem os projetos e cita a Internet como um instrumento capaz de potencializar pesquisas, interações e trocas de informações para além dos muros da escola. A propósito, o Portal Educacional acaba de lançar o Concurso NetBrasil 2002, que vai premiar dois projetos educacionais que usarem a Internet com essa finalidade.

Qual a principal vantagem em se trabalhar por meio de projetos educacionais?

Impossível pensar o processo de ensino-aprendizagem sem múltiplas interações. O ensino formal, em que o aluno não participa e não interage em seu processo de construção do conhecimento, é algo mais do que questionável atualmente. Dessa forma, podemos citar, dentre várias vantagens dos projetos, a mais importante, que é a troca da passividade do aluno pela interação. Os projetos, com certeza, parecem suprir essa necessidade de fazer com que o aluno rompa com sua passividade e interaja de diferentes maneiras em todas as etapas de sua execução.

Existem regras básicas que devem fazer parte de qualquer projeto, independentemente do tema tratado?

Acredito que sim. De certa forma, nossos alunos ainda não estão acostumados com a autonomia, e, nos projetos, precisamos trabalhar com essa questão. Se não estabelecermos como primeira regra contar aos nossos alunos o que é um projeto e como se trabalha com o ato de projetar, eles terão a sensação de que estão "perdidos", pois não existe, no projeto, o professor dirigindo e ditando as tarefas, as atividades, a cor da caneta, a forma da maquete, o tipo de cartaz, etc. Entendido primeiramente o que é um projeto e qual o seu papel dentro dessa dinâmica, as regras seguintes são aquelas relacionadas às etapas de um projeto, que são norteadoras para seu planejamento, execução, depuração, apresentação e avaliação.

A interdisciplinaridade ou a multidisciplinaridade é um requisito essencial de qualquer projeto?

Seria se todos os projetos fossem interdisciplinares. Na prática, um projeto pode iniciar com apenas um professor de uma única disciplina tratando de um determinado conteúdo programático. No decorrer do projeto, conforme interesses e necessidades, outros professores e outras disciplinas podem interagir com o projeto em questão e, dependendo da forma, a multi ou a interdisciplinaridade poderão acontecer espontaneamente. De nada adianta a escola estabelecer como tema único para todas as séries e professores que o projeto desse bimestre será "Brasil 500 Anos" (ainda bem que já acabou esse modismo); um tema único de um projeto para toda escola não garantirá necessariamente a prática da interdisciplinaridade. Já presenciei inúmeros projetos que iniciaram em uma única disciplina e depois abrangeram outras, por necessidade e interesse de alunos e professores, assim como projetos de temas únicos em escolas que pretendiam praticar a interdisciplinaridade e, no final, cada professor trabalhou o tema de forma isolada.

Qual a relação entre projetos e temas transversais?

Embora isso não seja uma regra, os projetos, na prática, têm ocorrido em um determinado período letivo. Por exemplo: no primeiro bimestre ou no segundo semestre, etc. Dessa forma,

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