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Comparação de gramáticas a respeito da classe de palavras

Por:   •  5/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  9.827 Palavras (40 Páginas)  •  248 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DEPARTAMENTO DE LETRAS

CARLA ALVES DE MARINS JESSICA NUNES DUNCAN

Comparação de gramáticas a respeito da classe de palavras

SÃO GONÇALO 2015


CARLA ALVES DE MARINS JESSICA NUNES DUNCAN

Comparação da Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha & Lindley Cintra e da Gramática Houaiss da Língua Portuguesa de José Carlos de Azeredo sobre as classes de palavras.

Trabalho desenvolvido durante a disciplina de Língua Portuguesa IV, como parte da avaliação referente ao primeiro semestre de 2015.

Professora: Dra. Milena Torres de Aguiar

SÃO GONÇALO

2015


Comparação da Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha & Lindley Cintra e da Gramática Houaiss da Língua Portuguesa de José Carlos de Azeredo sobre as classes de palavras.

Carla MARINS e Jessica DUNCAN. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, São Gonçalo, RJ.

RESUMO: Comumente as classes de palavras são divididas de acordo com suas propriedades semânticas (significado), morfológicas (formação) e sintáticas (função). As palavras podem pertencer a dois subgrupos de acordo com sua significação, palavras lexicais – ou lexemas, como os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios de modo – e o das palavras gramaticais – ou gramemas, como os artigos, os pronomes, os numerais, as preposições, as conjunções e os demais advérbios. As palavras também podem ser agrupadas em variáveis e invariáveis (CUNHA. C & CINTRA. L, 2008, 5ª Ed.). Adiante poderá ser observado o confronto entre duas gramáticas da língua portuguesa para que seja realizada uma análise de parentescos e diferenças entre as mesmas em relação às classes de palavras existentes na língua. O trabalho tem por objetivo comparar as gramáticas: Nova Gramática do Português Contemporâneo dos autores Celso Cunha & Lindley Cintra e a Gramática Houaiss da Língua Portuguesa do autor José de Azeredo, no que tange as classes de palavras de forma resumida, apontando os principais pontos de discussão e as respectivas visões, dos gramáticos em questão, acerca dos assuntos que serão abordados.

Palavras-chave: gramática; classe de palavras; Cunha & Cintra; Azeredo


Substantivo1

[pic 1]

Segundo Cunha & Cintra é a palavra que designamos ou nomeamos os seres em geral. Do ponto de vista funcional, o substantivo é a palavra que serve, privativamente, de núcleo do sujeito, do objeto direto, do objeto indireto e do agente da passiva. Toda palavra de outra classe que desempenhe uma dessas funções equivalerá forçosamente a um substantivo (pronome substantivo, numeral ou qualquer palavra substantivada). Azeredo diz que: dá nome às parcelas de nosso conhecimento representadas como seres, serve de núcleo às expressões referenciais do texto, desempenha as funções sintáticas de sujeito e objeto direto.

Classificação dos substantivos:

  • Concretos e abstratos:

Chamam-se CONCRETOS os substantivos que designam os seres propriamente ditos, isto é, os nomes de pessoas (Maria), de lugares (Lisboa), de instituições (Fórum), de um gênero (homem), de uma espécie (cavalo) ou de um de seus representantes (Senado). Dá-se o nome de ABSTRATOS aos substantivos que designam noções (mecânica), ações (colheita), estados (ira) e qualidades (bondade), considerados como seres.

A distinção entre concreto e abstrato refere-se a dois modos de representar os conceitos denotados pelos substantivos: seres animados ou inanimados, reais ou criados pela imaginação, mas que estão ‘no mundo’ como seres reconhecíveis pelos sentidos. Ex: fada, fantasma, prédio, mão. São nomeados por substantivos abstratos os que não estão sujeitos às distinções, animado X inanimado, real X imaginário. Ex: aspereza, justiça, vitória, perdão.

[pic 2]

1 Neste trabalho há o confronto entre CUNHA & CINTRA e AZEREDO. As referências se distinguem pela cor: o primeiro está em preto e o segundo, colorido.


Os substantivos abstratos são largamente usados quando o enunciador quer sintetizar um conteúdo por meio de proposição. Ex: a maciez do pelo do gato por o pelo do gato é macio.

Também é comum a alteração semântica do substantivo abstrato para designar uma entidade concreta. Ex: listagem para conjunto de nomes impressos ou entrada e saída aos lugares por onde se entra e sai.

  • Próprios e comuns:

Quando se aplica a todos os seres de uma espécie ou quando designa uma abstração, o substantivo é chamado COMUM. Assim, os substantivos homem, país e cidade são comuns, porque se empregam para nomear todos os seres e todas as coisas das respectivas classes. Quando se aplica a determinado indivíduo da espécie, o substantivo é PRÓPRIO. Pedro, Brasil e Lisboa, são substantivos próprios, porque se aplicam a um determinado homem, a um dado país e a certa cidade. Azeredo fala de Interconversão de nomes próprios e comuns, diz que as palavras podem mudar de classe ou subclasse no âmbito da respectiva classe, esse processo é conhecido como derivação imprópria. É possível que um nome mude seu significado para tornar-se um nome próprio, por exemplo: Violeta, Coelho, Rosa, Lírio, Madeira, Machado, Leitão. De igual modo, é possível que nomes próprios tenham seu sentido modificado para tornarem-se comuns,  a exemplo de: Xerox, gilete, gari, quixote.

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