Diferença entre Tragédia Clássica e a Tragédia de Skaspeare
Por: MairaSFreire • 22/5/2022 • Resenha • 675 Palavras (3 Páginas) • 174 Visualizações
LETRAS – LITERATURAS EM LÍNGUA INGLESA I - ATIVIDADE DISCURSIVA –
Em um texto descritivo de 15 até 25 linhas, apresente pelo menos 5 diferenças entre a Tragédia Clássica e a Tragédia Shakespereana.
Quando falamos em tragédia, as principais referências que nos passam pela cabeça é a tragédia clássica grega (tragédia aristotélica) ou então a tragédia proveniente de Shakespeare. A Grécia é considerada até o hoje o grande berço ocidental do teatro e isso se dá justamente porque é nela que se desenvolve o drama clássico e trágico. O grande filósofo Aristóteles é quem traça a Lei da três unidades, a ação, o tempo e o espaço. Esses elementos passam a ser então considerados como indispensáveis para que a tragédia clássica ganhe vida e seja encenada. Todavia quando falamos em tragédia de Skakespeare exemplos de obras como a famosa Hamlet traz a ruptura dessa lei e cria o novo conceito de cena moderna na tragédia. É verdade que Shakespeare em sua obra foi muito influenciado por Aristóteles, obviamente os conceitos aristotélicos foram de extrema importância para o desenvolvimento da ideia de tragédia e Shakespeare bebeu dessa fonte, mas é inegável que quando se estuda a evolução dos dois tipos de tragédia as diferenças e características de cada estilo aparecem.
A tragédia clássica está fortemente ligada ao conceito de mimesis, e para Aristóteles a mimesis era a natureza humana sendo representada e não o homem propriamente dito. O filósofo dizia que a arte dramática não é para ser uma simples imitação das pessoas mas sim da vida, das ações, da tristeza, da felicidade. Lembrando que a mimesis é basicamente a imitação de ações. A tragédia de Shakespeare também possui base na ideia de mimesis, todavia nela estavam representadas as virtudes e erros humanos. Um ponto em comum nos dois estilos de tragédia é a presença do protagonista como um herói trágico, nas obras gregas o herói possui um caráter cheio de grandiosidade e repleto, inicialmente, de tantas virtudes que ousa até mesmo causar inveja nos deuses do Olimpo, o que geralmente acabará trazendo-lhe uma série de desgraças. Shakespeare como já dito também considerava que o seu herói deveria, também inicialmente, possuir a simpatia do público e por isso que ele surge permeado de virtudes. Ambos os heróis dos dois estilos de tragédia irão cometer um ou vários erros no decorrer da obra, o que culminará nas suas derrocadas, o que muda é que na clássica são os agentes externos que causam o erros do herói e seu fim, em contrapartida os heróis shakespereanos irão errar por conta de agentes também internos. Ou seja, atente-se que nas obras gregas o herói, que sempre terá um fim trágico, mas este fim é determinado pelo “destino”, pelos deuses, por terceiros. Já o herói shakespereano embora também possua uma tragédia em sua vida, será motivado por ela a ser responsável por algo. Nas obras clássicas a palavra chave que cerca a figura do herói é FATALIDADE, já nas obras de Shakespeare é a RESPONSABILIDADE e o LIVRE ARBITRIO.
A tragégia clássica grega possui apenas um enredo central, já a tragédia shakespeariana possui várias subtramas, ou seja, o foco se divide entre elas,por exemplo, Shakespeare divide suas histórias em diversas subtramas que ao longo do tempo se entrelaçam, já a clássica tragédia é quase sempre direcionada por um enredo central, onde o foco está justamente nele.
Na tragédia aristotélica existe um protagonista que por vezes se encontra face a face com o morte ou com alguma situação adversa a onde perde tudo. Nas obras de Shakespeare há presença de mais de um protagonista, nelas os protagonistas quase sempre serão vítimas de uma morte trágica e sofrida.
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