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Dificuldades de Acentuação nas Classes Inicias: Casos de Segunda Classe

Por:   •  1/6/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.236 Palavras (5 Páginas)  •  236 Visualizações

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  1. O MUNDO ANTIGO NA PESQUISA HISTÓRICA CONTEMPORÂNEA

A pesquisa historica contemporanea fez uma da imagem que tinhamos do mundo antigo, demoliu aquele conhecimento do antigo-grego e romano que haviamos herdado dos escritores do séc. XV, e antes ainda da civilizacao e do seu ideal de cultura baseado nos principios da descobertas do equilibrio e da beleza como harmonia. O antigo era transfpormacao o sinónimo do silêncio e sintese equelibrada, na arte como no pensamento.

E aos modernos tocava a sorte da tristeza de uma antiguidade idealizada, que continuava a brilhar como modelo insuperavel de beleza, de vida etica, da reflexao filosofica.

Esse mito do anntigo e da civilicao grega ou particular durou ate a epoca Neoclassica, ate Wincketmann, ate Goethe, ate Foscolo, mas o mito grego subrevivia em Hegel, Marx e em Schopenhauer.

Alem do mais, o que caia por terra era a autonomia do’’milagre grego’’, tomava forma uma imagem mais articulada, complexa e dialéctica do mundo clássico, o mundo grego era uma espécie de chancela final, ainda que depois - nesse ponto de chegada-permanecessem elementos de contraste com relação a imagem mais linear e compacta geralmente aceita da época clássica. Nos últimos decénios, essa visão mais complexa e plural da época antiga complicou-se e sofisticou-se por meio das contribuições de Detienne, dedicada a religião e as origens sapiências do pensamento antigo.

O mestre dessa transformação na interpretação do mundo clássico foi Jean-Pierre Vernant, que, através de uma serie de textos de pisco-historia, estudou a mentalidade antiga, pondo em relevo seus múltiplos componentes, com a relacao a tradicao racionalista de Platao/Aristoteles, assim como dos poemas homéricos e da arte clássica. Este estudo da mentalidade do homem clássico, pos em relevo a importância historiográfica ‘’vida cotidiana’’. Em particular foi o componente religioso-antropologico-social que se afirmou como a mais profunda mola genética de todaa cultura antiga, como um dos’’fios condutores’’ que atravessam e astruturam por inteira, conferindo lhe uma imagem completamente diversa em relacao a tradicional.

A historia da educacao antiga também veio sendo repensada de maneira mais problemática através das obras de Jaeger (dedicada ȧ formacao do homem grego e que cedia um espaço também ao teatro e a poesia alem da filosofia)ou de Marrou (que delineava um iter diacrónico diacrónico  da educacao no mundo antigo, mais rico, articulado e diferenciado entre época arcaica  e epoca helenística mostrando o puralismo dos modelos e sua funcionalidade na evolucao da sociedade antiga).Desse modo, toda a concepcao do mundo antigo tornou-se complexa e mais matizada, carregada de penumbras.

Por trás das advertências de Heraclito e de Parmenides que, apelando para o discurso raciona e o Pensamento puro, inauguram o bios theoretikos, regulado pela verdade como universidade e necessidade, como imposicao absoluta, existem instancias que preparam e outras lhe são alternativas. Entre as primeiras, colocam-se o pensamento oracular e sua fala por máximas. Entre as segundas, emrgem os modelos de pensamento regulados pela astúcia que é local e intuitiva, não generalisavel, mas eficaz. Assim, a unidade do mundo clássico foi quebrada;sua identidade tornou-se mais problemática;um risco pluralismo invadiu seus limites; gradacoes, complicacoes e dossonancias posteriores anunciam-se nesse horizonte dorovante em movimento e  em transformacao.

2 . O MEDITERANEO-ENCRUZILHADA

 Um primeiro efeito dessa pesquisa a ser posta em destaque é a ampliacao da visão do mundo antigo. O mundo clássico nasce no interior deste mediteraneo-encruzilhada emerge dele como quintessência mais rica e mais alta, da qual a Grecia será justamente o interprete mais maduro, o mundo grego – na religião, nas técnicas, no pensamento, na arte, até na política, ao mundo mediterrâneo de muitas de suas prerrogativas. Lembrava Mario Atílio Levi, em seu estudo sobre a luta política no mundo antigo, que “mesmo no período clássico, muitos dos aspectos fundamentais da civilização derivam de princípios colocados no mundo egípcio” e são aspectos ligados a categoria política e técnicas, além de religiosas, são as civilizações estabelecidas nas grandes planícies (do Tigre do Eufrates e do Nilo) que produzem técnicas e ideias que se difundem pelo mediterrâneo.

O mediterrâneo revela-se um mar – encruzilhada pelo pluralismo de posições que alimenta e acolhe, pelas diferenças que o marcam, mas também pelos intercâmbios. Nessa realidade dinâmica, o próprio pensamento mito poético vê –se submetido a uma forte tensão: alimenta diversos modelos, articula de formas diversas os símbolos comuns (o Céu a terra as aguas etc.), Dessa encruzilhada mediterrânea emergira a “emancipação do pensamento pelo mito” e a variedade da ciência e da filosofia.

A transformação realizada no mediterrâneo antigo foi realmente a centelha que alimentou todo o mundo ocidental, vinculando-o a um modelo de pensamento e de cultura. A dialética do mediterrâneo antigo – entre civilizações, culturas, religiões etc. – deu vida ao ocidente na sua longa história.

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