Dona
Artigo: Dona. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rar1394 • 5/10/2014 • Artigo • 511 Palavras (3 Páginas) • 268 Visualizações
Eu já tinha feito tudo o que ela queria, já servia minha rainha da melhor maneira possível, mas naquele dia ela não estava em casa. Tinha ido não sei fazer o que, coisa que ela não me falava aonde ia. Ela chegou na hora que havia marcado como sempre muito pontual e rígida, me deu um treinamento que nenhuma outra domme poderia me dar.
Eu já sabia qual era o meu espaço naquela casa, dormia no quarto dos fundos, tinha minhas obrigações e servia de escravo pra Ela durante 24 horas no dia, nos 7 dias da semana por toda minha vida, se possível.
Seu sorriso era gostoso de se ouvir, era nova, porém madura em suas opiniões, as vezes me chamava para acompanhá-la em seus passeios, tomar um vinho quando se sentia sozinha ou quando simplesmente queria que eu realizasse algum capricho seu. Nunca me neguei a nada, pois ela sempre soube se portar como a dama que é, uma verdadeira rainha. Impondo seus gostos da maneira que bem entendesse, mostrando-me meu lugar e sempre deixando extremamente claras suas decisões e ordens.
Era um dia comum, uma terça-feira, era feriado. Ela chegou, ouvi seu carro estacionando na garagem, Ela como sempre, desceu lentamente. Meu coração disparava só de ouvir Seus passos em minha direção. Seu vestido molinho colado ao corpo, várias pastas em Suas mãos e Seus cabelos presos por uma caneta.
A ouço chamar-me de longe, sua doce voz replica:
- Alguém em casa?
Eu estava exatamente atrás dela, e repliquei, de forma sutil com um sorriso no rosto:
- Estou aqui atrás, Dona. Onde sempre estarei.
No mesmo instante em que digo isso, Ela deixa em minhas mãos suas inúmeras pastas. Notei que havia algo diferente nela, certo tom de tristeza estampado em seus olhos, aquilo não era comum. Sempre que a recepcionava, Ela fazia questão de brincar comigo, sempre me fez de cachorrinho, fazendo-me latir para recepcioná-la. Coloca seu pé em meu rosto para que eu pudesse beijá-los, cheirá-los e tudo mais que Ela quisesse. Mas dessa vez não aconteceu, havia algo diferente.
Ao entrar em casa, Ela soltou seus cabelos e passou a me fitar com seu penetrante olhar, depois de alguns segundos me analisando, Ela me puxou para perto de si e me disse que estava precisando de um abraço. Prontamente atendi, até porque sempre houve uma relação de respeito e amizade entre nós, e antes de tudo, naquele momento, tudo que queria era confortá-la.
Senti em seu abraço o peso do mundo sob minhas costas, ouvir seu choro, mesmo que baixinho, me deixava sem ação, completamente desesperado. Perguntei a Ela o que estava acontecendo, qual a razão daquele choro. A aflição que sentia naquele momento era indescritível. Ela, como sempre fazia, disse que não havia nada de errado. Sem dúvidas, mulheres são indecifráveis, e Ela não era diferente, disse estar de TPM. Ofereci-me para que ela descontasse sua tensão, em uma mescla de medo do que poderia vir de uma mulher como Ela com seu atual estado de tensão com o alívio de saber que Ela estava bem.
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