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ECO, U. Como Se Faz Uma Tese. Tradução Gelson Cesar Cardoso De Souza. São Paulo: Perspectiva, 2008, P. 1-79

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Por:   •  8/4/2014  •  2.278 Palavras (10 Páginas)  •  508 Visualizações

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Com base na leitura analítica de parte do livro “Como Se Faz Uma Tese”, de Umberto Eco, percebemos que ele trata de uma discussão quanto ao modo de criar uma tese, não lhes dizendo o que colocar em suas páginas, mas sim explicando seu conceito e ensinando os passos a serem dados pelo estudante na hora de construir seu pensamento e criar sua própria tese. Sendo essa, a que se efetua nas faculdades de ciências humanas e que deve ser apresentada a uma banca examinadora. Umberto Eco, ainda traz nas paginas de seu livro, demonstrações metodológicas de como desenvolver um raciocínio cientifico. Segundo o autor, tese é um trabalho datilografado, mediano, onde o estudante aborda um problema pertinente ao ramo de estudos em que quer se formar. Ela deve ser apresentada a uma banca examinadora, composta por um professor e contra-relatores, como o objetivo de avaliar o estudante. Esse critério é admitido pela maioria das Universidades, porém a tese proposta por esses centros, para atingir a graduação, não conferem o direito ao título de “doutor” , mas sim garantem uma licenciatura, encaminhando o estudante ao mercado de trabalho. Em qualquer um dos casos, o responsável por criar a tese, deve produzir um trabalho memorável. De acordo com Umberto Eco, aparecem diversas teses de formatura, com diversos níveis, sendo algumas com o nível de doutorado e outras mais simples, umas de pesquisa e outras de compilação. A diferença que o livro nos traz sobre eles é que uma requer uma pesquisa aprofundada, que geralmente é longa e fatigante (tese de pesquisa) e a outra que exige um pouco menos, onde o autor da tese expõe de modo claro, vários pontos de vista, oferecendo uma visão panorâmica inteligente, de caráter mais informativo (tese de compilação). Umberto Eco, também apresenta o que significa elaborar uma tese: (1) identificar o tema a que vai se dedicar na sua tese; (2) recolher informações sobre o tema; (3) colocar em ordem as informações adquiridas; (4) examinar o tema e as informações recolhidas; (5) fazer reflexões sobre os problemas e dar forma a tese; (6) se esforçar para que o leitor compreenda o que se quis dizer . Para ele, por em ordem as idéias e dados é uma experiência de trabalho metódico, ou seja, é o trabalho de construir um “objeto” que possa além de tudo servir a outras pessoas. Nenhum tema é visto por ele, como verdadeiramente estúpido, mesmo que esse se pareça fraco ou sem fundamento, conclusões úteis podem ser extraídas dele. Quanto a escolha do tema, o autor , pressupõe quatro regras ditas no livro como “quatro regras óbvias”: Primeiro, o tema tem que corresponder aos interesses do candidato, ou seja, deve corresponder as suas ideologias, como por exemplo, sua atitude política, cultural ou religiosa; Segundo, as fontes de consulta, para o recolhimento de informações, devem ser acessíveis ao candidato; Terceiro, as fontes de consulta devem ser manuseáveis, estando ao alcance cultural do escritor da tese; Quarto, o quadro metodológico também deve estar ao alcance da experiência do candidato. Outra questão quanto ao tema, é com relação aos temas antigos ou contemporâneos, qual deles é mais adequado? Eco, apresenta prós e contra para cada um dos tipos, se baseando nos autores que fornecerão informações para a realização do trabalho, ele diz que o autor contemporâneo é mais difícil , mas suas obras são de mais fácil acesso, já o autor antigo impõe uma leitura mais cansativa, mas os títulos são menos dispersos e ainda já possuem quadros bibliográficos completos. O autor diz muitas informações importantes quanto a escolha do tema, grande parte do livro se refere a esse assunto, por que ele é realmente determinante na tese. Em seu livro, bastante completo, o autor apresenta ainda várias formas de tese, explicando e exemplificando cada uma delas , tornando mais fácil a compreensão do leitor. Por exemplo, a tese monográfica e a tese panorâmica. Em seu texto, Umberto Eco, nos diz que seria mais simples apresentar a banca uma tese monográfica, pois a panorâmica é de mais difícil compreensão, ao contrario da monográfica. Porém , como seria mais excitante fazer uma tese panorâmica, é possível, segundo ele, tornar uma monografia mais abrangente. Partindo dessa discussão, Umberto aconselha o leitor que quanto mais restrito o campo, mais há segurança e melhor se torna o trabalho. Quanto as alternativas, tese histórica ou tese teórica, essas só são válidas para algumas matérias, como por exemplo, para matérias como filosofia teórica, sociologia, é possível escolher qualquer um dos dois tipos. O autor conceitua tese teórica como aquela que se propõe atacar um tema abstrato, que pode já ter sido ou não objeto de outras reflexões. Dedicação é a palavra chave para a criação de uma boa tese. Segundo o autor, o estudante deve dedicar de 6 meses a 3 anos a elaboração, nem mais nem menos, se não algo pode estar errado. Não descartando a hipótese de poder se escrever uma ótima tese em 6 meses, tudo depende da capacidade de cada um. São várias as questões levantadas por Umberto Eco. Ele aborda todos os lados possíveis para informar os estudantes e lhes ensinar a trabalhar bem. Saber línguas estrangeiras, é um dos conselhos passados ao leitor. Esse saber traz grandes benefícios ao escritor da tese, além do mais é muito importante ler as obras originais dos autores escolhidos. Se esses forem estrangeiros, a importância de entender outras línguas se torna ainda maior. Outro assunto tratado no texto, é a quanto as teses científicas e tese políticas. O autor explica o que é cientificidade para abordar melhor essa questão. Segundo ele, a ciência se identifica tanto com as ciências naturais quanto as quantitativas, o mais importante é a pesquisa que para ser cientifica é preciso que ela seja conduzida mediante fórmulas e diagramas. Umberto Eco, apresenta 4 tópicos básicos para que uma pesquisa seja científica, são eles: (1) O objeto deve ser definido e reconhecível por todos; (2) O estudo deve dizer do objeto algo que ainda não foi dito; (3) Deve ser útil aos demais; (4) Deve fornecer elementos para a contestação e verificação dos fatos apresentados. Um tema bastante interessante e conveniente, abordado pelo autor, é o seguinte: Como evitar ser explorado pelo orientador. Nesse tópico, o leitor recebe diversas informações sobre as possíveis situações pelas quais pode passar na hora de levar sua tese a banca. De acordo com Eco, existem professores que não são tão honestos e generosos, buscando somente benefícios próprios, por exemplo, existem professores que “aconselham” temas para mais tarde aproveitarem o trabalho do candidato em suas próprias pesquisas. Por isso, na hora de optar por um tema sugerido é preciso conhecer e confiar no orientador. Para

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