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ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA

Por:   •  22/3/2016  •  Ensaio  •  558 Palavras (3 Páginas)  •  239 Visualizações

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 ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA                 

        Refletindo sobre o estágio, lembrei que no início estava tão motivada e cheia de expectativas, buscando respostas e soluções que teoricamente a formação acadêmica ao longo de quatro anos daria conta. O desafio era fazer aplicações práticas dos conhecimentos teóricos estudados na graduação. Na universidade somos preparados para entrar na sala de aula, com um projeto e planejamento de aula bem elaborado, ou seja, uma teoria que deve guiar a prática docente. Pensando nessa dualidade pesquisei no dicionário o conceito de ‘teoria e prática’, e conforme BUENO (1981), “teoria s.f. especulação independente de aplicações práticas – prática, s.f. aplicação da teoria”.  Esses são os conceitos que achei pertinente destacar, considerando as inquietações e questionamentos de uma estagiária que no percurso prático como professora iniciante se depara com situações que não estavam previstas no projeto de docência e no planejamento das aulas, situações inusitadas, inesperadas.

Na teoria projetamos a experiência do estágio numa sala de aula ideal, na prática, a sala de aula real encontrada pelo docente é outra, com situações, problemas e alunos diferentes e reais. Nessa relação entre a teoria e prática, vivenciamos no estágio momentos que irão exigir uma metodologia alternativa ou diferentes ações pedagógicas, vai depender da situação real, mas isso a teoria não prevê e só na prática docente presenciamos.

Na teoria, geralmente as pessoas, amigos, parentes, conhecidos ou desconhecidos, acreditam que o aluno do curso de Letras Português, possui um domínio total acerca da Língua Portuguesa, conhecem todos os vocábulos de um dicionário bem como a gramática da língua materna, mas sabemos que na prática isso não é verdade.

 É claro que temos um conhecimento maior da nossa língua, e que durante o curso aperfeiçoamos, mas ao ingressarmos na universidade deparamo-nos com uma divisão significativa entre a linguística e a literatura, e consequentemente com os professores que gostam da gramática e os que gostam da literatura. Nesse contexto, interessa mencionar que na universidade, os estudos acerca da literatura predominam consideravelmente sobre a gramática, área que necessita de maior abordagem. Desenvolve-se muita teoria e conceitos sobre a gramática normativa, descritiva e internalizada, dessa forma o domínio do conteúdo de análise linguística que o professor estagiário necessita para dar uma aula, fica comprometido, bem como o resultado de sua prática docente, pois somente na prática o aperfeiçoamento acontece.

Teoricamente, conforme postula POSSENTI, 2012, “Saber falar significa saber uma língua. Saber uma língua significa saber uma gramática.” Então, nesse contexto, na prática o que ocorre na escola é o ensino da modalidade escrita, ou seja, a escrita padrão. Hoje o ensino-aprendizagem mudou, foge à tradição, e envolve o processo de falar e ouvir, escrever e ler - novamente numa perspectiva de dualidade, abrangendo atividades de ler e escrever, discutir e reescrever.

Para finalizar esse ensaio é relevante destacar que a teoria e a prática deveriam andar lado a lado, uma completando a outra, mas a realidade e os indivíduos são heterogêneos provocando situações adversas a teoria e que nos oportunizam momentos de aprendizagem constante na prática.

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