Educação Profissional E Educação Em Ambientes não Escolares
Artigo: Educação Profissional E Educação Em Ambientes não Escolares. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 18/2/2015 • 4.876 Palavras (20 Páginas) • 1.217 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Arte, Criatividade e Recreação.
Claudia Francisco Caetano
Dalva Oliveira 403737
403358
Eclair S.S. Castro 403536
Maria Ap. Barbosa 403618
Valdirene Ap. Furlan Moreton 394316
Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Arte, Criatividade e Recreação”, sob a orientação da professora-tutora à distância Lilian Adriana de Paula.
ITATIBA
Setembro de 2014
INTRODUÇÃO
A criatividade pode ser aplicada em qualquer área da vida. Ser criativo é "think outside the box" (expressão em inglês que significa pensar fora da caixa), ou seja, pensar de forma diferente. É ser original, não seguindo as normas pré-estabelecidas e nunca imitando o que já foi feito milhares de vezes. Na escola, professores e alunos tem a oportunidade de fazer trocas e experimentar diferentes meios de expressar a sua criatividade e autoconhecer-se.No âmbito das artes, a criatividade artística consiste na capacidade do indivíduo de criar obras com valor e com elevado grau de diferenciação em relação a outras obras. Uma obra criativa pode ser uma pintura, um livro, uma escultura ou um edifício, por exemplo.
A criatividade muitas vezes surpreende as pessoas de forma positiva, porque elas frequentemente não esperam algo diferente. Existem oficinas de criatividade, que são uma colaboração entre a educação e psicologia, e têm como objetivo potenciar o autoconhecimento e a aceitação de outros indivíduos. Técnicas como: pintura, escultura, desenho, colagem, patina, gesso e barro e muitas outros trabalhos manuais que ajudam a desenvolver o pensamento criativo, diminuem o stress, melhora a concentração e autoestima. Criatividade, criação e inovação são conceitos que andam juntas, é essencial para a vida das pessoas de todas as idade, inovar, inventar, coisas novas traz benefícios para a saúde.
Texto Narrativo autobiográfico de Maria Aparecida
Minha alfabetização ocorreu em uma escola no interior da Bahia, nas aulas de educação artística e os materiais usados eram simples, lápis de cores, giz de cera, não utilizavam tintas, sucatas, papelão, cordas e outros artifícios. A professora utilizava de temas como: Folclore, páscoa, dias dos Pais, das Mães, Natal e demais assuntos que até hoje é trabalhado nas escolas não se abordavam assuntos de autores como Volpi, Tarcila do Amaral. Tinha muitas brincadeiras de correr e pega, eram muito divertidas, e estimulava o ambiente escolar.
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Texto Narrativo autobiográfico de Eclair S. Castro
As aulas de educação artísticas eram ótimas, haviam muitas atividades a professora era criativa e gostava de trabalhar com atividades variadas como: nanquim, giz de cera, lápis e cor, pintura em lixa, pintura no papel alumínio, pinturas com tinta de dedo, telas e muitas outras coisas. As aulas eram bem animadas, diversificadas. As crianças se relacionavam bem e participavam com grande entusiasmo.
Texto Narrativo autobiográfico de Dalva Oliveira
A minha escola era de bairro pobre e menos favorecida, não havia material para realizar as aulas de educação artística, o professor emprestava os materiais necessário para a aula, como não havia material suficiente para a classe toda as atividades eram apenas desenhos diversos sem muitos enfeites professor doava uma caixinha de lápis de cor para o aluno que pintasse mas caprichado. As brincadeiras eram de pega- pega e jogar bola. A situação era precária e carente de material para elaboração de artes.
Texto Narrativo autobiográfico de Claudia F. Caetano
As aulas de educação artística, eram como as de hoje, usavam guache, lápis e cor, giz de cera. A professora era dedicada e fazíamos bastantes atividades, as aulas eram animadas. Os desenhos eram conforme as datas comemorativas, Natal, Páscoa, Folclore, carnaval, etc. Somente na hora do recreio que brincávamos de correr, pega, pular corda, amarelinha. Era muito divertido.
Texto Narrativo autobiográfico de Valdirene A Furlan Moreton
Eram aulas alegres, a professora era muito caprichosa, pintávamos desenhos de datas comemorativas e fazíamos decoração na escola. Lembro-me de ter confeccionado um Papai Noel em duas cartolinas para enfeitar a escola no final do ano. A escola tinha material para decoração de painel se fosse necessário, sempre usávamos material comum, lápis de cor e giz de cera, e papel alumínio. Os temas eram sempre datas comemorativas, natal, páscoa, dia da bandeira, carnaval, folclore, etc.
REFLEXÃO DO GRUPO
Ao refletirmos sobre as experiências vividas nas aulas de educação artísticas, as recordações e sensações foram unanimes, a expressividade e a criatividade era estimuladas e aprendidas e as impressões ficavam de acordo com o convívio em seus grupos. A educação recebida em casa era com mais rigor e disciplina,por isso a espontaneidade também era tímida em relação as crianças de hoje, o respeito e o medo dos mais velhos era forte bastava um olhar. Também percebemos que as crianças de hoje recebem influências da TV, das personagem de novela, elas estão bem mais criativas e expressivas, um repertório rico de argumentos e justificativas de certa forma contribui para o desenvolvimento das ideias, das imitações, das brincadeiras e expressividade.
Esse trabalho de artes, recreação, criatividade que deveriam ser trabalhadas na aula de artes, como o teatro, a dança, a coordenação fina, estão sendo deixados de lado,pois as crianças estão cada vez mais criativas por conta destas influências que tem dois pontos o negativo e o positivo.
Na visão do grupo as aulas de educação artística, tinha como objetivo estimular a coordenação motora, ensinar a pintar, misturar as cores, ensinar a recortar. Não existia a inspiração dos artistas famosos, como Tarcila do Amaral, Leonardo da Vinci, Alfredo Volpi e nem conhecíamos as suas obras. O grupo fez uma entrevista com algumas pessoas, e elas também não se lembrar de terem tido aulas inspiradas nestes artistas.
A internet trouxe muitos benefícios para a escola, desde aqueles tempos, essas obras já poderiam ser levadas para a sala de aula como inspiração e estímulos a criatividade e expressividade. Como futuros professores, hoje é possível trabalhar com pesquisa nas aulas de educação artística, não ficando restrito somente ao papel e lápis de cor. Sugerir aos alunos uma dia de aula virtual, utilizando recursos de internet para estimular ideias boas, oferecer informações sobre telas, esculturas, obras de reciclagem, trabalhar a autoestima da pessoa na sua essência ensinando a ser ela mesmo, contribuindo para o conhecimento do seu EU.
Existem inúmeras formas de estimular a criatividade das crianças e adolescentes, através de um trabalho sério e interessante fazendo a diferença nas aulas de educação artística, trazer inovação para a sala de artes, estimulando o desejo de criar. O professor deve direcionar e incentivar o trabalho de arte, elogiando sempre suas tentativas e trabalhos produzidos a partir de uma aula .A postura da professora na sala pode abrir ou fechar a mente de uma criança, tudo depende de como a criança é estimulada. A professora que trabalha fazendo intervenções, ou seja, atendimento personalizado,contribui no desenvolvimento intelectual, cognitivo, autoconfiança e autoestima e a valorização de cada um.
A contribuição dos pais e fundamental para a autoestima na criatividade, na leitura na escrita e na desenvoltura como pessoa. A criança que não recebeu elogios não vai ter vontade de fazer uma pintura e nem uma atividade com o mesmo entusiasmo.
Cada vez que uma criança mostra um desenho que acabou de fazer, uma "invenção" ou uma coisa nova que aprendeu na escola, na verdade, está com sua mente expectante pronta para receber um elogio que há de estimulá-la ainda mais a dar continuidade a esta aprendizagem. Quando não há o "elogio" a criança "julga" que o seu esforço em "produzir" algo criativo foi em vão, e isso diminui sua autoestima. Aos poucos, ela acaba "entendendo" que é uma "inútil" ou - pior ainda - que não é amada. E isso faz um mal terrível tanto para o seu desenvolvimento intelectual quanto para o seu equilíbrio emocional é nesta aula que as crianças e adolescentes se soltam, se permitem ser elas mesmo.
A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS ARTÍSTICAS, EXPRESSIVAS E RECREATIVAS NO ESPAÇO ESCOLAR.
Uma entrevista, realizada com a professora Luciana Baia Hees , que também é doutora em psicologia na educação- PUC-SP , destaca que se um professor focar a sua aula no conteúdo, terá ótimos alunos copiadores de matéria, alunos passivos que irão ouvir e reproduzir. Logo estarão desmotivados e cansados da sua aula. Um professor criativo é aquele que faz uso de diferentes estratégias para que o aluno fique motivado e queira aprender e aprender. Tornar as aulas um momento feliz e divertido, é uma dica, vale levar para sala objetos e materiais que os alunos possam pegar e sentir, isso leva a imaginação.
Segundo Coleto 2010 a arte é importante na vida da criança, pois é ela que ajudará no desenvolvimento da expressão e da criatividade do indivíduo, tornando – o mais sensível e fazendo com que ele veja o mundo com outros olhos. Coleto também afirma que é por meio do trabalho com a arte que a criatividade da criança é trabalhada e desenvolvida.
Dessa forma, o trabalho das artes na educação infantil, irá propiciar as crianças um momento em que elas poderão se expressar de forma livre e verdadeira, fazendo algo que lhes propicia prazer. Por meio das artes como o cinema, teatro, música, etc. a criança pode conhecer aquilo que ela não tem oportunidade de conhecer, de viver. Além disso, as artes podem desenvolver a percepção e imaginação, a capacidade critica de analisar a realidade compreendida, ajuda a desenvolver a capacidade cognitiva da criança. Podemos compreender que é importante que as Artes sejam trabalhadas na Educação Infantil,pois faz parte da formação de uma criança o canto, o desenho, a dança, a contagem e invenção de histórias, entre outras coisas. Fazer arte vai além de rabiscar, desenhar e pintar, é a criatividade na sua essência mais pura. Durante muitos anos, o ensino de Arte se resumiu a tarefas pouco criativas e marcadamente repetitivas.
Desvalorizadas na grade curricular, as aulas dificilmente tinham continuidade ao longo do ano letivo. "As atividades iam desde ligar pontos até copiar formas geométricas. A criança não era considerada uma produtora e, por isso, cabia ao professor dirigir seu trabalho e demonstrar o que deveria ser feito", afirma Rosa Iavelberg, diretora do Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo, e co-autora dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) .
Nas últimas duas décadas, essa situação vem mudando nas escolas brasileiras. Hoje, a tendência que guia a área é a chamada sociointeracionista, que prega a mistura de produção, reflexão e apreciação de obras artísticas. Como defendem os próprios PCNs, é papel da escola ensinar a produção histórica e social da arte e, ao mesmo tempo, garantir ao aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais com base em intenções próprias." Infelizmente, ainda há professores trabalhando na chamada metodologia tradicional, que supervaloriza os exercícios mecânicos e as cópias por acreditar que a repetição é capaz de garantir que os alunos "fixem modelos". Sob essa ótica, o mais importante é o produto final (e ele é mais bem avaliado quanto mais próximo for do original). Então, “Qual é o papel da Arte na Educação contemporânea?” A pós-modernidade provocou grandes mudanças nas relações sociais e, simultaneamente, abriu um espaço de questionamento sobre o papel das artes na educação contemporânea – globalizada e interdependente – ligada por sistemas e redes de informação e caracterizada pela pluralidade, pela fragmentação, pelas múltiplas culturas e pela obrigação de instauração de novas formas de diálogo. Por isso, nos últimos tempos têm sido realizadas, em vários países europeus, iniciativas diversificadas com o objetivos de identificar, defender e promover os interesses comuns da humanidade – nomeadamente a cultura e a identidade – visando que, para além do quadro comum de referências que se foi instituindo naturalmente, sejam dadas respostas aos novos desafios da sociedade pós-moderna. É urgente incrementar estratégias e ações que garantam um espaço cultural diversificado, aberto ao pluralismo, à diversidade de gênero, de etnias e de culturas.
Hoje, no espaço das artes coexistem as artes denominadas tradicionais – as artes plásticas, o teatro, a dança, a música, a literatura – e as novas formas digitais, fruto das tecnologias cada vez mais avançadas. Assim, a arte contemporânea apresenta-se como eclética e pluralista, já que proporciona o convívio de formas culturais diversas, não tem como objetivo criar representações verdadeiras ou únicas da realidade e, sobretudo, manifesta uma maior abertura às culturas populares.
As práticas pedagógicas deverão sustentar-se na reflexão sobre os contextos culturais e sociais em que as escolas estão inseridas, devendo, para o efeito, os educadores assumir um papel transformador, questionando sobre o que ensinar e como ensinar naquela escola, transformando cada escola num espaço singular, detentor de uma forma de conhecimento, de práticas de linguagem, de relações e de valores sociais que são seleções e exclusões de uma cultura mais ampla, contribuindo para a concepção de um projeto educativo ajustado ao contexto.
A resposta aos novos paradigmas da educação está, portanto, na capacidade de fazer uma revisão sobre o que se entende hoje como arte, como cultura, e principalmente sobre as finalidades da educação nestes tempos pós-modernos. A capacidade de rever os esquemas mentais e de construir novos modelos de abordar a educação artística no espaço curricular constitui um dos maiores desafios que se apresenta.
Cabe ao professor escolher os modos e recursos didáticos adequados para apresentar as informações, observando sempre a necessidade de introduzir formas artísticas, porque ensinar arte com arte é o caminho mais eficaz. Em outras palavras, o texto literário, a canção e a imagem trarão mais conhecimentos ao aluno e serão mais eficazes como portadores de informação e sentido. O aluno, em situação de aprendizagem, precisa ser convidado a se exercitar nas praticas de aprender a ver, observar, ouvir, atuar, tocar e refletir sobre ela. ( PCN/ Arte, 1997,p.35)
Só deste modo a educação artística poderá consolidar a sua posição no currículo e constituir-se como um poderoso instrumento para revitalizar e resgatar a identidade, a diversidade e as singularidades culturais, na medida em que as práticas pedagógicas se poderão organizar de um modo intercultural e crítico, contribuindo para uma verdadeira educação para a cidadania, entendida como um exercício compartilhado, democrático e que considera a diversidade.
A Arte, a Dança e o Jogo são pilares importantes para o desenvolvimento das crianças “Quais são as habilidades fundamentais a serem desenvolvidas, com base nas propostas destes documentos, para cada um dos pilares da expressividade artística?”
Artes visuais: as artes visuais vão alem das formas tradicionais (pintura, escultura, desenho, gravuras) incluem outras modalidades que resultam dos avanços tecnológicos (fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação, performance) cada uma dessas visualidades e utilizada de modo particular e em várias possibilidades de combinações entre imagens, intermédio das quais os alunos podem expressar-se e comunicar-se em diferentes maneiras. O estudo da visualidade pode ser integrado nos projetos educacionais, tal aprendizagem pode favorecer compreensões mais amplas para que o aluno desenvolva sua sensibilidade, afetividade, e seus conceitos e posicione criticamente. A escola deve colaborar para que os alunos passem por um conjunto de experiências de aprender e criar, articulando percepção, imaginação, sensibilidade conhecimento e produção artística pessoal e grupal.
Dança: a ação física, é necessária para que a criança harmonize de maneira integradora as potencialidades motoras, afetivas e cognitivas, um dos objetivos educacionais da dança e a com preensão da estrutura e do funcionamento corporal e a investigação do movimento humano. A dança e uma forma de integração e expressão tanto individual eco letiva em que o aluno exercita a atenção a percepção, a colaboração e a solidariedade a atitude do professor em sala de aula e importante para criar climas de atenção e concentração, sem que perca a alegria.
Música: o professor ao inserir musica em seu planejamento deve estar aberto a toda diversidade musical ele precisa abrir espaço para o aluno trazer musica para a sala de aula, também oferecer acesso a obras que possam ser significativas para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de apreciação e produção. Alguns estudos sugerem que as práticas musicais para a criança auxiliam tanto no desenvolvimento das habilidades perceptivo-musicais quanto no desenvolvimento auditivo, motor, cognitivo, social, da atenção, da memória, sistema de ordenação seqüencial e espacial, além de fortalecer a relação afetiva entre as crianças. Segundo estudiosos, experiências sonoras podem auxiliar o desenvolvimento da fala e do canto. Alguns estudos sobre aquisição da linguagem revelam que brincadeiras, como parlendas, por exemplo, quando os pais interagem com a criança no colo num movimento de ir e vir, podem desempenhar funções que vão muito mais alem do afeto e do mimo, sendo que o ritmo e o jogo corporal destacam as palavras, identificam unidades melódicas e enfatizam alguns fragmentos por meio da rima e da repetição.
Teatro na Educação Infantil foi escolhido por motivos pedagógicos por abranger diversos aspectos no desenvolvimento da criança no ambiente escolar. Partindo desse conceito é necessário criar um trabalho com diversas linguagens oferecendo a criança oportunidades de experimentação, principalmente no campo das emoções introduzimos o teatro na escola com a finalidade de ser um instrumento de educação onde podemos utilizar diversas áreas do conhecimento e acreditamos que é necessário o teatro na educação infantil, desenvolvendo a compreensão da natureza da experiência, fazendo a relação entre fantasia e realidade. Já que toda criança tem o direito de desenvolver plenamente percebemos varias maneiras e uma delas seria a construção de um teatro. Um dos objetivos do referencial curricular nacional para educação infantil (1998) é a descoberta e do conhecimento progressivo da criança em relação ao seu corpo, conhecendo seus limites e aprendendo a cuidar de sua saúde e bem estar.
No volume 3 do referencial (conhecimento de mundo) encontrados seis pontos referentes a eixos de trabalhos orientados para construção de diferentes linguagens para as crianças. São eles: Artes visuais, linguagem oral e escrita, movimento, matemática, natureza e sociedade. (Referencial curricular nacional para educação infantil-1998) Através do movimento a criança passa a conhecer melhor seu corpo, o espaço e o meio que vive. Mesmo que pouco imaginável, o teatro mostra ser a última possibilidade de resgate do ser humano do processo social contribuindo em que vivemos.
PLANO DE AULA
OBJETIVOS GERAL: Compreender a importância de se trabalhar com atividades que estimulem as habilidades de expressão corporal para o aprendizado da criança e do adolescente.
Desenvolver as capacidades de expressão corporal, esquema corporal, criatividade, socialização, desinibição.
OBJETIVOS EXPECÍFICOS:
Aplicar os conhecimentos adquiridos nesta Oficina em futuras experiências de sala de aula.
Participar de atividades, observando seu uso como ferramenta pedagógica para estimular o aprendizado integral da criança e do adolescente.
PÚBLICO ALVO: alunos (as) do 1º, 2º, 3º e 4º ano
EXPRESSÃO CORPORAL
Segundo Olga Reverbel (1989), as capacidades de expressão corporais como relacionamento, espontaneidade, imaginação, observação e percepção são inatas aos seres humanos, mas necessitam serem desenvolvidas através de várias atividades entre elas as dramáticas, as musicais, as plásticas e os jogos teatrais. Os benefícios que a expressão corporal propicia à criança são muitos, quando estimulados precocemente pelo professor.
O movimento corporal é responsável pelo desenvolvimento físico e motor do ser humano e, consequentemente, pela autonomia da própria criança. Como podemos perceber as atividades de expressão corporal contribuem para o desenvolvimento físico e social da criança. A criança exposta a essas atividades, estará apta a crescer bem mais desinibida e mais preparada para resolver conflitos relacionados ao seu meio social. Contudo, é importante que o educador seja consciente sobre os benefícios que a expressão corporal pode trazer para o desenvolvimento da criança e do adolescente e esteja aberto a criar e a oferecer mais condições e atividades para que isso ocorra.
Nas escolas podem ser aplicadas diversas atividades que desenvolva as capacidades de percepção das possibilidades e limitações do próprio corpo, além da satisfação da descoberta e do alívio de tensões e ansiedades. Abaixo estão algumas atividades que o professor (a) pode aplicar para desenvolver as capacidades de expressão corporal em seus alunos.
ATIVIDADES:
IMITANDO OS BICHOS
Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de expressão, corporal, criatividade e socialização.
Material: um espaço privado
Duração: 20 minutos
Faixa Etária: 6 - 12 anos
Parte Prática:
O professor coloca a música “Arca de Noé”. Em seguida o professor e os alunos começam a fazer coreografia que imita os bichos de acordo com a música.
Obs: a música “Arca de Noé” pode ser substituída por outra música que fala também de animais.
MÍMICA TEATRAL
Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de expressão corporal, criatividade e socialização.
Material: um espaço privado, gravuras e fotografias
Duração: 30 minutos
Faixa Etária: 6 - 14 anos
Parte Prática: Separe a turma em dois grupos. Num primeiro momento um fará a mímica e outro apenas assistirá. O professor antes de iniciar o jogo deve preparar um material com gravuras, fotografias que tenha relação uma com a outra. Como um animal e uma floresta, foto de uma criança e de um parque diversão ou corte as gravuras ao meio. Distribua as gravuras entre os alunos (em número par). Ao sinal, todos terão que achar seus pares. Quando isso acontecer terão que montar um mini-teatro ou mímica que expresse o que está na fotografia. Os outros participantes vão tentar descobrir. Quando o primeiro grupo tiver apresentado todas as mímicas, o que apenas assistiu irá fazer o mesmo.
ESPELHO
Objetivo: Desenvolver o esquema corporal, capacidade de expressão corporal, criatividade e socialização.
Material: um espaço privado
Duração: 20 minutos
Faixa Etária: 6 - 14 anos
Parte Prática: o professor separa a turma em duplas. Em seguida um dos alunos da dupla, deve começar a brincadeira onde deve fazer movimentos de expressão corporal e o outro vai tentar fazer exatamente igual como se fosse um espelho. Após alguns minutos o professor sugere a troca de funções e de duplas.
ESTÓRIA SERIADA
Objetivo: Desenvolver a desinibição, capacidade de expressão corporal, criatividade e socialização.
Material: um espaço privado, figuras diversas.
Duração: 20 minutos
Faixa Etária: 9- 14 anos
Parte Prática: o professor antes de iniciar a aula, distribui as fichas com figuras diversas e começa uma história. A criança deve continuar a estória incluindo sua figura e a que vem seguida continua a história.
Obs: É muito divertido se o professor grava tudo e no final todos ouvem o repeteco.
A arte é importante na vida da criança, pois colabora para o seu desenvolvimento expressivo, para a construção de sua poética pessoal e para o desenvolvimento de sua criatividade, tornando-a um indivíduo mais sensível e que vê o mundo com outros olhos. Os seres humanos são dotados de criatividade e possuem a capacidade de aprender e de ensinar. A criatividade da criança precisa ser trabalhada e desenvolvida, e é por meio do trabalho realizado com a arte nas escolas que isso será possível, pois, nas palavras de Buoro (2000, p. 39) “Arte se ensina, Arte se aprende”.
Porém, nas escolas podemos ver que ocorre o contrário, a arte está sendo desvalorizada e colocada apenas como “momento de repouso” das outras disciplinas que são consideradas mais importantes, ou ainda recurso para enfeitarem datas comemorativas, como nos relata os PCN – Artes (1997). Além disso, ainda existem professores que intervém no processo de construção do aluno, tentando impor suas “técnicas” ou o que acham correto, desestimulando assim os alunos e impedindo que desenvolvam sua própria poética, seu próprio estilo. A arte é vista e sentida de maneiras diferentes por crianças e adultos. Para o adulto está associada ao belo, às exposições, a museus, à estética. Já para a criança, a arte é uma forma de se expressar, pois “a natureza da criança é lidar com o mundo de modo lúdico, fazer o que lhe dá prazer e satisfação. Por isso gosta tanto de brincar e desenhar”
O contato com a obra se dá pela mediação de um educador sensível, capaz de criar situações em que possa ampliar a leitura e compreensão da criança sobre seu mundo e sua cultura. Tendo como objetivo aproximar a arte do universo infantil, a criança passa a conhecer arte ao mesmo tempo em que fazem Arte. Mesmo no século XXI, após várias críticas ao ensino de arte e com diversas propostas renovadoras, a educação brasileira, em geral, ainda segue o modelo da tendência tradicionalista. De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI)- 1998, as Artes Visuais na educação infantil ao longo da história, eram entendidas como mero passa tempo, não tinha importância, as artes visuais envolvem: desenho, pintura, colagem, gravura, escultura, fotografia, desenho no computador, vídeo, cinema, televisão e outros. O objetivo maior não simplesmente propiciar aos aprendizes que conheçam apenas artistas como Monet, Picasso ou Volpi, mas que a criança conheça tempos e lugares diferentes podendo falar dos seus sonhos, de sua cultura, de sua realidade, esperança e desesperança de seu modo singular de expressar por intermédio da arte. Nesse sentido mediar é proporcionar o acesso ao modo como outras crianças, jovens e artistas de outros tempos e lugares produziram artisticamente.
O papel do professor é importante no ensino da arte, ele precisa instigar a criança para que ela se expresse e represente o seu pensamento. A criança a todo o momento tem que ser desafiada, dessa forma ela vai perceber o seu potencial, suas habilidades e capacidade de compreender o mundo que a cerca. O professor tem que resgatar a criação e a fantasia da criança permitindo que ela expresse a sua maneira o que está sentindo e oferecendo assim vários materiais expressivos (lápis, canetas, carvão, massas, tintas diversas, giz de cera, papéis, papelão e outros) para que ela possa explorar sua criatividade.
Segundo Vygotsky (1984)
[...] na instituição chamada escola ensinar e aprender e fruto de um trabalho coletivo. Aprendizes e mestre celebram o conhecimento a cada dia, quando ensinam e quando aprendem, cabe ao professor mediador organizar estratégia que permitam a manifestação das concepções prévias dos alunos. (VYGOTSKY, 1984, p.18)
A criança sofre influência da cultura seja por imagens de produções artísticas como: a TV, livros revistas obras de artes e outros. Nesse sentido as Artes Visuais devem ser aceitas como uma linguagem que tem estrutura e característica próprias cuja aprendizagem acontece por meio dos seguintes aspectos de acordo com o RCNEI (1998):
Fazer artístico-centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal; Apreciação — percepção do sentido que o objeto propõe, articulando- o tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação de obras de arte e de seus produtores; Reflexão — considerada tanto no fazer artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas. (BRASIL.1998, p.89)
É de fundamental importância possibilitar a criança a percepção, manipulação e transformação de diferentes materiais. Propiciar a troca de experiência entre as crianças de forma espontânea, fazer com que o prazer pelo lúdico seja o gerador processo de produção, compreender a arte como linguagem que constrói objetivos plenos com sentidos, valorizar e respeitar as criações artísticas das crianças. Por tanto o trabalho com arte torna-se uma possibilidade de auxiliar a criança em seu processo de aprendizagem facilitando e motivando a construção do conhecimento de forma produtiva, criativa e prazerosa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo mostrar a importância da arte na educação infantil. Através de pesquisas bibliográficas percebe-se que alguns autores citados falam das possibilidades que a arte proporciona na vida das crianças. Por meio da arte adquirimos novas habilidades fazemos novas descobertas expressamos nossas frustrações e angústias, adquirimos autoconfiança, aprendemos a valorizar o nosso potencial trocamos experiências. A educação através da arte auxilia no desenvolvimento criativo e estético, à medida que adquirimos gosto pela arte nos tornamos seres mais críticos e reflexivos. Nesse sentido as artes visuais na educação infantil são importantes para as crianças vivenciarem suas experiências e desenvolver o conhecimento em diferentes produções artísticas. A arte nos proporciona um encantamento nas suas variadas formas. O contato com a arte possibilita novos saberes.
O universo infantil é rico dentro das diferentes linguagens da arte e a criança se sente feliz quando é estimulada e valorizada por suas produções. Às vezes o educador esquece que já foi criança, e não leva em conta o saber da criança em suas produções. As produções infantis devem ser valorizadas e não comparadas, porque cada criança estabelece um contato com a arte nas mais variadas formas. Portanto para conseguir que uma sociedade valorize as produções artísticas em geral será necessário termos um novo olhar para com a educação infantil. Aprender apreciar e valorizar as produções infantis. Uma sociedade só aprende a valorizar sua cultura se for vivenciada desde criança. O papel do educador e fazer esta mediação para que as motive e incentive superando assim todos os obstáculos e sintam autoras da sua arte com autonomia e espontaneidade. Ser criança é conquistar seu espaço de forma única, sendo assim o professor deve entender um pouco desse universo infantil. O aprendizado do ser humano se dá de várias maneiras e está em constante busca de novos conhecimentos renovando- se a cada dia.
Referências
http://www.portalcmc.com.br/tecria_02.htm
http://www.revistapontocom.org.br/materias/o-que-significa-ser-criativo-na-sala-de-aula
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/conhecer-cultura-soltar-imaginacao-427722.shtml?page=1
http://www.clubeunescoedart.pt/artigo.php?id=14
http://escoladossonhosclaudia.blogspot.com.br/2010/11/oficina-expressao-corporal-arte-e.html
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. 4a edição. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
SILVA, Rosicleide Batista; A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL; Mineiros, Faculdades integradas de Mineiros; 2006.
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