Educaçao profissional em ambientes nao escolares
Por: iolandahonorato • 17/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.632 Palavras (7 Páginas) • 544 Visualizações
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INTRODUÇÃO
A educação é um dos requisitos fundamentais para que os indivíduos tenham acesso ao conjunto de bens e serviços disponíveis na sociedade. Ela é um direito de todo ser humano como condição necessária para ele usufruir de outros direitos constituídos numa sociedade democrática.
Por isso, o direito à educação é reconhecido e consagrado na legislação de praticamente todos os países e, particularmente, pela Convenção dos Direitos da Infância das Nações Unidas. Outro exemplo é o Estatuto da Criança e do Adolescente do Brasil. Negar o acesso a esse direito é negar o acesso aos direitos humanos fundamentais. É um direito de cidadania, sempre proclamado como prioridade, mas nem sempre cumprido e garantido na prática.
Esse direito tem-se restringido ao ensino obrigatório e gratuito, mas ele não cessa na chamada “idade própria” do ensino fundamental. É um direito que deve estender-se ao longo de toda a vida, como a própria educação. Por isso, é importante discutir, como está sendo feito nesse Seminário, não só a extensão desse direito, mas também os seus limites.
O direito à educação é, sobretudo, o direito de aprender. Não basta estar matriculado numa escola. O direito à educação está sob suspeita numa época em que a educação é tratada como uma mercadoria, como sustenta a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Define-se educação não-formal como “toda atividade educacional organizada, sistemática, executada fora do quadro do sistema formal para oferecer tipos selecionados de ensino a determinados subgrupos da população”. Uma definição que mostra a ambiguidade dessa modalidade de educação, já que ela se define em oposição (negação) a outro tipo de educação.
Educação Não-Formal e sua Influência
Educação Não-Formal é a que se aprende “no mundo da vida”, por meio de processos de compartilhamento de experiências principalmente em espaços e ações coletivos cotidianas, é realizada nos espaços educativos não formalizados, é heterogênea, menos burocrática, tem uma maior capacidade de adaptação às necessidades, pensada para produzir efeito em curto prazo, tem uma perspectiva de transformação social, visando estender-se a maioria dos sujeitos que não estão incluídos no sistema educacional convencional.
A educação não-formal capacita os indivíduos a se tornarem cidadãos do mundo. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o mundo que cerca os indivíduos e suas relações sociais. Seu objetivo principal é cidadania e se constroem no processo interativo.
A educação não formal é uma ferramenta importante no processo de formação e construção da cidadania das pessoas, em qualquer nível social ou de escolaridade. Entretanto, quando ela é acionada em processos sociais desenvolvidos junto a comunidades carentes socioeconomicamente, ela possibilita processos de inclusão social no resgate da riqueza cultural das pessoas, expresso na diversidade de práticas, valores e experiências anteriores.
É valido ressaltar que se hoje a educação não-formal, no Brasil, é um dos principais meios de ressocialização da inclusão social de indivíduos que se encontram privados de algum direito ou em situação de vulnerabilidade pessoal ou social, deve-se, em partes, as Organizações Não-Governamentais - ONGs e os Movimentos Sociais que, em geral tem desenvolvidos projetos importantes na área dos direitos humanos.
A educação não formal tem muito a contribuir se estiver articulada à aprendizagem escolar, tendo um enorme potencial a ser explorado, principalmente no que diz respeito à sua capacidade de motivar o aluno para o aprendizado. É preciso reconhecer que o acesso à educação não se reduz ao aprender a ler e escrever no sentido de grafar e decodificar palavras, mas sim que a realidade e a cultura dos alunos venham a fazer parte da sala de aula.
Associativismo no Brasil e sua relação com Projetos Sociais
Associativismo é a prática social da criação e gestão das associações (organizações providas de autonomia e de órgãos de gestão democrática: assembleia geral, direção, conselho fiscal), e integra apologia ou defesa dessa prática de associação, enquanto processo não lucrativo de livre organização de pessoas (os sócios) para a obtenção de finalidades comuns.
As tecnologias sociais são elos que conectam conhecimentos e tecnologias locais, necessidades e soluções para problemas sociais, podendo servir como um instrumento enriquecedor do processo de aprendizagem para um modo de vida saudável e sustentado. O uso de tecnologias sociais, nesse sentido, pode promover a interação entre saberes, favorecendo a arte–educação, a educação ambiental, a cultura e o trabalho orientado para a melhor utilização dos recursos naturais disponíveis.
Definir o associativismo como um conjunto de iniciativas em prol de interesses comuns, é pouco, se nós observarmos o grande potencial de organização e fortalecimento da sociedade. O associativismo está presentes nos mais diferentes lugares, ainda que involuntariamente, como a família, o ambiente de trabalho, escola etc. Diante desse quadro, é importante compreender o associativismo como uma oportunidade de fortalecimento humano através da troca de experiência, pela convivência organizada entre as pessoas. Podendo proporcionar a transformação da sociedade e melhoria da própria existência humana, resultando em oportunidades de crescimento humano e desenvolvimento local.
As associações podem e devem ser vistas como verdadeiras escolas, pois a convivência democrática, o espírito colaborativo, vem contribuir para o trabalho associativo e constituir uma forte referência que determinam direitos e deveres, padrões de identidade, de sociabilidade, modelos de famílias, estilos de vida, inclusive padrões e comportamentos políticos.
Os problemas no Brasil são crescentes, sejam eles de ordem política, econômica ou social, cujos impactos sobre a população são percebidos claramente agravando as diferenças sociais em cenário de desemprego, exclusão, precariedades e individualismo, onde as práticas capitalistas de mercado, só reafirmam as desigualdades. Essas questões remetem a diferentes formas de sobrevivência e uma delas é o associativismo como garantia de direitos sociais fundamentais e de extrema relevância no mundo contemporâneo.
O associativismo, assim como outras formas de movimentos sociais, possui suas especificidades e características, pois existem diferenças regionais, no grau de seu desenvolvimento, de sua compreensão, organização e planejamento. As reflexões apresentadas tomaram como princípio as diversas contribuições teóricas sobre associativismo, mas a realidade brasileira nos mostra que embora consistente, ainda se mostra insuficiente para conter as desigualdades sociais, econômicas, e política.
Há necessidade de persistir nesse caminho soerguendo uma cultura própria de solucionar problemas, uma cultura de participação, de estabelecer diálogo entre as comunidades, de negociar com poderes locais em todas as direções, ao encontro de outras ações de enfrentamento às dificuldades. Percebemos a importância que o associativismo tem nós diversos seguimentos sociais, pois é na intensificação da resistência dos agentes humanos que se encontra a possibilidade de superar enfoques conservadores e construir, propositadamente, ações estratégicas da vida associativa para melhoria da produtividade social.
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