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Escola Inclusiva: da Utopia à Realidade

Por:   •  5/11/2020  •  Resenha  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  227 Visualizações

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ESCOLA INCLUSIVA, DA UTOPIA À REALIDADE

Falar em escola inclusiva, tomando a diversidade como um fator específico de todos, leva-nos a refletir sobre o conceito já que estamos inserido globalmente no mundo que abriga a consciência da heterogeneidade principalmente quando tratamos da esfera educacional. Inclusão passa a ser, antes de tudo, uma questão de direitos e nas nossas escolas também um desafio.

A proposta da escola inclusiva, não é limitada apenas em proporcionar aos alunos o espaço comum, mas em criar oportunidades de aprendizagem significativa que só se concretiza quando há aceitação de que a diferença não é um fator de empecilho na aprendizagem e que todos aprendemos com o outro.

A escola inclusiva pressupõe mudanças no que tange à atitude dos objetivos que pode definir o sucesso ou não dos alunos; à prática pedagógica desenvolvida pela comunidade escolar, que deve ser voltada principalmente para a cooperação ou, na colaboração entre todos os envolvidos ;à gestão escolar e colaboradores, e em casos mais complexos buscar parcerias com outras instituições, de maneira que torne possível um caminho que possibilite aos alunos a aprendizagem.

Ainda que facilmente se aceite que a escola é um lugar que oportuniza interação de aprendizagens significativas a todos os envolvidos. A inclusão é muito mais do que o compartilhamento de um espaço físico. E mesmo este espaço é desafiador gerir. As particularidades, principalmente quando complexas e os recursos escassos nesta perspectiva, a sociedade se distancia da inclusão .O impasse na construção da escola inclusiva no tocante a nós da educação, com uma prática que vá no sentido da cooperação, desde que percebida como aprendizagem cooperativa e a diferenciação pedagógica, não obstante mencionada como inclusiva, presentes muitas vezes no contexto da formação, só se concretiza se os professores perceberem e colocarem em prática, atividades e mecanismos que vão ao encontro aos que estão subentendidos ao processo.

É muito claro que sem a intervenção pedagógica diferenciada não se pode falar em inclusão. Entretanto, se a intervenção não for inclusiva, ou seja, se o trabalho realizado com os alunos portadores de necessidades educativas especiais ou mesmo com dificuldades de aprendizagem realizado é limitado em relação ao resto da turma, esse aluno está inserido nesta turma mas não está incluído. Para a inclusão deste aluno, é importante que os professores criem ambientes de trabalho que facilitem esta interação e que a promovam, considerando, que a diferenciação não é um método pedagógico, é uma forma de se organizar o trabalho na aula, na instituição e no ambiente. É óbvio que as aulas não tem a obrigação de acontecer sempre segundo esta lógica. É importante estar atento às necessidades e saber que ensino e aprendizagem cabe momentos para uma gama de fazeres. Os trabalhos em grupo de forma cooperativa são fundamentais, mas não podem substituir as aulas expositivas, nem tão pouco a aprendizagem individual. A aprendizagem cooperativa é uma estratégia de interação que cabe ao professor gerir.

É imprescindível haver formação continuada de professores para ampliar o conhecimento e as possibilidades na tarefa desafiadora que é gerir as aprendizagens de todos os alunos em um mesmo espaço, promovendo interação de modo que todos se beneficiem. A formação continuada de professores não tem o poder de resolver todos os impasses, mas muitas destas questões podem ser ponderadas com um outro olhar, visto que os alunos não fiquem destinados às suas dificuldades, sem levar em conta sua natureza, e a construção desta escola inclusiva sendo adiada, embora a inexistência de leis que a decretam seja uma particularidade.

A identidade da escola é definida pela relação que se estabelece com os outros que estão à sua volta e configura-se como um espaço privilegiado para a criação e ou recriação de identidades. A escola inclusiva se constrói. Independente do âmbito legislativo que lhe dá suporte, ela só se consolida com a prática dos envolvidos no processo de educação que a implementam, diretamente ligada não apenas ao saber-fazer, é fundamental que os professores, sejam capazes de responder oportunamente ao desafio que a diferença evidencia no tocante ao respeito à atitude para com a inclusão, sobretudo para os alunos com deficiência ou com necessidades educativas especiais, é necessário o querer fazer a diferença e acreditar que é possível sim a construção desta escola e, consequentemente uma sociedade, onde todos tem um lugar.

A educação inclusiva não pode ser vista como uma utopia consolidada apenas em valores, embora estes lhe estejam pressupostos. Acreditamos que é possível implementá-la, embora estejamos conscientes dos desafios que envolvem as questões desta natureza, nem sempre em conformidade. Com o engajamento da escola, dos profissionais da educação e da sociedade e principalmente a crença na importância da educação feita para todos, faremos a diferença para muitos. Podemos então

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