Escola nossa de cadad dia
Por: Sandrinha Brito • 4/5/2016 • Artigo • 5.753 Palavras (24 Páginas) • 254 Visualizações
Artigo de opinião
Sandra Lemos de Oliveira Brito
Escola nossa de cada dia, que nos ensinas hoje?
Desde quando a escola foi criada o seu objetivo maior sempre foi ensinar algo, mesmo que por trás desses ensinamentos tivessem interesses religiosos, políticos ou sociais, com a evolução industrial veio a necessidade de ensinar as pessoas habilidades profissionais, depois não bastava ser só um bom profissional percebeu-se que tinha que aprender a exercer a cidadania com disciplina e rigor. Com novos estudos e descobertas a escola passou a ensinar brincando, precisava oferecer uma educação estimulante, para despertar no alunado o prazer de aprender. Todos esses ensinamentos foram se adequando através de Leis e Diretrizes de Base Educacional. Hoje a Educação ampliou o seu leque de disciplinas e temas a serem discutidos em sala de aula, como: a diversidade de raça, gênero, sexo, cultura, abriu as portas para novas clientelas, mostrando o princípio da igualdade com a inclusão de pessoas cadeirantes, surdas, cegas ou que tenham algum distúrbio de aprendizagem. O papel da escola hoje é ensinar a respeitar o “diferente” a escola de hoje não tem mais alunados homogêneos, mas heterogêneos, pois não bastar só educar tem que cuidar, acolher, mostrar o seu papel social.
Toda essa pluralidade na escola é sinal de mudança, mas se analisarmos minuciosamente tem alguns questionamentos a serem feitos: Como ensinar uma classe de alunos heterogêneos, se a prática pedagógica continua homogênea. O professor vai para a escola com um plano de ação pronto e nele toda a metodologia de ensino é para o aluno que pensa, escreve, fala, ouve e anda, quando na verdade em sala de aula tem o aluno com paralisia cerebral que dependendo do grau de comprometimento não terá como pegar um lápis para escrever e muito menos falar que não entendeu, O aluno com autismo que não para quieto e que em dado momentos vai se tornar agressivo, o aluno surdo que até sabe copiar do quadro, mas não entende nada do escreveu. E agora como ensinar? A quem cabe a reponsabilidade de buscar meios que faça com esse esses alunos aprendam. Será que a responsabilidade é do professora do AEE? do cuidador ou auxiliar educacional? do Interprete? Da família? O professor de sala de aula continua a só passar conteúdo?
A ideia de se colocar pessoas com diferença de cor, opção sexual, habilidades cognitivas e deficiência físicas juntas, no ambiente escolar é que seus direitos como cidadãos sejam respeitadas e aceitas e a partir desse momento o caminho para a igualdade social vá sendo trilhado, pois cada um de nós somos únicos, as diferenças não começa no estereótipo, mas no DNA, portanto o método como a escola ira ensinar conteúdos, tem que ser adequada a capacidade de aprendizagem do aluno, buscando meios que aprenda sem se sentir menosprezado, excluído dentro da escola que o incluiu e avaliação do seu aprendizado não seja realizado com dó ou descaso mas respeitando suas limitações e que haja um elo de ligação com todos que fazem parte da sua vida tanto na escola como no ambiente familiar. A escola não e mais aquela padaria que só vendia pão francês e cafezinho, hoje tem mais variedades de pães, massas e doces, mas a qualidade não e boa, não tem investimentos para que seja acrescentados novos ingredientes a receita, quando prontas são de encher os olhos mas ao degustar o sabor não é bom.
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