Estratégias Para Cotação de Historia pra Alunos Surdo
Por: Mirian Batista Ferreira • 16/6/2022 • Resenha • 729 Palavras (3 Páginas) • 234 Visualizações
Contar histórias remete-nos a nossa infância dos livros infantis, histórias contadas pelos pais, avós, tios.
A importância de contar histórias na alfabetização e o auxilio na formação de caráter, no desenvolvimento da capacidade criativa e cognitiva, na cultura, e está sempre inovando para que cada vez mais seus alunos criem gosto pela leitura e cresçam leitores assíduos.
O ato de contar histórias não é tarefa fácil, é preciso saber realmente a tonalidade em que se deve pronunciar em que momento se deve dar suspense, para que a história fique mais gostosa para quem está do outro lado. Porém ainda hoje em pleno século XXI encontram-se poucas histórias adaptadas para esta língua.
É interessante expor que o surdo não deve ser considerado como deficiente, pois, ele é diferente do ouvinte por ter sua língua materna diferenciada, por sua vez é chamada de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), onde ele utiliza além de sua língua como também a língua portuguesa, tornando-se assim bilíngue.
O surdo assim como o ouvinte é capaz de fazer quase tudo, limitando-se apenas a audição, inclusive emitir sons, hoje não se refere ao surdo como surdo-mudo, visto que é comprovado que esta pessoa não fala, porque sofreu perda parcial ou total da audição, portanto, sua fala não está comprometida, só não é exercitada.
É ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes, como tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve – com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar. Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário. É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula (ABRAMOVICH, 1994, p. 17).
A educação é um direito de todos os brasileiros surdos ou não. Segundo Quadros (1997) a Língua Brasileira de Sinais - Libras é a língua materna das pessoas surdas brasileiras e deve ser ensinada concomitantemente com a língua portuguesa nas escolas, respectivamente L1(primeira língua, língua materna) e L2 (segunda língua, língua portuguesa), como uma forma de garantir a aquisição da leitura e escrita.
A Libras é uma língua espaço-visual que expressa ideias, pensamentos, sonhos, arte e estórias e reproduzem discursos como em qualquer outra língua (QUADROS, 2003, apud ROMÃO; SANTANA, 2008, p. 20).
As estrategias usadas entao para apresentar a contacao de historia sao o livro (capa, contra-capa e nome do autor), a leitura é em Libras, há a dactilologia do nome da história e depois a roda de conversa.
Contudo acredito que só isso não basta, conforme Abramovich (1994) e Coelho (2004) o fundamental é que o professor seja um bom contador de histórias, saiba escolher recursos e técnicas para enriquecer o ato de contar histórias, como a importância do local, utilização de fantoches, gravuras, conhecer antecipadamente as histórias, dentre outros. Segundo Quadros e Schmiedt (2006), para o processo de alfabetização ser rico, deve-se incentivar registros e produções artísticas das histórias pelos estudantes, o que levará a alfabetização ter valor real para
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