Estruturalismo x Gerativismo
Por: Marcus Andre • 18/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.028 Palavras (5 Páginas) • 373 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC
DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES - DLA
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
TRABALHO DE LINGUÍSTICA
POR:
MARCUS A. A. C.
Victoria M. C. W.
ILHÉUS-BA.
2018
Esse presente trabalho possuiu o intuito de expor as ideias de duas teorias linguísticas que definem a língua de maneiras diferentes, são elas: Estruturalismo e Gerativismo, representadas respectivamente por Saussure e Chomsky. Por fim, iremos definir qual das duas teorias linguísticas condiz com o nosso ponto de vista ao longo dos conhecimentos adquiridos nas aulas da disciplina Linguística.
O método estruturalista, na linguística, foi utilizado pela primeira vez pelo linguista suíço Ferdinand de Saussure, responsável por expandir os estudos linguísticos através da criação do Curso de Linguística Geral – 1916, publicado e editado pelos seus alunos. Saussure, realizou uma análise da dimensão social da língua e fez um estudo da Gramática, tornando a Linguística dessa forma, a ser uma ciência. Diante disso, considera-se como uma maneira válida de pensar sobre a relação entre linguagem, cognição e exterioridade a abordagem de Saussure, no século XX, através da tendência do Estruturalismo, compartilhada, também, por Hjemslev e Bloomfield. Destaca-se, entretanto, que essa relação constituiu o interesse de autores e filósofos desde os antigos gregos. Saussure e seus seguidores postulavam que o pensamento está subordinado a linguagem, porque é através da linguagem, dos signos, que se pode pensar acerca das coisas do mundo, logo a linguagem dá forma ao pensamento. Vale ressaltar que Saussure não crer no fato de haver ideias e conceitos pré-estabelecidos. Para o mesmo, a aquisição e conhecimentos está na base da experiência e não na base de princípios racionais (cf. MARTELLOTA, s.d). Saussure concebe a língua como “um sistema de signos que exprimem ideias”, um sistema homogêneo que compreende um conjunto de regras depositado na mente dos falantes (SAUSSURE, 1995, p. 24).
Essa concepção de língua tem como pano de fundo a ideia de que a mente é uma entidade vazia, que, uma vez inserida num contexto, apropria-se dos fatos da língua. Para tanto, basta que os falantes estejam expostos aos dados da língua e recebam adequadamente os estímulos para a sua aprendizagem. Os dados, a propósito, chegam à mente dos falantes de forma homogênea. Logo, a língua é uma entidade social e é adquirida em contextos sociais, pensa Saussure. Porém, ela é homogênea porque a adquirimos de maneira uniforme, ou seja, em todas as mentes humanas, há os mesmos dados (conhecimentos da fonologia, morfologia, da sintaxe etc.) sobre a estrutura da língua. O significado, nessa acepção, é dado no interior da própria estrutura da língua, sob condição de um sistema de diferenças, oposições. No método de análise estruturalista, pensar o sentido de uma expressão linguística é pensar seu valor em relação a um conjunto de outras expressões do sistema. Por isso, os valores de um termo constituem-se na relação de oposição com outros termos.
O método gerativista, vem como uma ruptura do método estruturalista, onde o objeto de estudo, era a língua, vista pelos estruturalistas como externa ao homem. Criado por Avram Noam Chomsky, em 1957, com a publicação do seu livro Estruturas sintáticas, tal método, mudou o objeto de estudo da Linguística para a competência lógica, Chomsky propõe que a linguagem não esteja tão presa à classificação de dados e que haja um lugar importante para a teoria. Com inspiração no racionalismo e na tradição lógica dos estudos da linguagem, essa teoria, que ele foi chama de gramática e seu estudo se dá especificamente na sintaxe, que para ele, constitui um nível autônomo e central para a explicação da linguagem. A função da gramática, não seria ditar regras, mas envolver todas elas, bem como as frases que pertencem à língua e a partir de um número limitado de regras, gerar um número infinito de sequências, daí o nome de Gramática Gerativa, que nesse contexto significa gerar, criar frases. Ao contrário do estruturalismo, no gerativismo, existe a ideia de que o homem já nasce com a capacidade de linguagem e por isso ela é inata. Esse inatismo, mostra que existe uma gramática universal, que transmite os princípios básicos para as línguas naturais, dessa forma existe a capacidade humana de falar e entender uma língua.
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