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Expressão e Escolaridade no Campo da Construção Civil

Por:   •  15/9/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.248 Palavras (5 Páginas)  •  303 Visualizações

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Expressão e Escolaridade no Campo da Construção Civil

Karla Tatiana Soares de Oliveira

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Resumo

O presente trabalho aborda uma análise do nível de escolaridade dos trabalhadores, assim como as expressões utilizadas entre os mesmos no ramo da construção civil. Tem como objetivo geral avaliar o porquê da grande diferença em relação à comunicação dos trabalhadores de uma mesma área. Portanto, para realização deste trabalho, se fez necessário um trabalho de campo, onde foi possível a interação com os trabalhadores, e a realização de entrevistas, buscando-se obter um melhor resultado. Após pesquisa realizada pode-se entender melhor, o porquê das diferenças de expressão entre os profissionais atuantes de uma mesma área. Já que estas estão diretamente relacionadas com o nível de escolaridade. Além de proporcionar o conhecimento de novas expressões, que irão contribuir para o desempenho da comunicação, dos profissionais que estão ingressando na área da construção civil.

Palavras-chave: Expressão, escolaridade, construção civil.

Expression and Education in the Field of Construction

Summary

This paper discusses an analysis of education level of workers, as well as between the same expressions used in the construction industry. Aims at evaluating the reasons for the large difference in the reporting of workers in the same area. Therefore, for this work, it was necessary field work, where it was possible to interact with workers, and conducting interviews, trying to get a better result. The obtained results can understand better why the differences in expression among professionals working in the same area. Since these are directly related to educational level. In addition to providing the knowledge of new expressions, which will contribute to the performance of communication professionals who are entering the field of building construction.

Keywords: Expression, education, construction.

 Escolaridade no Campo da Construção Civil

A diferença no grau de escolaridade dos profissionais que atuam na área da construção civil é significativa, é de no mínimo doze anos de estudo. Por essa razão existe uma grande diferença entre as expressões utilizadas pelos profissionais, muitas vezes havendo uma falha na comunicação. Dos profissionais que atuam dentro do canteiro de obra como, ajudante, servente, pedreiro, betoneiro, etc., poucos conseguem concluir o quarto ano do ensino fundamental. A grande maioria é de analfabetos, só assinam o próprio nome e com dificuldade, outros ainda utilizam a digital como assinatura de ponto (presença), e documentos.

 Carpinteiro, ferreiro, apontador, mestre de obras, tem o grau de escolaridade um pouco mais avançado em relação aos citados anteriormente. Estes já têm o ensino fundamental completo.

Técnicos em edificações, segurança do trabalho e engenheiros civis, possuem um nível de escolaridade bem mias elevado que os demais. Levando em conta que para a formação de um engenheiro, precisa-se de no mínimo vinte anos de estudo.

Expressões Utilizadas Nos Canteiros de Obras e seus Significados Técnicos:

Agregado/Inerte: Areia (agregado miúdo) ou brita (agregado graúdo) utilizado para fabricar o betão.

Alicerce: Fundação de base para sustentar a edificação.

Andaime: Plataforma provisória utilizada para aceder a sítios inalcançáveis do solo ou de outra plataforma pré-existente.

Água (de uma cobertura): Plano inclinado de um telhado.

Baldame/baldrame: Tipo mais comum de fundação. Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado, construída diretamente no solo, dentro de uma pequena vala.

Barbaça: O mesmo que dreno.

Barrote: (do francês barrot) Viga de madeira utilizada em construções de fino acabamento. Pontalete (SP) e perna-manca (Norte).

Biqueira: Calha usada para canalizar a água da chuva que cai sobre o telhado.

Boneca: Parede de mínima largura que sustenta uma porta.

Cachimbo: O oficial que é incumbido de chefiar, ou cachimbar, uma pequena turma de ajudantes ou de outros oficiais, sem o status e o salário do Encarregado ou do Feitor.

Cal Apagada/Cal Extinta: Hidróxido de Cálcio (Ca(OH)), que obtido pela junção da Cal Viva com água.

Cal Viva/Cal Virgem: Óxido de Cálcio (CaO) antes de se juntar com água.

Calda: Um barro liquefeito e ralo, capaz de entornado sobre a alvenaria, já mias ou menos assentada, por gravidade, preencher seus interstícios.

Cangalha: Cobertura de duas águas com cumeeira entalada entre as duas empenas.

Capistrana: Pedras que, enfileiradas, comumente formam faixas ao longo das ruas calçadas com lajes menores ou seixos rolados.

Cobogó/combogó: Elemento vazado, de cerâmica ou de cimento, empregado na construção de paredes perfuradas, para proporcionar a entrada de luz natural e de ventilação.

Cumeeira: Argamassa com telhas, coladas longitudinalmente no telhado, cobrindo o encontro de duas águas.

Cuscuz: descrição utilizada para sapatas armadas. Elementos usados nas etapas de fundação de uma obra.

Estuque: Vedação similar à taipa de sebe, dela se distingue pela sua menor espessura e, sua tessitura pode ser de esteira de taquara. Forros de estuque.

Engenheiro de obras feitas: Pessoa que se mete a opinar a respeito de tudo quando sua opinião não é ou já não é necessária. Coordenador de obra.

Estraguiário: O estudante estagiário que resolve mostrar serviço dentro das empresas.

Formigão: Taipas de pilão onde o barro não é peneirado ou é mesmo misturado propositadamente com pedregulhos maiores ou menores, formando um conglomerado à feição do concreto.

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