FAIRY TALE NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA PARA CRIANÇAS
Por: Karlafb • 18/3/2017 • Artigo • 6.486 Palavras (26 Páginas) • 631 Visualizações
FAIRY TALE NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA PARA CRIANÇAS
RESUMO
Este artigo consiste em propor o uso de Fairy Tale (contos de fadas) como estratégia para o ensino da Língua Inglesa para crianças do Ensino Fundamental I. O enfoque desta pesquisa é basicamente o que os contos de fadas e o lúdico podem despertar na criança de forma a atuarem como facilitadores na aquisição e produção das linguagens. A criança possui por si um encantamento precoce para o mundo das letras. Ela desde a mais tenra idade maravilha-se com as soluções apresentadas nos clássicos literários. Os contos de fadas são a porta de entrada para o resgate do pequeno leitor para o mundo literário, devido suas estórias estarem recheadas de magia, encantamento, aventura, romance e outros segmentos que proporcionam ao pequeno leitor uma afeição nunca mais esquecida. Partindo deste pressuposto, cabe o professor da língua estrangeira saber utilizar com presteza todo este material para ajudar o aluno a desenvolver o seu aprendizado, a ajudá-lo a utilizar com clareza todas as estratégias de aprendizagem que a criança possui e nem mesmo percebe.
Palavras-Chave: Ensino de língua inglesa, literatura infantil, contos de fadas.
1 INTRODUÇÃO
O contar estórias enquanto gênero contos de fadas já existente em Língua Materna – neste caso a Língua Portuguesa, ajuda na aquisição e na construção de conhecimentos em Língua Estrangeira. Para isso, as estórias devem ser transmitidas aos alunos na língua estrangeira que está sendo aprendida por eles, o Inglês. Através do uso dos contos de fadas, as crianças entram em contato com todos os processos de produção de textos dos quais participam, estabelecendo contato com a Língua Estrangeira. Estes processos envolvem todas as habilidades da língua (o ouvir, o falar, o ler e, o escrever) que levam as crianças a construir conhecimentos linguísticos ao longo das diferentes situações de produção de texto.
O uso concomitante dos contos de fadas e das atividades lúdicas é ainda mais eficaz no processo de ensino/aprendizagem, pois estes propiciam às crianças justamente as situações reais que elas necessitam para que a aprendizagem ocorra.
A história, nesse caso, serve como situação simulativa, como dinâmica de situação real. E o jogo ajuda a criança a fixar o conteúdo a ser trabalhado de uma forma natural.
O ensino de Língua Estrangeira pode e deve ser acrescido de materiais, como os contos de fadas e as atividades lúdicas, que propiciem maior facilidade na aprendizagem, que propiciem também motivação, autoconfiança, prazer e o maior número de situações comunicativas possíveis para que o aluno adquira o conhecimento de uma forma agradável e natural, preparando-se assim para enfrentar naturalmente situações existentes no mundo sejam elas por meio de produção textual em língua materna, sejam em Língua Estrangeira.
2 O ENSINO DE LEM NAS SÉRIES INICIAIS
No Brasil, embora esse ensino não seja compulsório – haja vista que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), aprovada em 1996 e vigente até o momento, prevê que o ensino de língua estrangeira (doravante LE) se inicie a partir do 3º ciclo do Ensino Fundamental (6ª ano), sabemos que, cada vez mais, tem-se buscado o ensino de LE (em especial a língua inglesa) para crianças nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Esse ensino, que tem ocorrido nas diversas esferas da educação formal brasileira – institutos de idiomas e escolas regulares públicas e particulares -, não tem, todavia, um planejamento que o embase e o unifique.
Assim, como pontua Rocha (2006, p.9), o ensino de LE para crianças no Brasil é permeado de “objetivos mal delineados, procedimentos inapropriados e professores inadequadamente capacitados”. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), promulgados em 1997, reiteram a LDB e, embora tenham um “caráter não dogmático”, buscam ser uma fonte de referência para discussões e tomadas de decisão no que tange o ensino brasileiro. De acordo com os PCN, o objetivo geral da educação nos ciclos I e II (1ª a 4ªanos) do Ensino Fundamental é preparar o aluno para “utilizar diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica, corporal – como meio para expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções da cultura” (BRASIL, 1997, p.48). Ainda, de acordo com o Documento, o aluno do ensino fundamental deve ser capaz de “utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos” O citado Documento não contempla, entretanto, o ensino de LE nas séries iniciais, ainda que assevere (conforme o PCN – Língua Estrangeira) que a LE tem papel fundamental na “formação educacional do individuo”. Questionamos, por isso, essa inclusão facultativa da LE nos ciclos I e II do Ensino Fundamenta I, porque sabemos que a formação do educando se inicia nas séries iniciais e entendemos que, para que o cidadão seja capaz de usufruir os bens e produções culturais e utilizar efetivamente os recursos tecnológicos em busca de conhecimento é necessário que ele tenha conhecimento da língua inglesa, já que essa é considerada uma língua internacional (Mckay, 2002). De acordo com os PCN Língua Estrangeira (PCN- LE), destinados aos ciclos 3 e 4 do Ensino Fundamental:
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um direito de todo cidadão, conforme expresso na Lei de Diretrizes e Bases e na Declaração Universal dos Direitos Linguísticos, publicada pelo Centro Internacional Escarre para Minorias Étnicas e Nações (Ciemen) e pelo PEN-Club Internacional. Sendo assim, a escola não pode mais se omitir em relação a essa aprendizagem. BRASIL, 1998
O próprio Documento admite o direito de todo cidadão à aprendizagem da LE, e que é responsabilidade da escola promovê-la, entendemos, desse modo, que as crianças também o têm e, logo, a escola de Ensino Fundamental I tem o dever de oferecer tal ensino.
3 PRINCIPAIS MÉTODOS DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Os métodos que serão apresentado a seguir, são técnicas de ensino muito valiosas que levam em consideração as particularidades de seus alunos: coordenação motora; habilidades já trabalhadas na escola; desenvolvimento da fala, da escrita e da leitura; e, também, as particularidades de cada idade e capacidade que em determinada idade a criança pode ou não Rivers aponta que:
Desenvolver a capacidade intelectual do aluno através do estudo da língua estrangeira, aumentar a cultura pessoal do aluno através do estudo de textos literários e filosóficos, já que estes constituem a chave para a cultura; ampliar a compreensão do aluno a respeito do funcionamento de sua própria língua, ensinar o aluno a ler com compreensão a língua estrangeira, de modo que ele possa acompanhar a evolução do conhecimento humano, estar a par da leitura, pesquisa e informações dos tempos modernos; levar o aluno a participar de um maior entendimento entre os povos ao cruzar as barreiras nacionais dando-lhe uma visão mais humana do modo de vida e do pensamento do povo cuja língua está aprendendo; dotar o aluno de habilidades que permitam comunicar-se oralmente e, até certo ponto, também na escrita, com os que falam outra língua e com os povos de outras nacionalidades que também dominam esse idioma. RIVERS, 1975, p.8.
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