FICHAMENTO DO LIVRO: A COMÉDIA LATINA
Por: José Felipe • 30/5/2018 • Trabalho acadêmico • 505 Palavras (3 Páginas) • 266 Visualizações
FICHAMENTO DO LIVRO A COMÉDIA LATINA (Por Felipe Araújo)
PLAUTO & TERÊNCIO. A Comédia Latina. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 2001
Mas, como imitadores, imitam homens que praticam alguma ação, e estes, necessariamente são indivíduos de elevada ou baixa índole (e quando há caráter, todos os homens se distinguem pelo vício ou pela virtude), necessariamente também sucederá que os poetas imitem homens melhores, piores ou iguais a nós. (...) Pois a mesma diferença separa a tragédia da comédia; procura esta imitar homens piores, e aquela melhores do que eles ordinariamente o são. (ARISTÓTELES 1979, P. 237-269)
[Comentário: A Comédia Latina pode ser colocada entre Aristóteles e Horácio. Os "homens piores" correspondiam as pessoas comuas, ao público do teatro. Assim, o propagandeamento moral poderia ser feito tanto através dos "homens melhores" da tragédia e seus bons exemplos, quanto dos "homens piores" da comédia que levavam o público a pensar sobre os rumos que as coisas iam tomando e a necessidade de se recuperarem os valores morais que estavam perdendo. Os textos cômicos, assim, serviam não só para divertir, mas para se rir e pensar, principalmente na contenção dos costumes. Isto assume especial relevo se lembramos que, a essa época, Roma vivia um turbilhão de mudanças.]
"Todo teatro grego assim como o latino, vem da consciência do conflito entre natureza humana e história humana; é, segundo se põe em aspecto de predominância, uma das outras faces da batalha que encontramos ou a tragédia de Ésquilo ou a comédia de Aristófanes". (p.3)
"O teatro nasce da separação entre o homem e a natureza, ou mais profundamente, de uma distinção entre o sujeito e o objeto, se aparece como parte de um festival sagrado, senão como o próprio festival sagrado na sua totalidade". (p.7)
"O teatro em sua concepção, inicia-se com pois planos: o plano divino, sobrenatural, de eternidade, do amor absoluto, o da comunhão de todos os seres, o da redenção do humano pelo sacrifício, e o plano da ação human aque não era oficial mais do que o desenrolar no tempo da luta entre a natureza humana e as circunstâncias históricas, luta porventura correspondente a uma realidade metafísica essencial na máquina do mundo". (p.8)
"O elemento humano gradativamente afasta-se do elemento sagrado, até que este processo se concretiza, sem que no entanto perda o caráter primitivo mágico de fazer do ator e do espectador, participante direto da vida de outros seres. (p.8)
[Comentário: O teatro romano teve diferentes gêneros. Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de carácter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contato com a Grécia: esse contato significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia). Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC), depois estrangeiros radicados em Roma e depois romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando mesmo temas romanos (normalmente baseado na História); o apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio.]
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