Fabiana

1- Disserte, exemplificando, sobre a afirmação de Câmara Jr. (1984:89):

“(...) não cabe para os substantivos epicenos, referentes a certos animais, falar numa distinção de gênero expressa pelas palavras macho e fêmea”.

Há uma tendência de se ensinar gênero por meio da diferença entre o sexo masculino e o feminino, o que acaba por criar uma grande confusão de sentidos.

Câmara Jr. afirma que não cabe aos substantivos epicenos referentes a certos animais falar em uma distinção de gênero simplesmente por se tratar de duas áreas diferentes, a biologia estuda o sexo dos animais, já o gênero é assunto referente ao estudo da morfologia. Podemos citar como exemplo os vocábulos cobra e tigre sem obrigatoriamente acrescentar os termos “macho e fêmea”. O gênero não muda com a indicação precisa do sexo. O vocábulo cobra continua sendo do gênero feminino mesmo que se diga cobra macho, pois, ainda assim, teremos a cobrar no feminino. Trata-se de um substantivo exclusivamente do gênero feminino, como se pode comprovar pelo uso do artigo feminino “a” – a cobra, independente de acrescer-se a ele as palavras macho e fêmea. Igualmente, tigre continuará a ser masculino, mesmo que se diga tigre fêmea.

As gramáticas tradicionais tratam de forma confusa e incoerente o estudo da flexão de gênero.

2- A flexão nominal é quase sempre redundante. Identifique e explique as redundâncias na flexão (gênero ou número) nos exemplos abaixo:

a) O irmão – a irmã

b) Teu sogro – tua sogra

c) O anelzinho – os aneizinhos

Conforme Câmara Jr., no que diz respeito à flexão de gênero e número, podemos afirmar que nos exemplos citados ocorre redundância de gênero ou número.

Nos pares dos vocábulos o irmão/ a irmã a redundância ocorre fora do vocábulo através do gênero, também ocorre dentro radical em /aN/ como o tema em “-o”, suprime a vogal temática e acrescenta o feminino em “-a”.

Em teu sogro/ tua sogra a redundância ocorre dentro do vocábulo através da flexão de gênero expressa pela desinência “-a” e pela alternância do timbre vocálico. Fora do vocábulo ela se dá através do emprego dos pronomes teu/ tua.

Nos vocábulos o anelzinho/ os aneizinhos ocorre redundância dentro do vocábulo através da flexão de número com acréscimo da desinência “-s” e fora do vocábulo através da marca de flexão de número em concordância com o determinante.

3- Distribua os vocábulos abaixo em grupos, considerando características dos morfemas gramaticais que permita relacionar cada grupo e justifique:

Chefe- conjugue – aprendiz – colega – mesa – saco – indivíduo – aluno – pessoa – solista – estudante – rapaz – amigo.

Sabendo-se que morfemas gramaticais classificatórios são aqueles que associam-se as vogais temáticas verbais e nominais formando uma estrutura morfológica complexa denominada tema, podemos classificar os seguintes vocábulos nesse grupo: chefe, cônjuge, colega, mesa, saco, indivíduo e pessoa.

Os morfemas gramaticais flexionais são