Gramática versus gramática
Ensaio: Gramática versus gramática. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: juninhosilva • 6/4/2014 • Ensaio • 860 Palavras (4 Páginas) • 468 Visualizações
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Notas: 1
O escritor do resumo acima obedeceu à regra básica de não expressar avaliação ou opinião sobre o autor de uma obra e sobre as ideias expressas por ele, mas fez questão de mostrar, por meio de algumas expressões, que se limitava a mostrar o pensamento do autor do texto resumido, Leonardo Boff.
Assinale a alternativa abaixo que não apresenta nenhuma dessas expressões.
Escolher uma resposta.
a. “Leonardo Boff inicia o artigo...”
b. “Segundo o autor, seria possível construir essa cultura...”
c. “É indispensável estabelecermos uma cultura de paz contra a violência...”
d. O teólogo conclui, incitando-nos a despertar as potencialidades humanas ...”
e. Todas as alternativas apresentam expressões que mostram o pensamento do autor. 3
Notas: 1
Leia o texto abaixo e responda às questões 3 e 4
Um gramático contra a gramática [2]
Gilberto Scarton
Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de idéias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.
Nos seis pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".
O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e lingüística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.
Essa fundamentação lingüística de que lança mão - traduzida de forma sim-ples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.
Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.
Questão
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