Guimarães Rosa A Terceira Margem do Rio
Por: tha_macedo • 20/5/2019 • Trabalho acadêmico • 317 Palavras (2 Páginas) • 354 Visualizações
Guimarães Rosa é um dos maiores autores da literatura brasileira, e o seu conto “A terceira Margem do Rio” um dos contos mais extraordinários. O autor descreve a situação de maneira a prender o leitor, e fazer com que, dentre as várias interpretações, o leitor possa compreender o conto. Por ser um conto narrado em primeira pessoa, permite uma proximidade do leitor com os personagens.
A obra de Guimarães Rosa tem como principal característica a recriação do mundo sertanejo pela linguagem, a partir da apropriação de recursos da oralidade.
Após o pai tomar a decisão súbita de abandonar a todos e viver em uma canoa, que foi construída especialmente para ele, sem dar explicações a ninguém, ele passa a viver seus dias, meses e anos dentro do rio. Com isso, podemos concluir que o tempo cronológico é toda a vida do narrador.
Um rio tem duas margens, concretas. O conto apresenta a terceira margem do rio, abstrata, do que nos é desconhecido. A margem representa o que o pai vai à procura do que é o desconhecido.
Em um espaço que é caracterizado pela presença do rio, caracterizado pela imagem rural, o que nos retoma ao mundo sertanejo, característica de Guimarães Rosa.
Outra característica que podemos analisar é o regionalismo, em que busca a recriação da linguagem, e faz utilização da fala popular. Exemplo, quando a mãe fala para o pai: “Cê vai, ocê fique, você nunca volte!”.
Ao ver o pai se afastar pelo rio, podemos analisar a conquista da liberdade do pai, que se prendia na solidão. A partir disso, acompanhamos os rumos tomados pelos outros personagens da família. Ao descrever esse momento, podemos notar mais uma característica do autor, em apresentar os conflitos internos e seus sentimentos.
Sem entender os motivos do pai, o filho espera durante anos. Ao fim, o filho se coloca a disposição para trocar de lugar com pai, mas muda de ideia e foge.
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