Inglês da Nova Zelândia e da Austrália
Por: Amanda Araújo • 12/8/2018 • Trabalho acadêmico • 821 Palavras (4 Páginas) • 279 Visualizações
World Englishes – Japão
Amanda Araújo Sales
Tradicionalmente o Japão é um país onde as heranças do passado se encontram com o olhar tecnológico de seu presente. Seus habitantes, assim como sua história e costumes vivem entre tempos, hora avançando com seus cabelos coloridos, seus hábitos exóticos e lugares tecnológicos ( Tóquio); hora com seus templos, monges e cidades do interior (Shikoku).
No quesito de línguas o Japão não é diferente! O inglês é uma grande dificuldade para os japoneses, principalmente os mais velhos. Mesmo com as empresas multinacionais e com o grande desenvolvimento que o país vem passando desde a década de 50, o idioma encontra algumas barreiras para desenvolver-se, contudo, isso não é algo novo, por toda a sua história a relação do japonês com o ocidente foi muito controversa e difícil. Em muitos momentos, o relacionamento deles era de amor e ajuda mútua, em outros, o Japão demonstrou um nacionalismo muito arraigado que impediu e, até mesmo, fechou as portas para os países do ocidente, principalmente Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
O primeiro contato dos japoneses com o ocidente data do período Muromachi (1333–1568) e foi feito por portugueses que estavam interessados em disseminar o cristianismo na região, a partir de então, o comércio entre o ocidente e o Japão aumentou, porém, o idioma mais falado da época era o Português (era do mercantilismo).
No período Azuchi–Momoyama (1568–1600) a troca de conhecimento e mercadorias entre os países que tinha se desenvolvido foi abruptamente encerrada pelos governantes japoneses da época que acabaram por incitar o ódio e a aversão por qualquer imigrante vindo do ocidente.
Foi somente em 1853 que o relacionamento do Japão com o ocidente retornou, no final da era Edo (1600-1868). Nesse momento, tanto Portugal quanto Espanha já haviam à muitos anos perdido o seu status e seu poder econômico para o Reino Unido e para os Estados Unidos, países esses que foram os primeiros a voltar a ter relações comerciais e bélicas com o Japão.
Mas somente na era Meiji (1868–1912) que essa união foi efetiva. É nesse momento que culturalmente os japoneses passam a acolher melhor o idioma, costumes e ideias dos Estados Unidos e do Reino Unido.
O idioma inglês veio com os livros clássicos, com a reestruturação política japonesa aos modelos do Reino Unido, com a moda, calendário Gregoriano, ciências e outros costumes importados. Todos os japoneses das classes mais abastadas queriam se vestir, visitar, estudar e se desenvolver-se como um verdadeiro lorde inglês. O governo, por outro lado, interessou-se pelo poder bélico e expansionista que os Estados Unidos exerciam. O idioma inglês transformou-se em uma língua das elites (principalmente ligadas a política e a grandes indústrias), contudo, mesmo o Japão sendo um dos países mais desenvolvidos educacionalmente, não houve políticas que disseminassem o inglês para as classes mais baixas.
Uma grande prova da ligação entre o Japão (durante a era Taishō - 1912–1926) e o ocidente foi que após a primeira guerra mundial, a situação japonesa era tão confortável que ele participou do Tratado de Versailles e da Liga das Nações (uma organização que tinha a mesma função da ONU hoje)
Foi
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