Jean Paul Sartre

Jean Paul Sartre nasceu em Paris, em 1905, viveu até 1980, o pai morreu dois anos depois e a mãe Anne Marie Schweitzer, foi viver com Charles Schweitzer, avô materno de Sartre que era muito rígido, gostava muito de ler clássicos franceses, foi estudar em um colégio chamado liceu Henri VI em Paris onde conheceu Paul Nizan com quem teve um vínculo de amizade muito forte, interessavam-se pelos mesmos ideais, literatura e filosofia. Em seguida conheceu Simone de Beauvoir, na Escola Normal Superior em que cursava filosofia, aos 19 anos se destacava seu interesse acerca da liberdade como condição humana. A partir daí Sartre e Simone mantiveram uma relação por toda a vida.

Ao final do curso de filosofia, Sartre foi convocado para o serviço militar, após quatro anos servindo o exército francês, precisava manter-se na vida, então se tornou professor de filosofia, nas suas folgas dedicava-se para a escrita, lia e estudava bastante sobre a fenomenologia de Edmund Husserl, a filosofia existencialista de Heidegger, Karl Jaspers e Max Scheller. Como consequência desses estudos Sartre obteve sua própria tradução da filosofia existencialista. Escreveu um romance, A lenda da verdade, na qual não houve nenhum editor que se interessasse em publicar, depois de algumas outras tentativas frustradas de publicação de suas obras, conseguiu lançar várias obras e em algumas delas enfatiza sobre estudos da fenomenologia, tal como na obra A imaginação e A transcendência do ego.

Sartre era radicalmente livre, afirmava que o homem já vem acompanhado com a consciência e que é possível o homem escolher o que realmente quiser ser, que se trata apenas de escolhas para a construção do ser humano. A este fato denomina-se liberdade humana. Entende-se que quando o individuo escolhe um caminho ou uma determinada ação, ele estará escolhendo a si mesmo, as escolhas dele será ele próprio, por que automaticamente ao nascer lhe é dada a existência, sem ela não haveria escolha. Afirma que o tempo é resultante da mistura de em-si e para-si e essa mistura é a existência humana, para ele o passado não existe por que está no presente dentro de cada um de nós, não é possível a consciência ser interligável ao corpo, são junções extremamente precisas uma para com a outra.

Em sua obra titulada como Critica da razão dialética, permite um pensamento reflexivo sobre o materialismo dialético e o existencialismo, mostra que é necessária ser dialética a atividade racional humana.