LIBRAS COMO DISCIPLINA À DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO      [pic 1][pic 2]

FACULDADE DE LETRAS        

DEPARTAMENTODE LETRAS LIBRAS

GILVAN SILVA DE OLIVEIRA DE ARAGÃO

LIBRAS COMO DISCIPLINA À DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR.

No Brasil, o processo do bilinguismo educacional vem sendo discutido e a cada dia vem se fortalecendo. Especialistas afirmam que o bilinguismo é necessário e que a troca de experiências, informações e conhecimento devem ser repassadas de geração em geração, para que esse processo seja aceito e assegurado. Atualmente, as estratégias das políticas educacionais para incluir o surdo no contexto escolar regular são voltadas para as classes especiais na perspectiva da Lei de Diretrizes e Bases – LDB nº 9.394/96, que assegura a importância do cumprimento da educação especial para todos que sejam atendidos. Esta lei remete-nos, a princípio, ao Atendimento Educacional  Especializado e à necessidade dos professores capacitados, mas também a uma Política Pública pouco eficaz para a educação dos surdos, de modo que tais estudantes  apenas tem acessibilidade e comunicam com o auxilia de intérprete, que muitas vezes não possuem o conhecimento específico da disciplina ministrada, no que interfere de modo significativo no processo decisivo para um bom desempenho escolar. A inclusão um avanço e tanto, porém ainda é insuficiente, pois se observa a necessidade de aperfeiçoar a legislação, no sentido da oferta preferencial da educação na rede regular de ensino e que de fato se estenda a todos com real efeito.

Nesse sentido, o presente resumo limita-se a analisar a existência, cumprimento e impacto das políticas públicas para a inclusão dos surdos, assim também como o seu ensino através de plataformas online no âmbito do Ensino Superior. Além disso, pretende também analisa e identifica os documentos legais que garantem o direito à educação bilíngüe para os surdos e ouvintes e,  identificar as dificuldades e obstáculos encontrados  no espaço acadêmico ao incluir a disciplina e ao atendimento ao aluno surdo e, por fim, apresentar propostas de melhorias nas políticas para o aluno surdo na educação. O artigo  foi embasada na revisão bibliográfica e em análises documentais de Decretos, Estatutos e Leis que foram criados para assegurar o direito à educação das pessoas com surdez.

A comunicação é uma necessidade humana, e as linguagens orais e escritas são as formas mais comuns de comunicação. Por isso, pode-se dizer que a linguagem é natural do ser humano e, através da linguagem, o ser humano estrutura seu pensamento, traduz o que sente, registra o que conhece, se comunica com os outros, produz significação e sentido

 Língua é um tipo de linguagem e define-se como um sistema abstrato de regras gramaticais. Além disso, ressalta-se o conceito de língua não só como meio de comunicação, mas, também, como um dos principais instrumentos de desenvolvimento dos processos cognitivos do ser humano e, evidentemente, de seu pensamento. Assim, a incorporação de uma língua de sinais mostra-se necessária para que sejam configuradas condições mais propícias à expansão das relações interpessoais, que constituem o funcionamento nas esferas cognitivo e afetivo, e fundam a construção da subjetividade.