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LINGUA DE SINAIS

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Por:   •  5/11/2014  •  656 Palavras (3 Páginas)  •  1.007 Visualizações

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Língua de sinais

Crenças e preconceitos

Uma das crenças mais recorrentes quando se fala da língua de sinais, é que ela é universal. Uma vez que essa universalidade esta ancorada na idéia de que toda língua de sinais e um “código” simplificado aprendido e transmitido aos surdos de forma geral. Sabemos que nas comunidades de línguas orais, cada pais, tem sua própria língua. Com a língua de sinais não e diferente: nos Estados Unidos os surdos falam a língua americana de sinais, na França a língua francesa de sinais, e assim por diante

Dizer que a língua de sinais e artificial e uma crença. A língua de sinais dos surdos e natural, pois evoluir como parte de um grupo cultural do povo surdo. Consideram-se “artificiais” as línguas construídas e estabelecidas por um grupo de indivíduos com algum propósito especifico. O esperanto (língua oral) e o gestuno (língua de sinais) são exemplos de línguas artificiais, cujo objetivo maior é estabelecer a comunicação internacional. A comunidade surda não considera o gestuno uma língua real, uma vez que foi inventada e adaptada.

Dizer que a língua de sinais e mímica e uma falsa a afirmação. Para Audrei Gesser, perguntar se a língua de sinais é mímica, fica implícito nesta pergunta um preconceito muito grave, que vai alem da discussão sobre a legitimidade lingüística ou mesmo sobre quaisquer relações que ela possa ter (ou não) com a língua de sinais. Esta associada a essa pergunta a idéia que muitos ouvintes têm sobre os surdos: uma anormalidade, segundo a qual o máximo que o surdo consegue expressar é uma forma pantomímica indecifrável e somente compreensível entre eles.

Dizer que língua de Sinais e limitada é crença, é correto afirmar que pessoas que falam línguas de sinais expressam sentimentos emoções e qualquer idéia ou conceitos abstratos. Tal como os falantes de línguas orais, os surdos falantes de língua de sinais podem discutir filosofia, política, literatura assuntos do cotidiano etc. nessa língua alem de transitar por diversos gêneros discursivos, criar poesias, fazer apresentações acadêmicas peças teatrais e contar e inventar historia e piadas.

Muitos têm a crença de que estar em um contexto de surdos e entrar em um contexto silencioso. Para a cultura surda o barulho e o silencio adquirem novas versões, quando um surdo esta em uma comunidade com outros surdos e se todos estão usando sinais ao mesmo tempo tem a sensação de “barulho” muito grande, afinal o surdo “ouve” com os olhos.

O surdo tem dificuldade em escrever porque não sabe falar a língua oral é crença nociva e levanta varias questões sobre as quais e preciso refletir. A escrita e uma habilidade cognitiva que demanda esforço de todos e geralmente desenvolvida quando se recebe instrução formal. Na língua portuguesa há um fator emocional em jogo que diz respeito a uma memória muito negativa retratada a partir da experiência de vários surdos alfabetizados. No livro de Audrei Gesser, tem um relado de uma aluna surda, que diz que sempre que tem que escrever ficar nervosa, tem vergonha de errar, que sabe menos inglês mas se sente mais a vontade com a língua inglesa, esse relato tem haver com traumas vividos pelos surdos na aprendizagem do português. A quem pregue que o surdo não aprende os conteúdos escolares,

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