Letramento E Alfabetização
Ensaios: Letramento E Alfabetização. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: manoel1978 • 8/10/2013 • 1.310 Palavras (6 Páginas) • 774 Visualizações
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A pesquisa tem como foco central o letramento no processo de alfabetização Alfabetização que, segundo Freire e Macedo (1990, p. 167) o termo se refere “a relação entre o educando e o mundo, mediada pela prática transformadora deste mundo”. Para explicitarmos o vocabulário Letramento buscamos a explicação em Soares (2000), que expõe que "é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive".
Atualmente, além desses autores, existem outros que estudam o tema referido neste estudo, a alfabetização, o letramento, e a relação entre ambas, mas são Magda Soares (1999) e Paulo Freire (1989), os autores que apresentam relevância e destaque nesses estudos e portanto nos auxiliarão para este estudo.
Também nos apoiaremos na proposta construtivista influenciada pelas pesquisas de Emília Ferreiro (1986) e Ana Teberosky (1993), que defendem uma alfabetização contextualizada e significativa através da transposição didática das práticas sociais da leitura e da escrita para a sala de aula. Também é necessário perceber que:
Existe a convicção generalizada de que as metodologias tradicionais alfabetizam; essa convicção parece estar correta desde que se entenda por alfabetizado o indivíduo que, através do ensino ministrado, adquire o hábito de oralizar a língua escrita, pois este é o comportamento que as metodologias de alfabetização se propõem realizar. (BARBOSA, 1994, p.30)
É relevante ressaltar que, apesar do método tradicional ser orientado pelo professor, este método não considera a aprendizagem espontânea do educando, também não reconhece o caminho que a criança seguiu para reconstruir a língua baseada de sua realidade.
. Temos, porém, que a história da alfabetização é marcada também pelo método utilizado para efetivá-la. E uma grande preocupação que percorre a historia da alfabetização é em relação ao melhor método que se faz uso no momento de ensinar a ler e escrever. Porém uma nova proposta pedagógica não nasce de um dia para o outro. Ela é o resultado de uma tentativa de ruptura com o já estabelecido e, ao mesmo tempo, a procura de uma continuidade, de uma ligação com o passado. (BARBOSA, 1994).
Segundo Tfouni (2006, p. 14), na análise do processo de alfabetização devem ser considerados tanto os aspectos sociais, quanto individuais. Nesse entorno, destaca que a alfabetização pode ser analisada “[...] como um processo de aquisição individual de habilidades requeridas para a leitura e escrita, ou como um processo de representação de objetos diversos, de naturezas diversas”.
O processo de alfabetização, nesta concepção, ultrapassa o processo de escolarização, ou seja, a instrução formal. Esse processo, se relacionado apenas aos objetivos a serem alcançados pela escola, é marcado por uma terminalidade; é algo que chega ao fim. Trata-se de um mal entendido, pois é necessária a diferenciação entre o processo de alfabetização e o de escolarização. Há, portanto, a necessidade de uma distinção do ponto de vista ideológico entre alfabetização e escolarização.
Na análise desta temática, autores como Kramer (2006), Freire (2008), consideram a alfabetização não apenas como um processo de aquisição da linguagem, mas como processo que envolve aspectos políticos e sociais. Para Kramer (2006, p. 98), “[...] alfabetizar-se é conhecer o mundo, comunicando-se e expressando-se [...] alfabetizar não se restringe a decodificação e à aplicação de rituais repetitivos de escrita, leitura e cálculo”.
A história da alfabetização no Brasil concentra-se no registro sobre os altos índices de analfabetismo, no fracasso escolar nos primeiros anos de escolarização, além de focalizar a avaliação dos métodos de ensino da leitura e da escrita. Neste entorno, conforme Mortatti (2000), o transcurso da história da alfabetização é marcado por disputas entre os métodos tradicionais e os modernos, enfatizados pelas orientações metodológicas para o ensino da leitura e da escrita no combate ao analfabetismo.
A discussão em torno dos paradigmas da alfabetização articula-se aos estudos e análises sobre os diferentes métodos do ensino da língua escrita. Assim, o processo de revisitação da metodologia de alfabetização ocorre vinculado à evolução conceitual de educação, da leitura e da escrita e do ensino da escrita.
Ainda dará base ao trabalho a obra de Magda Soares intitulada Linguagem e escola: Um perspectiva social em são a autora analisa as relações entre linguagem e escola voltando-se para o problema da educação das camadas mais populares.
Atualmente são verificadas mudanças no tratamento dado ao conceito que se dava à alfabetização. Das metodologias defendidas pelas propostas vistas como tradicionais, através das quais seria considerado alfabetizado o indivíduo que dominasse o ler e escrever e passou-se a considerar que alfabetização
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